हरे कृष्ण हरे कृष्ण कृष्ण कृष्ण हरे हरे || हरे राम हरे राम राम राम हरे हरे

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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Cristianismo: Madhurya Rasa fora do Gaudiya Vaishnavismo?

Estimado Advaya Prabhu, por favor, aceite minhas reverências.
Srila Prabhupada Ki Jaya !!!

Muito obrigado.

Caro Prabhu Prahladesh
dandavats
Srila Prabhupada ki jaya

Estive um pouco ocupado ultimamente e me passou despercebido um de seus últimos emails sobre o tema acima, sobre o qual gostaria de tecer alguns comentários.

1) Se tomarmos em consideração que este mundo material é um reflexo pervertido do mundo espiritual, a diferença entre as rasas materias e espirituais está no fato de que no mundo espiritual elas não são pervertidas, ou seja, são dedicadas ao serviço a Krsna, ao passo que no mundo material são dedicadas à exploração com o fim da satisfação sensorial grosseira ou sutil;

Sim.

2) por conseguinte, o fato de Krsna ser o centro de tudo no mundo espiritual não afasta a existência das rasas na relação entre os devotos, com a diferença de que, neste caso, como se expôs no item acima, elas não existem para a exploração, mas para o serviço divino, fazendo parte do ambiente no qual a lila de Krsna se manifesta e se torna mais doce. Desta forma, no exemplo que você trouxe, Nanda Maharaja, antes de se referir a Krsna como "seu filho", falando com mãe Yasoda, e, mais adiante, como "meu filho", inicia a frase com a expressão "Querida Yasoda". Não vejo respaldo na lila de Krsna para a afirmação de que as rasas transcendentais só existem com Krsna, porque se fosse assim, qual seria a rasa existente entre os vaqueirinhos@ Não há sakhya entre eles@ Não há sakhya entre as gopis, se elas são chamadas de sakhis de Radha e se relacionam entre si em amizade@ Este tipo de conceito de que somente Krsna desfruta no plano espiritual não corresponde ao que nos ensinam as escrituras. No mundo espiritual, todos desfrutam, só que com relação a Krsna. O conceito de relações centralizadas em Krsna inclui o conceito de relações periféricas conscientes de Krsna. Em Vaikuntha, seus habitantes vivem com suas esposas em adoração a Visnu. Obviamente, a relação de madhurya entre os devotos ali, que obviamente não é a madhurya inebriada pelo desejo de exploração, como ocorre no mundo material, serve de base para a relação central em dasya com Vishnu.

Todas as almas que habitam Goloka Vrndavana e Vaikhunta estão
absortas em pensamentos acerca do nome, da forma, das qualidades e das aventuras de Krsna, e todas não só vivem em harmonia com Krsna como também vivem em harmonia entre si. Mas o relacionamento entre elas simplesmente serve de estímulo (Uddipana) para servir mais à Krsna. Krsna é Visaya, o amado e o devoto é Asraya, aquele que ama. E o devoto está completamente saturado deste amor por Krsna. Não existe Visaya e Asraya entre os devotos. Existem diferentes relacionamentos, mas o relacionamento com Krsna predomina. Sempre. Krsna é akhila-rasamrita-murtih o reservatório de prazer para os devotos em diferentes Rasas.
Existem diferentes estímulos (Uddipana) para o amor à Krsna e entre estes estímulos estão os devotos de Krsna.

Srila Prabhupada no "O Néctar da Devoção", Capítulo 26:
"As qualidades transcedentais de Krsna, Suas actividades incomuns, Suas feições sorridentes, Seu vestuário, Suas guirlandas, Sua flauta, Sua corneta feita de chifre de búfalo, os guisos que Ele usa nas pernas, Seu búzio, Suas pegadas, o local onde executa Seus passatempos (Vrndavana), Sua planta fovorita (Tulasi), Seu devoto e as ocasiões periódicas propícias para se lembrar d'Ele - estas são algumas coisas que dão estímulo para o amor extático por Krsna."

Também no "O Néctar da Devoção" Capítulo 33:
"O Senhor e as jovens Gopis manifestam isto (afeição conjugal) de diferentes maneiras - relanceando o olhar, mexendo as sobrancelhas, falando palavras muito doces e trocando sorrisos."

Não encontramos nenhuma citação no "O Néctar da Devoção" em que Nanda Maharaja e Yasoda Maiy relancem olhares ou mexam as sobrancelhas um para o outro. A única coisa que encontramos é que um estimula o outro a servir Krsna em Vatsalya Rasa.

3) Creio que cometi um engano ao afirmar que na Bíblia não há indícios de parakyia-rasa. Prabhupada afirma que a Bíblia está para os Vedas como um dicionário de bolso está para um dicionário completo. Temos, assim, que considerar que mesmo os dicionários de bolso contêm aquilo que é essencial que esteja em um dicionário. Desta forma, além dos exemplos já citados como indícios de madhurya-rasa com Deus em outras religiões (por favor, observe que digo indícios porque o tema não é elaboradamente detalhado como na literatura dos Gosvamis, por exemplo), também encontramos indícios de parakyia-rasa no episódio em que Maria, esposa de José, é impregnada pelo Espírito Santo, um dos aspectos de Deus. No episódio, José chega a ter uma crise de ciúmes por sentir que sua esposa foi violada, mas se conforma ao saber que ela foi impregnada por Deus, informado disso por um anjo. É semelhante ao relacionamento de Krsna com as gopis, que o visitavam com seus corpos espirituais, embora tivessem seus maridos. Portanto, retiro o que disse sobre não haver indicios de parakyia-rasa na Bíblia; talvez, com um estudo mais elaborado, esses indícios possam ser encontrados também em outras religiões. Mas é um fato que no gaudyia vaisavismo os tópicos sobre os humores transcendentais no relacionamento com Deus são elaborados de forma que não se encontra alhures.

Pois é, tudo muito, muito, muito vago.
Ao contrário da Ciência completa de Rasa Tattva como dada pelos Goswamis de Vrndavana.

4) A questão sobre o tipo de saktyavesa-avatara que seria Jesus não é relevante para o exemplo apresentado, visto que em todo caso o aspecto que atrai a devoção em madhurya não é o aspecto dele como uma jiva, mas como a delegação divina, à qual é dirigida a devoção das freiras que vêem Jesus como um noivo, posto que se sabe que na tradição católica Jesus é considerado Deus, apropriadamente segundo o conceito de saktyavesa- avatara. A este respeito, lembremos da lila em que Atri Muni pede um filho em oração a Deus, e é atendido por Brahma, Visnu e Siva, que lhe dão a benção para gerar Datatreya. Como vc mesmo informou, a jiva que assume a posição de Brahma é imbuída da sakti divina, tornando-se saktyavesa-avatara, e, no caso, aoo responder à invocação de Atri Muni, o faz no êxtase da manifestação da sakti divina, não como jiva.

Este é um dos maiores desvirtuamentos das principais vertentes cristãs. De considerar Jesus Cristo como Deus.
Existem diferentes categorias de Saktyavesa Avatar.
Assim como Jesus Cristo, Srila Prabhupada é um Saktyavesa Avatar, mas nem por isso seus discípulos consideram-no como Deus e passam a ter um relacionamento conjugal com ele.

Evidentemente, o tema é infinito e um dos mais complexos na nossa teologia. Na posição em que estamos podemos tocar apenas seus contornos, mas pela graça do guru e de Krsna gradualmente poderemos ter todas as verdades relativas ao assunto reveladas em nosso coração.

Sem dúvida.

seu servo
Advaya dasa

OBS.: @ = ponto de interrogação (não é linguagem da internet, é falha do meu teclado mesmo, rs)

Vosso servo
Prahladesh Dasa

Querido Advaya Prabhu, por favor, aceite minhas humildes reverências.
Srila Prabhupada Ki Jaya !!!

Muito obrigado.

Continuando...

"Também no "O Néctar da Devoção" Capítulo 33:
"O Senhor e as jovens Gopis manifestam isto (afeição conjugal) de diferentes maneiras - relanceando o olhar, mexendo as sobrancelhas, falando palavras muito doces e trocando sorrisos."

Não encontramos nenhuma citação no "O Néctar da Devoção" em que Nanda Maharaja e Yasoda Maiy relancem olhares ou mexam as sobrancelhas um para o outro. A única coisa que encontramos é que um estimula o outro a servir Krsna em Vatsalya Rasa."

O fato de não encontrar não significa que não exista, mas que não foi revelado ou simplesmente não foi pesquisado exaustivamente.
Seu raciocínio seria o mesmo de um cristão que negasse a existência de parakyia-rasa com Krsna porque ele não encontrou nada na Bíblia que autorizasse a admitir esta possibilidade.


Os relacionamentos periféricos não são a tônica do NOD. Por outro lado, outros detalhes, como troca de sorrisos, palavras doces, são manifestamente narrados nos relacionamento entre devotos puros. Por exemplo, no relacionamento de Subhadra com Arjuna, notamos a presença do flerte, embora ambos se relacionem com Krsna em sakhya-rasa.

Se o amor por Krsna se especializa de alguma forma, pois, de fato, é difícil conceber o amor genérico, o amor decorrente do amor a Krsna, que se estabelece entre os devotos, também se especializa de alguma forma. Especialmente quando o devoto não está em relação de madhurya com Krsna, este sentimento amoroso, que faz parte da energia divina chamada amor, pode se dirigir a outro servo ou serva de Krsna para servir de base aos passatempos de Krsna.

Isso não é tão complicado de entender, e por mais citações que vc trouxesse elas não afastariam o senso comum de que tudo é possível no plano espiritual.

Sim, até as rusgas são possíveis. Srila Prabhupada fala sobre "competição transcedental". As Gopis de Radharani nutrem uma grande "inimizade" com as Gopis de Candravali.
Mas de qualquer forma, lá, Krsna é o centro.
Claro que as Gopis (de Radha) relacionam-se muito bem entre elas (já não é assim, elas com as Gopis de Candravali). Claro que Nanda Maharaja e Yasoda Maiy relacionam-se muito bem. Mas quando nós falamos de Madhurya Rasa, Sakhya Rasa, isto refere-se ao relacionamento de um devoto(a) com Krsna. Eu não encontro nenhuma citação de Prabhupada que afirme que exista Madhurya ou Sakhya entre os devotos. Mais, quando os Acaryas falam sobre estas Rasas não direccionadas à Krsna, eles denominam como uma perversão das Rasas. Isto sempre refere-se a Krsna com Seus devotos. É claro que os devotos entre si relacionam-se muito bem (os que não estão à competir transcedentalmente). Mas isto não é denominado como Madhurya ou Sakhya, etc. Simplesmente isto. Se o senhor conhece alguma citação que defina o relacionamento entre os devotos como Madhurya, Sakhya, etc, por favor, elucide-nos.

Vc não trouxe nenhuma citação positiva de que não existe madhurya entre os devotos no mundo espiritual, apenas conclusões de duvidosa validade, que parecem conceber o mundo espiritual como um grande ashrma de brahmacaris e brahmacarinis.

Para aqueles que são casados, os sábios da Índia recomendam:

"Assim que os filhos nascem, sua mulher torna-se sua mãe, porque você mesmo nasceu como seus filhos. Os filhos são a energia do pai. Mude a actitude mental. Sirva sua espôsa como a Mãe Terra. Comece um Sadhana Espiritual. Destrua a paixão. Todas as manhãs, quando você se levantar, toque os pés de sua espôsa e proste-se perante ela.
Não sinta-se envergonhado. Esta pratica irá remover a idéia de "espôsa" da sua mente. Se não puder prostrar-se fisicamente, faça-o mentalmente."


Para aquelas que são casadas, os sábios da Índia recomendam:

"Grihastha Dharminis ou as casadas entre as mulheres devem observar Pativrata Dharma ou o voto de celibato e manter-se como Savitri e Anasuya como seu ideal.
Elas devem fazer um Sankirtana vigoroso, Japa e orações diariamente nas suas casas.
Através de Bhakti, podem facilmente destruir a paixão, porque são muito devocionais."

seu servo

Advaya dasa

Vosso servo
Prahladesh Dasa

Advaya Prabhu, por favor, aceite minhas humildes reverências.

Srila Prabhupada Ki Jaya !!!

Muito obrigado.

Respondendo:

"Este é um dos maiores desvirtuamentos das principais vertentes cristãs. De considerar Jesus Cristo como Deus.
Existem diferentes categorias de Saktyavesa Avatar.
Assim como Jesus Cristo, Srila Prabhupada é um Saktyavesa Avatar, mas nem por isso seus discípulos consideram-no como Deus e passam a ter um relacionamento conjugal com ele."
Não é desvirtuamento, porque se baseia nas escrituras seguidas pelos cristãos. "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o verbo era Deus", como está em João. Jesus também afirmou que "quem vê a mim, vê o Pai".
Também na nossa doutrina o Panca-tattva também inclui jiva-tattva (representado pelo Filho, na trindade cristão, conforme Prabhupada), na pessoa de Srivasa.
No caso de Nakula Brahmacari, narrado no Caitanya Caritamrta, ele `s vezes se comporta como uma jiva e às vezes como Deus. Portanto, o saktyavesa-avatara ao mesmo tempo é e não é Deus. Na tradição cirstão isto é representado pelo conceito de Jesus ser filho de Deus e Deus ao mesmo tempo. Está, portanto, otalmente de acordo com nossa teologia que os cristãos tratem Jesus como Deus se é ao seu aspecto como emanação da sakti divina que se referem.
Pois, é aqui que está o maior desvirtuamento deles. Eles não tratam Jesus como Deus referindo-se ao aspecto como emanação da Sakti Divina, mas eles tratam Jesus como Deus Ele mesmo.
Também não é vedado que tratemos Prabhupada como Deus, porque até por ser guru ele deve ser tratado como tal, e como saktyavesa-avatara pode ser visto como tal se nos referimos à sakti que o impregnou, que se considera ser a sakti de Nityananda Prabhu.
Krsna é o Deus que é servido.
Nityananda Balarama é o Deus que serve.
Nós nunca tratamos o Guru como o Deus que é servido.
Quanto a ter uma relação de amor conjugal com o guru, isso não é proibido nem impossível, como já dissemos, porque na cultura védica os gurus geralmente eram grhasthas e gurus de suas esposas, com as quais tinham relação de amor conjugal no serviço a Krsna. Essa relação pode continuar no mundo espiritual, sem o inebriamento material, se a relação entre eles não for de madhurya com Krsna.
Sim, mas as espôsas destes Grhasthas que são Gurus nunca vêem-nos como Deus, mas como servos de Deus.
seu servo
Advaya dasa
Estimado Advaya Prabhu, por favor, aceite minhas humildes reverências.
Srila Prabhupada Ki Jaya !!!
Muito obrigado.
Caro Prabhu Prahladesh
Uma vez eu perguntei ao padre da igreja em que frequentava a congregação mariana e ele me disse com todas as letras que Jesus, para os católicos, é visto como Deus e como o filho de Deus. Mas que isto era um mistério. Assim, mesmo que não tenham um embasamento filosófico para explicar isso, os cristãos católicos tambêm adotam o conceito da dualidade/unidade, numa similaridade ao nosso conceito de acintya-bhedabheda-tattva.
Isso está expresso no início do evangelho de S. João, onde ele diz que o verbo estava com Deus (dualidade) e era Deus (unidade). Mas é um fato que algumas correntes vêm Jesus apenas como Deus, o que é um equívoco segundo este aforisma bíblico.
Quanto a não tratar o guru como o Deus que é servido, depende de se estar vendo o guru como o vaishnava ou como o lado inspirado do vaisnava. Por exemplo, nós não oferecemos grãos ao guru, pessoalmentte, em Ekadasi, mas lhe oferecemos no altar. Nós devemos tratar o Deus servidor e o Deu servido da mesma forma e, para seguir estritamente o conselho de Krisna e agradá-lo ainda mais, devemos tratar o Deus servidor até melhor do que tratamos o Deus servido, pois a adoração ao vaishnava é melhor do que a adoração a Visnu.
1 - Sim é verdade devemos tratar o Guru como Deus ou ainda melhor do que tratamos Deus.
Mas não podemos nunca vê-lo (o Guru) como Deus Ele mesmo.
2 - Grãos oferecidos ao Mestre Espiritual e ao Senhor Caitanya (Pancaratra Pradipa - Manual de Adoração da ISKCON)

Em uma conversa, Srila Prabhupada disse que em Ekadasi, os grãos não devem ser oferecidos no Altar nem ao Mestre Espiritual e nem ao Senhor Caitanya e Seus associados.

Devoto: No Ekadasi, podemos oferecer os grãos à Deidade?
Prabhupada: Ah, sim. Mas não ao Guru. Ekadasi é observado por Jiva Tattva, e não por Vishnu. Fazemos jejum para limpar a nossa doença material, mas Radha Krsna, Caitanya Mahaprabhu. . . A Caitanya Mahaprabhu também não podem ser oferecidos grãos porque Ele está fazendo o papel de um devoto. Apenas Radha Krsna e a Jagannatha podem ser oferecidos grãos. Caso contrário, a Guru Gauranga não. E a Prasadam não deve ser tomada por ninguém. Deve ser mantida para o dia seguinte. [Srila Prabhupada,Conversa, Tokyo, 22 de abril de 1972]

Se houver apenas um prato para todas as Deidades e a Deidade principal é Krsna ou Jagannatha, os grãos devem ser oferecidos como em dias normais. Se as principais Deidades são Gaura Nitai, oferece-se apenas preparações sem grãos.* O melhor é substituir os preparativos de grãos normalmente oferecidos com os preparativos sem grãos para que haja o mesmo número de preparações, como em dias normais. Se, no entanto, as preparações com grãos estão sendo preparadas para Krsna ou Jagannatha, pode ser difícil de cozinhar preparações sem grãos ao Mestre Espiritual e a Gaura Nitai. Nesse caso, utilize as preparações sem grãos que foram feitas em grande quantidades para os devotos e ofereça tanto para o Mestre Espiritual quanto para Gaura Nitai, e prepare o prato de oferenda para Krsna ou Jagannatha como em dias normais.

* Se você for cozinhar para um restaurante onde os grãos serão servidos no Ekadasi, você pode oferecer grãos a Gaura Nitai com o entendimento de que Eles vão oferecer a Bhoga à Krishna.
Mas não é exatamente este ponto que queremos elucidar, mas o da possibilidade de relacionamentos em madhurya e outras rasas entre os devotos. Quanto a isso, já apresentei meu ponto de vista no email anterior. Temos uma dferença, segundo minha análise, entre madhurya-rasa, que é um sentimento de amor manifesto de uma forma específica, tanto sob a direção de yoga-maya quanto de maha-maya, e madhurya-lila, que é o sentimento de amor conjugal dirigido a Krsna e proveniente de Krsna por influência da energia ilusória interna.
seu servo
Advaya dasa
Vosso servo
Prahladesh Dasa

Caro Prabhu Prahladesh

1) No caso do guru que também é um saktyavesa-avatara não há erro em vê-lo com Deus mesmo, porque o vibhuti-saktyavesa-avatara é como um medium incorporado, só que com a sakti divina. Se for à sakti divina que se estiver dirigindo, não ao "medium", no caso o vaisnava, não apenas se poderá com se deverá vê-lo como Deus, assim como quando uma pessoa se comunica com um medium incorporado num centro espírita ela pode se dirigir ao medium com o nome da entidade que o incorpora. Desta forma, não há erro em tratar e ver Jeuus como Deus se nesse tratamento e nessa visão estiver em foco o aspecto de sua unidade com Deus, por incorporação da sakti divina, assim como também não haverá erro se um discípulo de Prabhupada o tratar e vê-lo como Deus se estiver focando a sakti que nele incor porou, a saber, a sakti de Nityananda, como foi explicado pelo irmão espiritual de Prabhupada, Srila Sridhara Maharaja, que foi quem revelou aos membros da Iskscon que Prabhupada era um saktyavesa-avatara. Ao falar com membros do GBC sobre o assunto, analisando a lila de Pabhupada, Sridhara Maharaja demonstrou que pelas previsões escriturais e de vaisnavas anteriores acerca de sua vinda, bem como pela potência especial com que foi dotado para cumprir as profecias a respeito da propagação mundial para a consciência de Krsna, Prabhupada deveria ser considerado saktyavesa-avatara. Então um de seus primeiros discípulos, Govinda Maharaja, colocando a questão de que Krsna tem muitas saktis, perguntou qual seria a sakti específica de Krsna que incorporporou Prabhupada nesta missão. Então, pela análise do tipo de missão - pregar amplamente às classes mais baixas - e pelo fato de Prabhupada instalar ordinariamente em seus templos deidades de Nityananda ao lado de Cait anya, concluiu que Prabhupada era saktyavesa-avatara impregnado da sakti do Senhor Nityananda. Portanto, ao ver Prabhupada, podemos vê-lo como o vaishanava e também podemos vê-lo como o Senhor Nityananda, que evidentemente é Deus, mesmo que no papel de um devoto.

2) Em Ekadasi, ao oferecer grãos a Krsna no altar, o pujari canta o guru-mantra antes de cantar o Krsna-mantra do gayatri. A própria ressalva de Prabhupada na sua citação indica que se a Deidade principal no altar é Jaganatha a oferenda é feita normalmente, o que implica pronunciar primeiro os mantras para o guru. Mesmo pressupondo que se ofereça ao guru para que ele ofereça a Krsna, assim como se ofereceria ao Panca-tattva para que oferecessem a Krsna, como está na citação, isto não é feito na relação informal e pessoal com o guru, sendo, pois, a minha comparação feita anteriormente simples analogia ao fato de podermos ver de duas formas o saktyavesa-avatara, como o devoto e como Deus. O episódio que envolve o advento de Datattreya é evidência disto, pois o Senhor Brahma, que atendeu com Vishnu e Siva à súplica de Atri Muni, que invocara Deus, não foi rejeitado por Atri Muni, que naquele momento via em Brahma a sakti divina que o incorpora na qualidade de saktyavesa-avatara.

seu servo
Advaya dasa


Cc Adi 1-46 Srila Prabhupada:
"Como mencionado anteriormente, um discípulo deve sempre respeitar o Mestre Espiritual
como uma manifestação de Krsna, mas ao mesmo tempo, deve lembrar sempre que um Mestre Espiritual nunca está autorizado a imitar os passatempos transcendentais
do Senhor. Falsos Mestres Espirituais colocam-se como idênticos a Sri Krsna em
todos os sentidos para explorar os sentimentos de seus seguidores, mas como impersonalistas só podem induzir em erro os seus discípulos, pois o seu objectivo final é tornar-se um com o Senhor. Isso é contra os princípios do culto devocional.
A real filosofia védica é Acintya Bhedabheda Tattva, que estabelece tudo como igual e diferente da Personalidade de Deus. Srila Raghunatha Das Gosvami confirma que esta é a posição real de um Mestre Espiritual autorizado e diz que se deve sempre pensar no Mestre Espiritual em termos de seu relacionamento íntimo com Mukunda."

suddha-bhaktah sri-guro sivasya ca bhagavata saha
abheda-drstim-tat-priyatamatvenaiva manyante

"Sempre que as escrituras descrevem o Mestre Espiritual e o Senhor Siva como
não diferentes de Krsna, os devotos puros entendem isso por causa de eles serem
os mais amados de Sri Krsna." (Bhakti Sandarbha, Annucheda 216)

Cc Adi 1-46: "Jiva Gosvami claramente define a visão de um devoto puro acerca do Mestre Espiritual e do Senhor Siva como sendo um com a Personalidade de Deus por serem muitos queridos para o Senhor, mas não idênticos com Ele em todos os aspectos."
Infelizmente, a maioria das principais vertentes cristãs considera Jesus Cristo como estando no mesmo nível de Deus em todos os aspectos. Assim como Deus, Jesus é onisciente, todo-poderoso, etc....
E este é um dos principais desvirtuamentos da cristandade moderna.
Vosso servo
Prahladesh Dasa



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