हरे कृष्ण हरे कृष्ण कृष्ण कृष्ण हरे हरे || हरे राम हरे राम राम राम हरे हरे

Arquivo

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Vacuidade 3

Querido Francisco, por favor aceite minhas humildes reverências.
Srila Prabhupada Ki Jaya !!!

Sim, os Vaisnavas não são Budistas mas com muita prudência falam sobre o Budismo.

A nossa posição é mostrar que suas posições, conceitos e realizações são totalmente contrárias ao culto de Bhakti.

No Brahman não se manifesta Bhakti.
No Pradhana não se manifesta Bhakti.
Mais, o Pradhana é a base da criação material.

Os Bhaktas puros vão para Goloka Vrndavana bem juntinhos de Sri Sri Radha Krsna.

O aspecto pessoal de Krsna sempre predomina sobre o aspecto impessoal.
A energia superior espiritual de Krsna sempre predomina sobre a energia material inferior.

A seguir o que Sri Krsna Caitanya Mahaprabhu e Srila Prabhupada, que não são Budistas, falam sobre o Budismo:

Sri Caitanya Mahaprabhu, Srila Prabhupada e os Buddhistas

Do "Sri Caitanya Caritamrta - Madhya 9. 42-49"
"Existem muitos tipos de filósofos. Alguns são lógicos que seguem Gautama ou Kanada. Alguns seguem Mimamsa de Jaimini. Alguns seguem a filosofia Mayavada de Sankaracarya, e outros seguem a filosofia Sankhya de Kapila ou o sistema de Yoga mística de Patanjali. Alguns seguem os Smrti Sastras compostos de 20 escrituras religiosas, e outros seguem os Puranas e o Tantra Sastra. Desta forma existem diferentes tipos de filósofos."

"Todos estes seguidores de diferentes escrituras estavam preparados para apresentar conclusões das suas respectivas escrituras, mas Sri Caitanya Mahaprabhu quebrou todas as suas opiniões em pedaços e estabeleceu Seu próprio culto de Bhakti baseado nos Vedas, Vedanta, o Brahma Sutra e a filosofia de Acintya Bhedabheda Tattva."

"Sri Caitanya Mahaprabhu estabeleceu em todos os lugares o culto do serviço devocional. Ninguém podia derrotá-Lo."
"Sendo assim derrotados pelo Senhor Caitanya Mahaprabhu, todos estes filósofos e seus seguidores entraram para Seu culto. Desta forma o Senhor Caitanya tornou o Sul da Índia num local de Vaisnavas."

"Quando os descrentes ouviram falar da erudição de Sri Caitanya Mahaprabhu, eles aproximaram-se d'Ele com muito orgulho, trazendo seus discípulos com eles."
"Um deles era um líder do culto Buddhista que era muito erudito. Para estabelecer as nove conclusões filosóficas Buddhistas, ele veio perante o Senhor e começou a falar."

"Embora os Buddhistas não possam argumentar e não devam ser vistos pelos Vaisnavas, Caitanya Mahaprabhu falou com eles para acabar com seu falso orgulho."

"As escrituras Buddhistas são baseadas em argumento e lógica, e contém nove princípios principais. Porque Sri caitanya Mahaprabhu derrotou os Buddhistas na sua argumentação, eles não puderam estabelecer seu culto."

No significado deste verso, Srila Prabhupada rejeita estes nove princípios um a um.

Também diz:

"Aqueles que são pregadores na ISKCON irão certamente encontrar muitas pessoas que acreditam na argumentação intelectual.

A maioria destas pessoas não aceitam a autoridade dos Vedas. No entanto, aceitam a especulação mental e a argumentação.
Portanto, os pregadores da Consciência de Krsna devem estar preparados para rejeitá-los com argumentação, exatamente como Sri Caitanya Mahaprabhu fez."

1 - A criação é eterna, portanto não é necessário um criador.

"...o objectivo último Buddhista é dissolver o corpo.Isto é proposto porque o corpo tem um começo.
Da mesma forma, toda a manifestação cósmica é como um corpo gigante, mas se aceitarmos o facto de que a criação é eterna não há a questão da aniquilação.
Portanto, a tentativa de aniquilar tudo para alcançar o zero é um absurdo..."

2 - A manifestação cósmica é falsa

"...se os prazeres e dores do corpo são falsos, a criação também é falsa...
...a criação material não é falsa ou imaginária, mas é temporária."

3 - "Eu sou" é a verdade

"...isto exclui a individualidade de "eu e "você".
Se não existe "eu" e "você" ou individualidade não há possibilidade de argumentação e a filosofia Buddhista depende da argumentação..."

4 - Há a repetição de nascimentos e mortes

"...os Buddhistas não explicam apropriadamente o próximo nascimento..."

5 - O Senhor Buddha é a única fonte para entendermos a verdade

"...não podemos aceitar isto porque o Senhor Buddha rejeitou os princípios do conhecimento védico...
...é preciso aceitar o princípio padrão de conhecimento. Se todos são autorizados, as escrituras serão interpretadas de muitas maneiras diferentes..."

6 - O princípio de Nirvana ou aniquilação é o objectivo último

"...a aniquilação aplica-se ao corpo, mas a alma espiritual transmigra de um corpo para outro...
....uma pessoa pode transcender a transmigração de corpos materiais e retornar ao lar, retornar ao Supremo...
...não que a existência torna-se vazia ou um zero..."

7 - A filosofia de Buddha é o único caminho filosófico

"...não podemos aceitar esta teoria porque existem muitos defeitos na filosofia Buddhista...
...a filosofia perfeita é aquela que não tem defeitos, e esta é a filosofia Vedanta..."

8 - Os Vedas foram compilados por seres humanos comuns

"...não havia ninguém no começo da criação a não ser Brahma. E ainda assim ele não compilou os Vedas.
Portanto, a conclusão é que os Vedas não foram compilados por ninguém comum. O conhecimento védico foi dado pela Suprema Personalidade de Deus, que criou o mundo material..."

9 - Aconselha-se piedade e mostrar misericórdia

"...mostrar misericórdia e compaixão são actividades relativas.
Isto não é a Verdade Absoluta.
...Somos objectos de misericórdia de pessoas superiores
...dar a um homem doente um alimento proibido não é misericórdia. É crueldade...
...como a filosofia Buddhista não admite a existência da alma espiritual, a chamada misericórdia dos Buddhistas é defeituosa..."

Srila A.C.Bhaktivedanta Swami Prabhupada Ki Jaya !!!

Sim, o vazio não significa vazio.

Temos a plena consciência da natureza essencial de todas as coisas sem apegarmo-nos a elas.
Inclusivamente de não apegarmo-nos à Deus - Krsna.

Sim, existem muitos caminhos e devemos respeitar a todos.
Todos tem a sua função, ainda que seja de confubdir as entidades vivas.
Mas também devemos compreender exatamente o que significam estes caminhos em termos de avanço espiritual.

É interessante notar que os Budistas falam de práticas espirituais.
Mas no caso deles, pratica espiritual significa o processo através do qual libertamo-nos de todos os conceitos, incluíndo o conceito de Deus.

Os Budistas não são ateus, mas sim agnósticos.

Ou seja, os ateus negam a existência de Deus mas ao mesmo tempo apegam-se a vida materialista, diferentemente dos Budistas, que negam a existência de Deus e também negam a vida materialista.
"A realidade está além destas realidades"

A seguir alguns sites aonde os próprios Budistas explicam a posição do Budismo em relação à Deus.

Iremos encontrar declarações como (entre tantas outras):

One of the Mahayana Sutras, the Lankavatara Sutra, states that the notions of a sovereign God, Atman are figments of the imagination or manifestations of the mind and can also be an impediment to perfection as this leads to attachment to the concept of "God":...

...Buddhism teaches that the focus of our attention should not be an imaginary God and pointless speculation about what such a God did in the past and what he will do in the future. Instead, Buddhism is immensely more pragmatic. It teaches to focus our attention on ourselves,...

Even all the gods in India could not end the suffering of one human being...

http://www.parami.org/buddhistanswers/what_about_god.htm

http://en.wikipedia.org/wiki/God_in_Buddhism

http://thebuddhistblog.blogspot.com/2007/02/buddhism-and-god-reposted.html

http://www.buddhanet.net/10-gqga.htm

http://www.urbandharma.org/udharma3/budgod.html

http://www.accesstoinsight.org/lib/authors/nyanaponika/godidea.html

http://www.letusreason.org/Buddh1.htm

Vosso servo
Prahladesh Dasa

Hare Krishna

Obrigado, Vraja-gopi, preciosas informações sobre pradhana ...

Ontem estava a buscar também mais ilucidação acerca desse estado... e encontrei algo também interessante. .. na linha mais elevada do Budismo... Dzogchen...

Traduzido do livro... "Dzogchen Teachings" - Chogyal Norbu

" O ponto central é o que Buda disse: "Eu descobri algo tão profundo e luminoso por detrás de todos os conceitos. Eu tentei explicá-lo em palavras, mas ninguém me entende. Então vou meditar para a floresta sozinho. Este verso do Buda é a conclusão do ensinamento.

.... O ensinamento não são os Sutras, Tantras ou Dzogchen. O ensinamento é conhecimento e entendimento para descobrirmos a nossa verdadeira natureza. E é tudo, no entanto não é fácil. Por isso o Buda explicou vários tipos diferentes de ensinamentos de acordo com as diferentes circunstâncias e das diferentes capacidades dos seres. Algumas pessoas entendem e descobrem o que llhes foi comunicado, e como deve funcionar. No entanto, muitas pessoas não entendem, não possuem essas capacidades e precisam de trabalhar num outro caminho. 

Precisamos explicar usando diferentes caminhos. Por isso é que existem diferentes técnicas e ensinamentos. Mas nem por isso deveremos dizer, "Este ensinamento é melhor que o outro". Tal depende da situação e da capacidade do individuo. Se não existissem diferenças entre os seres, não haveria razão para existirem diferentes caminhos. Se existem caminhos diferentes é porque existem diferentes razões para que eles existam. O ponto central dos ensinamentos em geral é para que entendamos concretamente a nossa condição. Esse é o propósito do Dharma. A forma como os ensinamentos Budistas se desenvolveram em diferentes países está dependente da cultura e conhecimento do país." 

"Os Sutras ensinam que a verdade absoluta, ou nirvana, é considerada o Absoluto ou a nossa condição real. O que é esta verdade absoluta? É o conhecimento de shunyata, vazio total. Mas o vazio total não significa que não existam condições relativas - ao nível do relativo, tudo se manifesta como podemos experienciar neste mundo, mesmo sendo a nossa natureza real o vazio."

"Meditar não significa ficar só sentados de olhos fechados . Meditar significa trabalhar com a experiencia do vazio. Se através dessa experiencia desenvolvemos o conhecimento da contemplação, a nossa prática pode tornar-se verdadeira contemplação; mas se não, apenas permanecemos no estado de vazio, ou shunyata.
...
Um ser no estado de vazio significa que estamos apenas a ter uma experiencia particular. Pensar que tudo é vazio, e permanecer nesse estado, é apenas uma experiência de vazio, mas ainda assim está-se muito longe de se estar no estado de contemplação.
A contemplação real significa estarmos na nossa condição real, que inclui não só o vazio, mas também movimento. Se não temos a capacidade de integrar e estar nesse movimento, estamos então longe da nossa real condição.
....
Nos ensinamentos Dzogchen, vazio é algo importante pois é a Essência, mas esta Essência é entendida por ter a sua Natureza, que é Energia. A nossa natureza real não é só vazio. Então a Essência tem o aspecto de Claridade, e nós descobrimos que essa Claridade faz parte da nossa natureza real.

Então porque dizemos que a nossa Essência é vazio?

Porque quando procuramos não existe nada para encontrar. Sempre alcançamos o ponto de vazio, por isso a nossa condição real é vazio, mas um vazio com infinito potencial. Por essa razão dizemos que a nossa Natureza é claridade. Mesmo que exista o vazio, através da sua natureza Claridade tudo se manifesta como Energia sem interrupção. Com este conhecimento de Essencia, Natureza e Energia, conhecemos as três dimensões -Dharmakaya, Sambhogakaya e Nirmanakaya.
....
Mesmo que nós possuamos desde o inicio as potencialidades das qualidades perfeitas, se não estamos conscientes disso, de nada nos serve. Todos os seres possuem a Essencia do Buda, e se fizermos sacrifícios e nos purificarmos, existe a possibilidade de a realizarmos. "

Este livro é muito interessante, pois explica com muita clareza as diferentes escolas... os três níveis essenciais dos ensinamentos de Buda...
Os Sutras ( entendimento mais a nível físico-vazio) , os Tantras (incorpora o conceito de vazio/movimento e transformação -energia) e Dzogchen ( ensinamentos mais elevados, ao nível do mental- vazio/energia/ claridade) ... aspecto mais próximo de Krishna... 

Desculpem esta ousadia da minha mente observante da realidade... Pois é sabido na ciência, matemática, lógica, natureza... que os extremos tocam-se, e que no seu limite convertem-se um no outro... (um buraco negro(vazio) transforma-se num Big bang-Super Nova (tudo), duas linhas paralelas tocam-se no infinito (budismo dzogchen-impersonal istas/ISKON- personalistas) , oYin extremo(Vazio) converte-se em Yang máximo(Krishna todo atractivo).. . etc...) desse Vazio extremo, poderá surgir a própria personalidade de Deus ?

A resposta a essa questão estará no Gita ou no Srimad Bhagavatam?

Caro amigo Prahladesh Das, de facto talvez não seja prudente falar do Budismo... e discutí-lo entre nós que não somos Budistas...
Essa tarefa talvez caiba aos Budistas, argumentarem e defenderem as suas posições, conceitos e realizações...

Assustei-me e percebi que não conhecia nada sobre Budismo mesmo depois de ter lido vários livros, quando me deparei com uma imensa livraria no Mosteiro... e digo-te... é tão vasta... tem tantos preceitos, conceitos, práticas... que não é possível por mais livros que leiamos de SS Dalai Lama e outros, podermos comentar correctamente o Budismo... e entendê-lo verdadeiramente. .. mesmo poucos serão os mestres que possam fazer justiça e entender as palavras e realização que Buda atingiu...

Mas o Estado de Buda não é eterno... ele volta a cair e ai surge a possibilidade de ter o seu relacionamento com pessoal com Deus... não pela forma Budista, mas por outra...

Assim, se cumprirá o encontro... 

Permitam-me colocar aqui um comentário de RamaKrishna sobre Buda:

"Buda não era ateu. O que ocorria é que ele não podia exprimir as suas realizações da Divindade. O estado experimental na realização do ser é algo entre asti e nasti, existir e não existir. O existir e não existir são modificações da natureza. A realidade está além dessas realidades."

Hare Krishna...

F.

Buscar