Não há Madhurya Rasa no Cristianismo. Não como no Vaisnavismo Gaudiya.
Nimbarka Sampradaya - Gaudiya Sampradaya
De facto, Sri Nimbarkacarya foi o primeiro Acarya a adorar Radha juntamente com Krsna no método de adoração de Sakhi Bhava.
No entanto, "somente os Gaudiya Vaisnavas afirmam a superexcelência do sentimento de amor em separação (Viraha ou Vipralamba). Parakiya Rasa é uma faceta especial dos relacionamentos entre Krsna e as Gopis." (Purushatraya Swami - As Quatro Sampradayas Vaisnavas).
Os Gaudiya Vaisnavas adoram Radha Krsna no humor de Parakiya (extra conjugal) em Manjari Bhava e em Vipralambha Rasa (separação).
Na Nimbarka Sampradaya adoram Radha Krsna no humor de Svakiya (conjugal) em Sakhi Bhava e em Sambhoga (união).
Na Nimbarka Sampradaya não é possível compreender os sentimentos de separação de Sri Radha como Prema, Sneha, Mana, Pranaya, Bhava, Mahabhava, Adirudha, etc...
Isto somente é possível para os seguidores de Sri Krsna Caitanya Mahaprabhu.
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Místicos Cristãos
Existiram muito místicos cristãos.
Agostinho de Hipona (354-430)
Angelus Silesius (1624-1677)
Santo Anselmo (1033-1109)
Clemente de Alexandria (? - 216)
Emanuel Swedenborg (1688-1772)
Francisco de Assis (1181-1226)
George Fox (1624-1691)
Hildegarda de Bingen (1098-1179)
João da Cruz (1542-1591)
Jacob Boehme (1575-1624)
Max Heindel (1865 - 1919)
Mestre Eckhart (c. 1260 - 1327/8)
Teresa de Ávila (1515-1582)
Thomas Merton (1915-1968)
William Blake (1757-1827)
A experiência mística cristã é o modo como o místico entra em contato com o Divino. Muitas vezes a experiência mística é descrita por aqueles que a sentem como uma "visão ou percepção directa de Deus".
A meta da mística cristã é o encontro pessoal com Deus. Os antigos cristãos empregavam a palavra "contemplação" para designar a experiência mística do encontro ou comunhão com a identidade de Deus. E sem dúvida a experiência mística cristã é muito bela e inspiradora.
No entanto, o relacionamento dos místicos cristãos com Deus é em Dasya Rasa.
Os místicos cristãos alcançam Prema Bhakti no humor de grande reverência ao Deus Todo Poderoso, oferecendo-Lhe belas orações.
Os místicos Gaudiya Vaisnavas alcançam Prema Bhakti no humor de grande intimidade de Parakiya Rasa, ou o amor extra conjugal com Krsna.
Esta é a contribuição exclusiva de Sri Krsna Caitanya Mahaprabhu.
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"Madhurya Rasa fora do Gaudiya Vaishnavismo? "
Quero agradecer aos devotos por compartilhar e enriquecer a discussão com suas considerações.
Tenho a dizer, sobre Tereza D’Ávila, que muitas de suas demonstrações de êxtase, na suposta madhurya rasa, estranhamente não se passam com Deus, conforme ela mesma afirma quando descreve sua transverberação, como podemos ver nesse trecho extraído de seu “Libro de la Vida”:
“(...) via um anjo perto de mim no lado esquerdo, em forma corporal, o que não costumo ver, a não ser excepcionalmente. Ainda que muitas vezes são me representados anjos, é sem vê-los, somente como a visão passada que disse primeiro. Essa visão quis o Senhor que eu visse assim.
Não era grande e sim pequeno, muito bonito, o rosto tão iluminado que se assemelhava ao dos anjos muito elevados, todos iluminados (devem ser os que chamam querubins, que os nomes eles não me dizem; mas percebo que no céu há muita diferença entre os anjos, como categorias que não saberia dizer).
Via nas mãos dele um dardo comprido de ouro, e em cuja ponta um pouco de fogo. Esse dardo parecia o anjo meter-me no coração algumas vezes e me chegava às entranhas; ao retirá-lo sentia que as levava consigo, e me deixava toda incendiada pelo grande amor de Deus.
Era tão grande a dor que me fazia dar aqueles gemidos, e tão excessiva suavidade que me põe tamanha dor, que não se deseja que se retire nem contenta a alma com menos que Deus. Não é dor corporal, e sim espiritual, ainda que não deixa de participar, e muito, o corpo. É uma carícia tão suave que passa entre a alma e Deus (...).”
Acredito que esse fato comprometa a possibilidade de ser uma madhurya rasa autêntica.
E, também, muito do que ela ensinou sobre o que pode ser interpretado como suposto amor conjugal com Deus, foi exposto em seu livro “Conceitos do Amor de Deus”, onde ela apenas explica às suas discípulas, no convento, sobre o espírito de veneração em que deve ser lido o livro “Cântico dos Cânticos”, pois as mulheres do convento tinham grande dificuldade em compreendê-lo como algo realmente espiritual, por seu conteúdo altamente sensual e erótico para os padrões da época.
Mas mesmo que aceitemos que ela possa ter desfrutado de madhurya rasa, ainda assim não poderíamos declarar que no cristianismo exista a rasa do amor conjugal.
O máximo que poderia ser dito seria que Tereza D’Ávila a desfrutou. Essa rasa é estranha ao cristianismo, e Tereza D’Ávila sofreu muito por isso. Vários confessores da época, que estudaram seus êxtases, declararam que se tratava de coisa do demônio.
Quanto ao fato dela ter levitado, isso não endossa a possibilidade dela ter desfrutado madhurya rasa. A levitação em estado de êxtase e comumente relatada em várias confissões religiosas diferentes. O fato exibe um profundo estado de êxtase, mas não está vinculada ao desfrute da rasa do amor conjugal.
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Na Teologia Cristã não há nenhuma informação precisa de como é o aspecto de Deus, Seu corpo, Suas características, Seus relacionamentos, Suas actividades, Sua consorte, etc....
Nada.
E como existe uma necessidade de relacionar-se pessoalmente com Deus em Rasas mais íntimas do que Dasya, os cristãos, e utilizando o conceito de que Deus e Seu filho são um só, direccionam tais relacionamentos para Jesus Cristo. E portanto, é tudo muito vago e incerto.
Ora, a unidade de Jesus e Deus não significa que Jesus assume a posição de Deus mas simplesmente que é um representante de Deus (devoto puro)
Um exemplo muito interessante:
Os Gauranga Nagaris afirmam que podemos ter um relacionamento de Madhurya Rasa com Sri Caitanya Mahaprabhu. Também afirmam que no mundo espiritual pode-se ser uma consorte (Nagari) de Sri Caitanya Mahaprabhu. Eles são bem proeminentes na Bengala.
Esta concepção é fortemente refutada pelos Vaisnavas Gaudiya seguidores de Rupa Gosvami, que explicam que somente podemos ter Dasya Rasa com Sri Caitanya e Madhurya Rasa com Krsna.
E assim relacionar-se em Rasas mais intimas com Deus através de relacionar-se com Jesus Cristo (que é o Mestre Espiritual) é no mínimo algo muito vago e incerto.
No entanto, queridos devotos e devotas, se alguém quizer aprofundar-se na ciência completa de Rasa terá que necessariamente refugiar-se nos escritos dos Goswamis de Vrndavana. Então teremos acesso a todos os detalhes dos relacionamentos amorosos dos devotos directamente com Krsna.
Na "Ciência da Auto Realização", Srila Prabhupada diz:
"Sri Caitanya Mahaprabhu informa-nos que se pode inclusive ter um compromisso sexual com o Senhor. Esta informação é a contribuição singular de Caitanya Mahaprabhu.
Neste mundo material, o compromisso sexual considera-se como o maior de todos, o maior prazer, ainda que exista de um modo pervertido. No entanto, ninguém havia concebido que poderia haver o emprego da sexualidade no mundo espiritual. Não há uma única citação teológica deste tipo em nenhuma parte do mundo.
Esta informação é dada pela primeira vez por Caitanya Mahaprabhu; pode-se ter a Suprema Personalidade de Deus como esposo, como amante...
...Caitanya Mahaprabhu diz não somente que Deus tem uma forma, mas que também tem vida sexual.
Esta é a maior contribuição de Caitanya Mahaprabhu."
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Nada melhor do que ouvirmos alguém fortemente inserido na sua própria tradição.
Pela Irmã Seraphim Boyce:
"A completa união da alma com a Trindade é chamada Matrimônio Místico. Matrimônio Místico significa que o Santo, o Deus Trino, une a alma a Si, em perfeita fusão, enquanto a "esposa" conserva perfeita individualidade e livre arbítrio.
Em si mesma, a graça do Segundo Pentecostes (vinda do Espírito Santo) não é nova. A única razão pela qual ela é considerada sem igual em nossa era é a universalidade de sua vinda. Do mesmo modo, a divinização de indivíduos não é novidade.
Alguns dos primeiros escritores cristãos escreveram sobre ela e a Igreja Ortodoxa conservou o uso da palavra, bem como a espiritualidade do arrependimento e da divinização, santidade e santo pesar.
Na Igreja Católica nos foi transmitido o nome Matrimônio Místico para o estado de divinização, por isso somos mais familiarizados com essa terminologia no Ocidente.
São João da Cruz também escreve, com relação ao Matrimônio Místico, em "Cântico Espiritual": "É, sem comparação alguma, muito mais elevada esta união do matrimônio do que a do desposório [equivale ao "noivado"] espiritual.
Trata-se de uma transformação total no Amado; nela se entregam ambas as partes por inteira posse de uma a outra, com certa consumação de união de amor, em que a alma é feita toda divina, e se torna Deus por participação, tanto quanto é possível nesta vida.
Por isso, penso, jamais a alma chega a esse estado sem que esteja confirmada em graça, porque nele se confirma a fidelidade de ambas as partes, e, conseqüentemente, a de Deus na alma."
Madre Verônica do Coração de Jesus, fundadora das Irmãs Vítimas do Sagrado Coração: "A forma mais perfeita de sua união era um tipo de co-incorporação de todo o seu ser pela Divindade, de modo que ela sentia o próprio Deus pensar, falar e agir nela e tornar-se a razão de todos os seus movimentos".
Podemos ver claramente que a teose nos prepara para o matrimônio místico. (Teose significa pedir conscientemente a Jesus que realize todas as ações em nós e por meio de nós).
A divinização e o Matrimônio Místico não são possíveis sem o pleno conhecimento e arrependimento de tudo o que é pecado em nós, ainda que estejamos vivendo uma vida aparentemente boa.
Vinde, Espírito Santo, vinde pela poderosa intercessão
do Imaculado Coração de Maria, Vossa amadíssima Esposa.
O Espírito e a Esposa dizem "Vinde".
Amém.
Vinde, Senhor Jesus."
O Matrimônio Místico não é o equivalente a relação conjugal em Madhurya Rasa, mas simplesmente a união indissolúvel da alma com a Trindade. É simplesmente um estado de divinização.
É chamado Matrimônio Místico porque é a celebração de uma união divina reverencial do místico com a Trindade. Assim como a união num matrimônio entre duas pessoas que não pode ser desfeito.
Os místicos cristãos aproximam-se e "unem-se" a Trindade com muita reverência e suplicam:
"Meu amado, deixa-me servir-te"
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Não encontramos em nenhuma parte dos escritos de São João da Cruz ou qualquer outro místico cristão a descrição de um relacionamento conjugal com Deus ou com a trindade.
Quando o místico cristão refere-se a si mesmo como "esposa", isto simplesmente indica um forte sentimento de união à Deus ou à trindade em serviço amoroso reverencial. A "esposa" que serve e está fortemente unida ao "esposo".
Ora, existem dois tipos de Prema Bhakti.
Do estudo dirigido do "Néctar da Devoçâo" pelo VIHE (Instituto Vaisnava de Estudos Superiores), revisão 15:
"Quando este Bhava suaviza completamente o coração, e a alma fica dotada de um sentimento de possessividade em relação ao Senhor e este sentimento torna-se condensado e intensificado, isto é chamado pelos entendidos de Prema (amor à Deus)." (CC Madhya 23.7)
Tecnicamente, existem dois tipos de Prema Bhakti:
1 - Mahatmya Jnana Prema
2 - Kevala Prema
Mahatmya Jnana Prema significa "Prema baseada no conhecimento das opulências do Senhor", e é vivenciada num humor de grande respeito e reverência.
Este tipo de Bhava somente é atingido através de Vaidhi Sadhana Bhakti.
Kevala Prema significa "Prema sem mistura com as opulências do Senhor", e é vivenciada num humor mais íntimo.
Este tipo de Bhava somente é atingido através de Raganuga Sadhana Bhakti."
Os místicos cristãos suavizam o seu coração com Bhava através de Vaidhi Bhakti e servem reverencialmente o seu amado.
Os Gaudiya Vaisnavas suavizam o seu coração com Bhava através de Raganuga Bhakti e servem intimamente o seu amado.
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There is no Madhurya Rasa in Christianity. Not as in Gaudiya Vaisnavism.
Nimbarka Sampradaya - Gaudiya Sampradaya
In fact, Sri Nimbarkacarya was the first Acarya to worship Radha along with Krsna in the Sakhi Bhava method of worship.
However, "only the Gaudiya Vaisnavas assert the superexcellence of the feeling of love in separation (Viraha or Vipralamba). Parakiya Rasa is a special facet of the relationships between Krsna and the Gopis." (Purushatraya Svami - The Four Vaisnava Sampradayas).
The Gaudiya Vaisnavas worship Radha Krsna in the mood of Parakiya (extra conjugal) in Manjari Bhava and in Vipralambha Rasa (separation).
In the Nimbarka Sampradaya they worship Radha Krsna in the mood of Svakiya (conjugal) in Sakhi Bhava and in Sambhoga (union).
In Nimbarka Sampradaya it is not possible to understand the separation feelings of Sri Radha as Prema, Sneha, Mana, Pranaya, Bhava, Mahabhava, Adirudha, etc...
This is possible only for the followers of Sri Krsna Caitanya Mahaprabhu.
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Christian mystics
There were many Christian mystics.
Augustine of Hippo (354-430)
Angelus Silesius (1624-1677)
Saint Anselm (1033-1109)
Clement of Alexandria (? - 216)
Emanuel Swedenborg (1688-1772)
Francis of Assisi (1181-1226)
George Fox (1624-1691)
Hildegard of Bingen (1098-1179)
John of the Cross (1542-1591)
Jacob Boehme (1575-1624)
Max Heindel (1865 - 1919)
Master Eckhart (c. 1260 - 1327/8)
Teresa of Ávila (1515-1582)
Thomas Merton (1915-1968)
William Blake (1757-1827)
The Christian mystical experience is the way in which the mystic comes into contact with the Divine. Mystical experience is often described by those who experience it as a "direct vision or perception of God." The goal of Christian mysticism is a personal encounter with God. Ancient Christians used the word "contemplation" to designate the mystical experience of encountering or communing with the identity of God. And without a doubt the Christian mystical experience is very beautiful and inspiring.
However, Christian mystics' relationship with God is in Dasya Rasa.
Christian mystics attain Prema Bhakti in the mood of great reverence to the Almighty God by offering Him beautiful prayers.
The mystic Gaudiya Vaisnavas attain Prema Bhakti in the mood of great intimacy of Parakiya Rasa, or extramarital love with Krishna.
This is the exclusive contribution of Sri Krsna Caitanya Mahaprabhu.
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"Madhurya Rasa out of Gaudiya Vaishnavism?"
I want to thank the devotees for sharing and enriching the discussion with their considerations.
I have to say, about Tereza D'Ávila, that many of her demonstrations of ecstasy, in the supposed madhurya rasa, strangely do not happen with God, as she herself states when she describes her transverberation, as we can see in this excerpt taken from her “Libro de la Vida”:
“(...) I saw an angel close to me on the left side, in bodily form, which I don't usually see, except exceptionally. Although angels are often represented to me, it is without seeing them, just like the past vision that I mentioned first. This vision the Lord wanted me to see like this. He was not big but small, very beautiful, his face was so illuminated that it resembled that of very high angels, all illuminated (they must be the ones called cherubs, whose names they don't tell me; but I realize that in heaven there is a lot of difference between angels, as categories that I could not name). I saw in his hands a long golden dart, at the tip of which was a little fire. That dart felt like the angel thrusting it into my heart a few times and reached my insides; When I took it out I felt like I was taking them with me, leaving me on fire with the great love of God. The pain was so great that it made me make those moans, and the pain was so excessive that it put me in such pain that one would not want it to go away nor would the soul be content with anything less than God. It is not bodily pain, but spiritual, although the body is very much involved. It is such a gentle caress that passes between the soul and God (...).”
I believe this fact compromises the possibility of being an authentic madhurya rasa.
And, also, much of what she taught about what can be interpreted as supposed conjugal love with God, was exposed in her book “Conceptions of the Love of God”, where she simply explains to her disciples, in the convent, about the spirit of veneration in which the book “Song of Songs” should be read, as the women of the convent had great difficulty understanding it as something truly spiritual, due to its highly sensual and erotic content by the standards of the time.
But even if we accept that she may have enjoyed madhurya rasa, we still cannot declare that in Christianity there is the rasa of conjugal love. The most that could be said would be that Tereza D’Ávila enjoyed it. This rasa is foreign to Christianity, and Tereza D’Ávila suffered a lot for it. Several confessors of the time, who studied her ecstasies, declared that it was something of the devil. As for the fact that she levitated, this does not endorse the possibility of la have enjoyed madhurya rasa. Levitation in a state of ecstasy is commonly reported in several different religious confessions. The fact displays a deep state of ecstasy, but it is not linked to the enjoyment of the rasa of conjugal love.
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In Christian Theology there is no precise information about what God looks like, His body, His characteristics, His relationships, His activities, His consort, etc...
Anything.
And since there is a need to relate personally to God in Rasas more intimate than Dasya, Christians, and using the concept that God and His son are one, direct such relationships to Jesus Christ. And therefore, everything is very vague and uncertain.
Now, the unity of Jesus and God does not mean that Jesus assumes the position of God but simply that he is a representative of God (pure devotee)
A very interesting example:
Gauranga Nagaris claims that we can have a Madhurya Rasa relationship with Sri Caitanya Mahaprabhu. They also claim that in the spiritual world one can be a consort (Nagari) of Sri Caitanya Mahaprabhu. They are quite prominent in Bengal.
This conception is not followed by the Gaudiya Vaisnavas followers of Rupa Goswami, who explain that we can only have Dasya Rasa with Sri Caitanya and Madhurya Rasa with Krsna.
And so, relating in more intimate Rasas with God through relating with Jesus Christ (who is the Spiritual Master) is at least something very vague and uncertain.
However, dear devotees, if anyone wants to delve into the complete science of Rasa, they will necessarily have to take refuge in the writings of the Gosvamis of Vrndavana. Then we will have access to all the details of the devotees' romantic relationships directly with Krsna.
In the "Science of Self-Realization", Srila Prabhupada says:
"Sri Caitanya Mahaprabhu informs us that one can even have a sexual commitment with the Lord. This information is the unique contribution of Caitanya Mahaprabhu. In this material world, sexual commitment is considered as the greatest of all, the greatest pleasure, even that it exists in a perverted way. However, no one had conceived that there could be the use of sexuality in the spiritual world. having the Supreme Personality of God as a husband, as a lover...
... Caitanya Mahaprabhu says not only that God has a form, but that he also has a sexual life.
This is Caitanya Mahaprabhu's greatest contribution."
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There is nothing better than listening to someone strongly embedded in their own tradition.
By Sister Seraphim Boyce:
"The complete union of the soul with the Trinity is called Mystical Marriage. Mystical Marriage means that the Holy One, the Triune God, unites the soul to Himself, in perfect fusion, while the "wife" retains perfect individuality and free will.
In itself, the grace of Second Pentecost (coming of the Holy Spirit) is not new. The only reason she is considered unique in our age is the universality of her coming. Likewise, the divinization of individuals is nothing new.
Some early Christian writers wrote about it and the Orthodox Church retained the use of the word as well as the spirituality of repentance and divinization, holiness and holy grief.
In the Catholic Church, the name Mystical Marriage was transmitted to us for the state of divinization, which is why we are more familiar with this terminology in the West.
Saint John of the Cross also writes, in relation to Mystical Marriage, in "Spiritual Song": "This union of marriage is, without comparison, much higher than that of spiritual espousal [equivalent to "betrothal"] of a total transformation in the Beloved; in it both parts are given in full possession of one another, with a certain consummation of union of love, in which the soul is made entirely divine, and becomes God by participation, as far as is possible in this.
Therefore, I think, the soul never reaches this state without being confirmed in grace, because in it the fidelity of both parties is confirmed, and, consequently, that of God in the soul."
Mother Veronica of the Heart of Jesus, founder of the Victim Sisters of the Sacred Heart: "The most perfect form of her union was a kind of co-incorporation of her entire being with the Divinity, so that she felt God Himself think, speak and act on it and become the reason for all its movements".
We can clearly see that theosis prepares us for mystical marriage. (Theosis means consciously asking Jesus to perform all actions in us and for among us).
Divinization and Mystical Marriage are not possible without full knowledge and repentance of everything that is sin in us, even if we are living an apparently good life.
Come, Holy Spirit, come through powerful intercession of the Immaculate Heart of Mary, Your most beloved Spouse. The Spirit and the Wife say
"Come."
Amen.
Come, Lord Jesus."
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Mystical Marriage is not the equivalent of the conjugal relationship in Madhurya Rasa, but simply the indissoluble union of the soul with the Trinity.
It is simply a state of divinization. It is called Mystical Marriage because it is the celebration of a reverential divine union of the mystic with the Trinity. Just like the union in a marriage between two people that cannot be undone.
Christian mystics approach and "unite" the Trinity with great reverence and plead: "My beloved, let me serve you"
We do not find anywhere in the writings of Saint John of the Cross or any other Christian mystic a description of a marital relationship with God or the Trinity.
When the Christian mystic refers to himself as "wife," this simply indicates a strong feeling of union with God or the Trinity in reverential loving service. The "wife" who serves and is strongly united to her "husband".
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Now, there are two types of Prema Bhakti.
From the "Nectar of Devotion" directed study by VIHE (Vaisnava Institute of Higher Studies), revision 15:
"When this Bhava completely softens the heart, and the soul is endowed with a feeling of possessiveness towards the Lord and this feeling becomes condensed and intensified, this is called by those who understand Prema (love of God)." (CC Madhya 23.7)
Technically, there are two types of Prema Bhakti:
1 - Mahatmya Jnana Prema
2 - Kevala Prema
Mahatmya Jnana Prema means "Prema based on the knowledge of the opulences of the Lord", and is experienced in a mood of great respect and reverence.
This type of Bhava is only attained through Vaidhi Sadhana Bhakti.
Kevala Prema means "Prema unmixed with the opulences of the Lord", and is experienced in a more intimate mood.
This type of Bhava is attained only through Raganuga Sadhana Bhakti."
Christian mystics soften their heart with Bhava through Vaidhi Bhakti and reverently serve their beloved.
Gaudiya Vaisnavas soften their heart with Bhava through Raganuga Bhakti and intimately serve their beloved.