हरे कृष्ण हरे कृष्ण कृष्ण कृष्ण हरे हरे || हरे राम हरे राम राम राम हरे हरे

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quinta-feira, 19 de junho de 2008

Varnasrama 6

Prabhu, Prabhupada comparou varnashrama a um corpo, e não se pode falar em um corpo sem o estômago ou o tronco. Vc pode falar em corpo sem braço ou sem pé, mas sem cabeça ou o tronco não é possível haver um corpo. 

Na Iskcon começou-se com a formação de uma classe brahmânica, alguns devotos se definiram como vaisyas, mas não temos um sistema coordenado, porque um sistema assim depende de uma classe administrativa bem definida e até de uma classe sudra bem definida, somando-se às demais e trabalhando todas de forma consciente. 

Hoje, por exemplo, se uma pessoa com qualidade sudra viver numa comunidade rural sem frequentar os programas espirituais, ela será discriminada, porque na verdade se exige dela um comportamento de brahmana, não de sudra, para quem o único princípio religioso obrigatório é o casamento. 

Quando se fala em coordenação significa que as pessoas estão conscientes de suas tarefas em cada varna e da importância das posições e tarefas dos outros segmentos, estão bem definidas pela prática nestes varnas, e são aceitas pelas demais dentro das especificidades de seus varnas. E, é claro, quem exerce o papel de coordenação numa sociedade assim é o rei, sob o conselho dos brahmanas. 

Temos pessoas com qualidades brahmanas, vaishyas, ksatryias ou sudras? Certamente, mas isto não está estabelecido como sistema. Quando se fala em sistema fala-se não apenas de elementos, mas de elementos que funcionam de forma coordenada para atingir um objetivo. Portanto, varnashrama como sistema não existe no movimento, embora possamos encontrar alguns elementos.

Exemplo prático está nas narrações do Bhagavatam. Havia um rei para coordenar o esforço social. Nós não temos reis, nem mesmo algo parecido, porque presidentes de templos e de comunidades rurais são mais exigidos como brahmanas. A lei da Iskcon não aceita um presidente de templo que não cante 16 voltas, que não siga os quatro princípios, e isto não é compatível com o conceito de ksatriya, cujas obrigações são outras. 

Poderia, por exemplo, um devoto com grande qualidade administrativa que gostasse de tomar vinho ou de caçar presidir um templo ou comunidade rural na Iskcon? Um ksatriya não precisa seguir estas regulações, mas na Iskcon um devoto assim não seria admitido na gestão de um templo. 

Ou um devoto que eventualmente pegasse um peixe no Novo Yamuna em Nova Gokula e o comesse seria admitido como sudra da comunidade, sem ser admoestado pelos prabhus de plantão? Um sudra pode gostar de visitar o templo, prestar seva, mas não está obrigado ao vegetarianismo. 

Acho que os exemplos de que ainda não temos uma sociedade varnashrama como sistema são muitos. Você pode ter algumas peças de um carro, ou todas as peças de um carro, mas enquanto elas não estiverem cada uma em seu lugar e atuando de forma integrada para que o carro ande, não pode dizer que tenha um carro no sentido completo do termo.

Ter pessoas com qualificações dos varnas sem que haja três ingredientes essenciais - consciência de sua posição, consciência de sua função, consciencia do resultado - não significa ter o sistema varnasharama estabelecido. 

seu servo
Advaya Dasa

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