Muitas vezes nós vemos os devotos a citarem a afirmação de Srila Prabhupada no significado do Cc Adi Lila 1.47 sem levar em consideração o verso e todo o significado de Srila Prabhupada.
Isto é um engano.
A afirmação de Srila Prabhupada (tomada isoladamente), é:
"...Existem dois tipos de mestres espirituais instrutores. Um é a pessoa liberada plenamente absorta em meditação no serviço devocional, e o outro é aquele que invoca a consciência espiritual do discípulo através de instrucções relevantes..."
Vendo esta afirmação isolada sem ler atentamente o verso e todo o significado de Srila Prabhupada alguém poderá pensar que existem dois mestres espirituais instrutores.
Um que é uma alma liberada e outro que não é uma alma liberada mas dá instrucções relevantes.
Mas, logo depois Srila Prabhupada afirma:
"...E assim as instrucções na ciência da devoção são diferenciadas em termos objetivos e subjetivos de compreensão..."
Em termos objetivos refere-se ao Siksa Guru que guia e instrui externamente o discípulo.
Em termos subjetivos refere-se a Antaryami que actua como o Siksa Guru interno guiando e instruindo.
Srila Prabhupada no significado confirma isto: "...Sri Krsna Ele mesmo instrui-nos como o mestre espiritual instrutor a partir do interior e do exterior. A partir do interior Ele ensina como a Superalma, o nosso companheiro constante, e a partir do exterior Ele ensina do Bhagavad Gita como o mestre espirituial instrutor...."
E assim existem dois tipos de mestres espirituais instrutores:
1 - "...Um é a pessoa liberada plenamente absorta em meditação no serviço devocional..." o verso diz Bhakta Srestha - o melhor devoto.
2 - "...o outro é aquele que invoca a consciência espiritual do discípulo através de instrucções relevantes..." o verso diz Antaryami, a Superalma que instrui de dentro.
Existem dois mestres espirituais instrutores de acordo com este verso e de acordo com o significado completo de Srila Prabhupada que são:
1 - O Siksa Guru que é uma alma liberada. Bhakta Srestha - o melhor devoto plenamente absorto no serviço devocional.
2 - A Superalma, Antaryami, Paramatma, o Caitya Guru.
No seu Anubhasya (comentário) sobre este verso, Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakura confirma exatamente o mesmo:
"...Aquele que dá instruções sobre Hari Bhajana é o Guru instrutor (Siksa). Um Guru ou Acarya nunca está desprovido de Bhajana ou actua incorretamente. O grande Guru que tem bem-aventurança no Bhajana e o Guru mental (Caitya Guru) O qual dá a discriminação para aceitar coisas favoráveis ao Bhajana, são os dois tipos de mestres instrutores..."
A seguir os versos e comentários na íntegra de Srila A.C.Bhaktivedanta Swami Prabhupada e de Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakura.
Por Srila A.C.Bhaktivedanta Swami Prabhupada
Sri Caitanya Caritamrta, Adi Lila 1.47
siksa-guruke ta'jani krsnera svarupa
antaryami, bhakta-srestha, - ei dui rupa
siksa-guruke - o mestre espiritual que instrui; ta' - na verdade; jani - eu sei; krsnera - de Krsna, sva-rupa - o representante directo; antaryami - a Superalma interna; bhakta-srestha - o melhor devoto; ei - aqueles; dui - dois; rupa - formas.
TRADUÇÃO
Deve-se saber que o mestre espiritual instrutor é a Personalidade de Krsna. O Senhor Krsna manifesta-se Ele mesmo como a Superalma e como o maior de todos os devotos do Senhor.
SIGNIFICADO POR SRILA A.C.BHAKTIVEDANTA SWAMI PRABHUPADA
Srila Krsnadasa Kaviraja Gosvami declara que o mestre espiritual instrutor é um representante fidedigno de Sri Krsna. Sri Krsna Ele mesmo instrui-nos como o mestre espiritual instrutor a partir do interior e do exterior. A partir do interior Ele ensina como a Superalma, o nosso companheiro constante, e a partir do exterior Ele ensina do Bhagavad Gita como o mestre espirituial instrutor. Existem dois tipos de mestres espirituais instrutores.
Um é a pessoa liberada plenamente absorta em meditação no serviço devocional, e o outro é aquele que invoca a consciência espiritual do discípulo através de instrucções relevantes.
E assim as instrucções na ciência da devoção são diferenciadas em termos objetivos e subjetivos de compreensão.
O acarya no verdadeiro sentido do termo, que está autorizado a dar Krsna, enriquece o discípulo com conhecimento espiritual pleno e assim desperta-o para as actividades do serviço devocional.
Quando por aprender de um mestre espiritual auto realizado, uma pessoa começa realmente ela mesma a ocupar-se no serviço ao Senhor Visnu, e o serviço devocional funcional começa. Os procedimentos para este serviço devocional são conhecidos como abhidheya, ou acções que devem ser executadas como dever. Nosso único refúgio é o Senhor Supremo, e aquele que ensina como aproximar-se de Krsna é a forma funcional da Personalidade de Deus.
Não existe diferença entre o Senhor Supremo que dá refúgio e entre o mestres espirituais iniciador e instrutor. Se alguém tolamente discrimina entre eles, comete uma ofensa na execução do serviço devocional.
Sanatana Gosvami é o mestre espiritual ideal, porque ele dá o refúgio dos pés de lótus de Madana-mohana. Mesmo que alguém seja incapaz de viajar para Vrndavana devido ao seu esquecimento do seu relacionamento com a Suprema Personalidade de Deus, poderá obter uma oportunidade adequada para permanecer em Vrndavana e obter todos os benefícios espirituais pela misericórdia de Sanatana Gosvami.
Sri Govindaji actua exatamente como o siksa-guru (mestre espiritual instrutor) por ensinar a Arjuna o Bhagavad Gita.
Ele é o preceptor original, pois Ele dá-nos instrucções e a oportunidade de servi-Lo. O mestre espiritual iniciador é a manifestação pessoal de Srila Madana-mohana vigraha, enquanto que o mestre espiritual instrutor é o representante pessoal de Srila Govindadeva vigraha. Ambas Deidades são adoradas em Vrndavana. Srila Gopinatha é a atração última na realização espiritual."
Patita Pavana Srila Prabhupada Ki Jaya !!!
Por Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakura (o mesmo verso)
siksa guruke ta' jani krishnera svarupa
antaryarni bhakta srestha ei dui rupa.
TRADUÇÃO
"Eu conheço o Guru instrutor como sendo o próprio Krsna nestas duas formas - o Monitor interior e o melhor dos devotos."
SIGNIFICADO POR SRILA BHAKTISIDDHANTA SARASVATI THAKURA
"Aquele que dá instruções sobre Hari Bhajana é o Guru instrutor (Siksa). Um Guru ou Acarya nunca está desprovido de Bhajana ou actua incorretamente. O grande Guru que tem bem-aventurança no Bhajana e o Guru mental (Caitya Guru) O qual dá a discriminação para aceitar coisas favoráveis ao Bhajana, são os dois tipos de mestres instrutores.
As instruções de Bhajana diferem no estágio de prática (sadhana) e do objetivo (sadhya).
Sri Gurudeva, o qual mostra Krsna, por enriquecer seu discípulo com conhecimento de relacionamento (sambandha-jnana) descortina para o discípulo a realização do seu póprio serviço. Após alcançar a graça deste Guru iniciador, as instruções, que são dadas no imaculado serviço à Visnu, são descritas como "abhideya".
O Guru instrutor na forma de um servo - a corporificação de abhideya, não é uma entidade diferente do Guru iniciador - o qual dá sambandha-jnana. Ambos são Gurudeva. Vê-los ou compreendê-los de forma desigual provoca uma ofensa espiritual.
Não há nenhuma diferença entre a forma de Krsna (rupa) e Seu próprio Ser (svarupa). O Guru iniciador é Sanatana - o qual dá-nos os pés de lótus de Madana Mohana.
Para as almas que esqueceram Deus e são incapazes de transitar em Vraja, Sanatana dá a realização de que os pés de Deus são nossa vida e alma. O Guru instrutor é Rupa - ele dá-nos a elegibilidade para executar serviço à Govinda e aos pés da Sua mais querida."
Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakura Ki Jaya !!!
Vosso servo
Prahladesh Dasa Adhikari
Prabhu, vou reservar os argumentos para o debate que vai começar.
É claro que a posição que eu defenderei está solidamente fundamentada, pois a tese de que somente um devoto puro pode atuar como guru não encontra respaldo na análise sistemática das escrituras, podendo ser deduzida somente como situação ideal.
Até mais
seu servo
Advaya dasa
Prabhu, o engano é seu, porque que na análise do texto as palavras objetivo e subjetivo se referem às instruções, ao passo que vc usa as duas como se referissem a duas formas de manifestação do elemento subjetivo do processo de conhecimento ( o guru interno e o guru externo). Sua lógica está claramente equivocada.
seu servo
Advaya dasa
Advaya Prabhu, Hare Krsna !!!
Muito obrigado.
Sem dúvida que podemos aceitar um devoto(a) como mestre espiritual sem que este seja uma alma liberada.
Mas tal mestre espiritual somente poderá nos levar até um certo ponto e NUNCA até Prema Bhakti. Este é o veredicto de todos os Sastras e Acaryas.
Mas isto não é o que estamos a analizar aqui. O que está a ser analizado aqui é o verso do Cc Adi Lila 1.47.
Srila Prabhupada afirma:
"...E assim as instrucções na ciência da devoção são diferenciadas em termos objetivos e subjetivos de compreensão..."
Ou seja:
1 - instrucções em termos objetivos de compreensão. Instruções que são compreendidas objetivamente (instrucções dadas pelo melhor devoto (Bhakta Srestha Siksa Guru VIVO ))
2 - Instrucções em termos subjetivos de compreensão. Instruções que são compreendidas subjetivamente (instrucções que são dadas pelo Paramatma (o companheiro constante))
OBJECTIVO = (De acordo com o dicionário Porto Editora) Relativo ao objecto. (Neste caso o Bhakta Srestha Siksa Guru)
SUBJECTIVO = (De acordo com o Dicionário Porto Editora) Relativo ao domínio da consciência (Paramatma, Antaryami)
Está muito claro. Mas se o senhor insiste em não ver o óbvio, isto é consigo.
Mas se persistirem dúvidas, o comentário de Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakura é definitivamente esclarecedor:
"...Aquele que dá instruções sobre Hari Bhajana é o Guru instrutor (Siksa). Um Guru ou Acarya nunca está desprovido de Bhajana ou actua incorretamente. O grande Guru que tem bem-aventurança no Bhajana e o Guru mental (Caitya Guru) O qual dá a discriminação para aceitar coisas favoráveis ao Bhajana, são os dois tipos de mestres instrutores..."
Seria muito bom se o senhor pudesse dar um parecer sobre estas palavras de Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakura.
Vosso servo
Prahladesh Dasa Adhikari
Somente para reforçar:
Instrucções em termos objetivos de compreensão:
Compreensão objectiva - compreensão que existe fora do espírito; exterior à consciência. (Dicionário Porto Editora)
Prabhu, se a compreensão objetiva é a que está fora do corpo, não pode se referir à Superalma, segundo sua tese, porque Ela está no corpo com a jiva.
Se se refere ao guru externo, a compreensão não é objetiva, porque o guru faz parte do elemento subjetivo no processo de conhecimento (conhecedor, conhecido, processo). Para dar conhecimento o guru tem que ser conhecedor. O objetivo do discípulo também é ser conhecedor.
O conhecido (objeto) é a Verdade Absoluta ou a prakrti, dependendo do que se pretende conhecer.
O desdobramento do guru em guru interno e externo se mantém no plano subjetivo, pois o objetivo no processo de conhecimento não é conhecer o guru, mas o que o guru transmite, mesmo que o conhecimento do guru seja parte da totalidade desse conhecimento.
Precisamos atentar na citação do CC, no original em inglês, Prabhupada usou " is he who " com "he" em minúscula, quando costuma usar em maiúsculas nas outras referências a Krsna, indicando que fala do guru externo ao se referir ao guru que dá instruções relevantes para o avanço do discípulo.
seu servo
Advaya dasa
Advaya Prabhu, Hare Krsna !!!
Como não estou a participar do debate e porque encontrei um tempinho farei algumas considerações. Se o senhor estiver muito ocupado com o mesmo e quizer comentá-las mais tarde não há problema.
No significado Srila Prabhupada cita:
"...Não existe diferença entre o Senhor Supremo que dá refúgio e entre o mestres espirituais iniciador e instrutor...."
Portanto, em relação ao "he" minúsculo, antes Srila Prabhupada declara:
"...o outro é aquele que invoca a consciência espiritual do discípulo através de instrucções relevantes...."
Isto refere-se ao Siksa Guru que faz exatamente o que a Superalma faz, ou seja, invoca a consciência espiritual através de instrucções relevantes e guia-nos para aceitarmos coisas favoráveis à pratica devocional.
Como já havia mencionado e ambos concordamos, podemos aceitar um Guru que não seja uma alma liberada (embora tal Guru não possa guiar-nos até Prema Bhakti), e podemos até mesmo afirmarmos isto utilizando citações Sastricas, dos Acaryas e de Prabhupada.
Mas neste verso específico do Cc Adi Lila 1.47 menciona-se somente dois tipos de mestres espirituais instrutores.
1 - Antaryami, Paramatma ou Caitya Guru.
2 - Siksa Guru - Bhakta Srestha (o melhor devoto)- e aqui Srila Prabhupada divide o Bhakta Srestha em dois:
2a) "...a pessoa liberada plenamente absorta em meditação no serviço devocional..." Ou seja, aquela alma liberada que inspira-nos. Todos os grandes Acaryas do passado mas também do presente que embora não dêem instrucções directas, instruem-nos através de sua vida exemplar.
"No Skanda Purana aconselha-se que um devoto tome como modelo os Acaryas e as pessoas santas do passado, porque se procedermos desta maneira podemos alcançar os resultados desejados, sem haver possibilidade de nos lamentarmos ou nos frustarmos em nosso progresso." (Néctar da Devoção, Cap 7)
2b) "...o outro é aquele que invoca a consciência espiritual do discípulo através de instrucções relevantes..." também uma alma liberada que actua exatamente como o Paramatma ao dar instrucções relevantes e guia-nos para aceitarmos coisas favoráveis à pratica devocional.
Então Prabhupada afirma:
"...Existem dois tipos de mestres espirituais instrutores. Um é a pessoa liberada plenamente absorta em meditação no serviço devocional, e o outro é aquele que invoca a consciência espiritual do discípulo através de instrucções relevantes..."
Então como haviamos salientado que se tomarmos esta afirmação isolada sem considerar o contexto do verso e do significado todo e dos significados de outros Acaryas diríamos que um Siksa Guru é uma alma liberada e o outro não é.
Prabhu, repare que eu não repeti as palavras Siksa Guru duas vezes na afirmação anterior.
Eu poderia ter dito:
...diriamos que um Siksa Guru é uma alma liberada e o outro Siksa Guru não é...
Srila Prabhupada faz a mesma coisa.
Srila Prabhupada não escreve duas vezes a palavra alma liberada porque então ficaria assim: (além disso o verso somente cita Bhakta Srestha - o melhor devoto)
"...Um é a pessoa liberada plenamente absorta em meditação no serviço devocional, e o outro é aquela alma liberada que invoca a consciência espiritual do discípulo através de instrucções relevantes..."
Ou ainda para reforçar:
"...Um (Bhakta Srestha) é a pessoa liberada plenamente absorta em meditação no serviço devocional, e o outro (Bhakta Srestha) é aquela alma liberada que invoca a consciência espiritual do discípulo através de instrucções relevantes..."
Portanto é preciso compreender que pelo menos neste verso e significado somente existem dois tipos de mestres espirituais instrutores:
1 - Antaryami (Superalma ou Caitya Guru)
2 - Bhakta Srestha (o melhor devoto - uma alma liberada absorta em meditação e outra alma liberada que dá instrucções directamente. Ou também poderia dizer: uma alma liberada absorta em meditação e outra que dá instrucções directamente. Repare que aqui não repeti "alma liberada", mas a segunda também o é).
Caso contrário teríamos um pleonasmo, ou seja, uma repetição desnecessária tanto do ponto de vista sintático quanto do significado - de um termo já expresso na oração.
Portanto, é errado utilizarmos esta afirmação de Prabhupada isoladamente para afirmarmos que um Siksa Guru é liberado e outro não o é.
Haribol !!!
Aproveito também para fazer algumas colocações as afirmações de Giridhari Prabhu, o qual escreveu:
"Acho estranha essa conclusão. A dificuldade em todos esses caso é que simplesmente pouquíssimo se fala de diksa. Então, quando os textos falam de guru, o termo é genérico. Ele, assim, se aplica a totalidade dos gurus na nossa vida.
Ninguém “dá” Krishna-bhakti, senão que mostra como atingir, pois Krishna-Caitanya já inundou o universo de prema – Ele já deu! Prabhupada nos ensina como atingir prema. Ninguém precisa de um devoto puro diksa para lhe dar isso novamente na ISKCON.
Não existem citações nesse sentido. Esse é o problema desse debate e dessas discussões – não leva em consideração que a ISKCON é uma sociedade de gurus liderados por Srila Prabhupada, assim ninguém está carente de perfeita guia espiritual na ISKCON, não importa quem lhe dê diksa. Todas as citações que dizem “o guru é isso” o “o guru tem que ser assim” – não exclui siksa-gurus, não reduz a uma única pessoa do diksa-guru.
Portanto, se, na totalidade dos gurus que alguém tem na vida, não se encontra um único verdadeiro acharya, aí sim teremos um problema. Mas se um de seus gurus, mesmo que não seja seu diksa, seja um grande acharya, então qual a dificuldade?
Tukarama Prabhu foi testemunha da resposta que Srila HDG deu quando lhe perguntaram sobre ter um guru devoto puro. Ele riu e falou que só no mundo material mesmo para alguém achar essa pergunta relevante – e explicou que uma definição de puro é quem está simplesmente seguindo o processo, que basta transmitir o conhecimento como ele é.”
Minha colocação:
Três situações são possíveis:
1 - Aceitarmos Siksa e Diksa de uma alma liberada, um devoto(a) "VIVO".
2 - Aceitarmos Siksa e Diksa de um devoto(a) "VIVO" mas ainda em aperfeiçoamenteo.
3 - Aceitarmos Siksa de Prabhupada e todos os Acaryas anteriores.
Tudo isto é possível. Se não tivermos um teremos o outro. Mas, especialmente nos dias que correm, somente almas muito especiais poderão refugiar-se somente no Siksa de Prabhupada sem necessitar de Siksa e Diksa de devotos liberados "VIVOS".
Srila Prabhupada afirmou que nós podemos encontrar todas as respostas em seus livros.
E quanto a isto não há a menor dúvida, os livros de Prabhupada contém tudo o que precisamos saber detalhadamente. Mas ainda assim precisamos da guia de devotos liberados para entender os livros de Prabhupada.
Os Rtviks usam os livros de Srila Prabhupada. Os Smarta Brahmanas usam os livros de Srila Prabhupada. Os Sahajiyas usam os livros de Srila Prabhupada. Mesmo na ISKCON diferentes devotos usam os livros de Srila Prabhupada para defender diferentes tópicos. E todos afirmam que são os representantes fidedignos de Prabhupada. Mas Srila Prabhupada não está presente entre nós para defender a si mesmo.
Eu posso afirmar "...eu sigo o Siksa puro de Prabhupada e isto é suficiente para alcançar a perfeição..." Mas será que eu estou realmente a seguir corretamente o Siksa puro de Prabhupada? Será que eu não preciso da guia de um devoto liberado "VIVO" seguidor de Prabhupada que me auxilie?
Na Ciência da Auto Realização, Srila Prabhupada afirma:
"...Em uma farmácia podem haver muitos remédios, e todos podem ser genuínos, mas é necessário que um médico experiente prescreva o remédio para cada paciente em particular..."
"...Em uma corte de Justiça dois advogados apresentam seus respectivos argumentos relevantes, tirados dos livros de leis autorizados, mas depende do juíz decidir o caso em favor de um dos litigantes.. ."
Numa conversa com Brahmanada Svami, Srila Prabhupada explica que usando as escrituras, nós podemos provar praticamente tudo o que quizermos, e portanto é essencial aceitar um mestre espiritual realizado para podermos aprender a verdade real e o objectivo da vida dada por ele (pelo mestre espiritual realizado "VIVO").
Vosso servo
Prahladesh Dasa