Caro Jayadeva Prabhu, por favor, aceite minhas humildes reverências
Srila Prabhupada Ki Jaya !!!
Não nos parece que numa sociedade plenamente consciente de Krsna qualquer sistema governativo seria eficaz.
O grande problema da Democracia é que qualquer um pode "candidatar-se", e assim ocorrem toda a classe de disparidades governativas.
Mesmo que algum "candidato" seja boa pessoa e bom devoto(a) não será capaz de governar se isto não estiver de acordo com seu Guna e Karma.
Política Governativa
"Na Roma Antiga, os candidatos a cargos eletivos vestiam uma toga branca como forma de identificá-los e diferenciá-los dos demais cidadãos romanos.
Por que os candidatos vestiam a toga de cor branca e não de outra cor qualquer? Eis aí a questão fundamental.
A palavra candidato vem do latim candidatus, que significa aquele que veste roupa branca. Quer dizer que, em sua origem, a palavra dá idéia de pureza, de brancura, de honestidade, isto é, para candidatar-se a um cargo eletivo, o cidadão precisava ser candidatus, ou seja, vestir-se de branco, como símbolo de sua idoneidade moral, para ser eleito."
O grande problema da Democracia é que qualquer um pode "candidatar-se", e assim ocorrem toda a classe de disparidades governativas.
Somente nas Democracias existe a figura do Demagogo.
O grande problema da Democracia é que esta descamba em Demagogia.
E mesmo que algum "candidato" seja boa pessoa e bom devoto(a) não será capaz de governar se isto não estiver de acordo com seu Guna e Karma.
O grande problema da Monarquia é que pode descambar em Tirania.
No entanto, na Cultura Védica a Monarquia não é necessariamente imposta ou hereditária, mas electiva.
Os "candidatos" a Rei, Ksatryas que estão situados de acordo com Guna e Karma são escolhidos e desta forma governam.
Esta é a forma de governação na Cultura Védica, porque é a melhor.
A partir deste ponto, deixamo-vos na companhia de Aristóteles e sua Política:
"A razão por que a realeza foi, outrora, tão frequente, talvez se deva ao facto de ser raro encontrar indivíduos de virtudes excepcionais, sobretudo quando se habitavam cidades diminutas.
Outra razão pela qual os Reis eram nomeados, devia-se ao facto de serem benfeitores - o dever de qualquer homem bom.
Mas desde que surgiu um grande número de cidadãos semelhantes em virtude, estes começaram a não suportar o governo de um só, e a procurar um poder partilhado em comum e a estabelecer uma
Constituição.
Constituição.
Depois, tornando-se menos virtuosos enriqueceram à custa do erário público.
É esta a origem que podemos atribuir o aparecimento da Oligarquia, em que a riqueza é honrada.
As Oligarquias transformaram-se primeiro em Tiranias e estas em Democracias.
Os governantes, limitando cada vez mais o número devido à ganância cada vez maior, fortaleceram as massas até que estas se revoltaram e assim nasceram as Democracias.
Agora que as cidades se tornaram maiores, também é mais difícil que nasça uma forma de regime diferente da Democracia.
Esquema da Progressiva Degeneração das Formas de Governo
Processo Ontológico de desvio (Parekbasis) posicional dos regimes em relação a um eixo médio
Formas Rectas - Orthoi (Interesse Comum)
Realeza (forma óptima)
Boa estirpe, consentimento, ordem
Aristocracia (forma melhor)
Virtude, mérito, excelência
Regime Constitucional (Politeia - forma possível)
Primado da Lei,meio termo,estabilidade
Formas Desviadas - Parekbasis (Interesse Particular)
Democracia/Demagogia (forma menos má)
Maioria pobre,liberdade,igualdade
Oligarquia (forma pior)
Minoria rica,propriedade,desigualdade
Tirania (forma péssima)
Arbitrariedade,violência,medo
Os três desvios correspondentes são:
a Tirania em relação à Realeza; a Oligarquia em relação à Aristocracia; a Democracia em relação ao Regime Constitucional.
A Tirania é o governo de um só com vista ao interesse pessoal; a Oligarquia é a busca do interrese dos ricos; a Democracia visa o interesse dos pobres.
Nenhum destes regimes visa o interesse da comunidade.
Realeza Heróica
A realeza da idade heróica é fundada na Lei, não tendo supremacia em tudo; os Reis somente comandam operações militares e estão-lhe reservados os assuntos religiosos.
É baseada no consentimento geral e limitada a um tempo restrito.
Porque a Democracia torna-se uma Demagogia e afasta-se do Regime Constitucional?
Isto sucede sempre que a decisão suprema decorre dos decretos e não da Lei.
O termo Psephisma significa decreto.
O que distingue a Lei (Nomos) de um decreto é a sua qualidade normativa; enquanto a Lei possui um caráter universal que lhe permite discernir genericamente e com uma vigência perene, o decreto possui um carácter casuístico que lhe permite regulamentar de forma temporária situações muito específicas de acordo com interesses.
Esta situação surge devido à influência dos Demagogos.
Aí, com efeito, o povo torna-se monarca, ou seja, um todo composto, ainda que formado de muitas partes.
O Demagogo, que literalmente podemos traduzir por condutor (proveniente da raíz "Agogein") do povo (Demos), é um dirigente popular que, pela sua influência, retórica, ou riqueza assume as aspirações e reivindicações da multidão.
Um povo tomado nessa acepção, isto é, tomado como monarca, procura governar sozinho não se submetendo à Lei.
Além do mais, tornando-se de tal modo despótico, que honra os aduladores.
Ora uma Democracia como esta acaba por corresponder àquilo que a Tirania é em relação as Monarquias.
É também em virtude desta equidistância que é idêntica a índole destas duas formas de regime: ambas são despóticas em relação aos cidadãos mais excelentes; os decretos emanados de uma equivalem aos éditos impostos pela outra; o demagogo e o adulador acabam por corresponder à mesma realidade pois ambos detêm, de facto, uma grande influência junto dos regimes respectivos: os aduladores junto dos tiranos, e os demagogos junto das massas populares desta condição."
Vossos servos
Prahladesh Dasa
Ananda Krsna Lila Devi Dasi (Estudante de Política Social)
Bibliografia:
Política de Aristóteles, Edição bilíngue, 1º edição feita a partir do Grego, Ciências Sociais e Políticas, Universidade Vega, 1998. Tradutor: António Campelo Amaral e Carlos Gomes.
Jose de Araujo Filho wrote:
Aceitem TODOS minhas reverências.
Todas as Glórias a Srila Prabhupada !
Devemos entender que quando Srila Prabhupada propôs o restabelecimento do sistema varnashrama, certamente ele tinha em mente as circunstâncias ideais: uma sociedade consciente de Krishna.
Sem consciência de Krishna pura ( livre de contaminações ) não se pode falar no restabelecimento desse sistema. Lembremo-nos que perturbações causadas por maus líderes não é uma "doença' exclusiva da Kali-yuga. Ravana (Treta-yuga), Hiranyakashipu, Kamsa e Duryodhana (Dvapara-yuga) são exemplos notáveis, embora causadores de problemas de menor quilate também se fizessem presentes.
O real problema é a contaminação pela falsa identificação do corpo como sendo o verdadeiro EU. É daí que surgem características desagradáveis e perturbadoras tais como egoísmo, ira, desonestidade, inveja, ambição, injustiça, maldade, falsidade, grosseria, ódio etc. As falhas existem dentro das pessoas, não nas coisas e nas instituições.
A DEMOCRACIA - governo do povo, pelo povo e para o povo; o COMUNISMO-posse comum de todos os bens igualmente repartidos para todos; o SOCIALISMO - ênfase no benefício da sociedade frente ao individual; MONARQUIA - governo de um rei ou imperador, todos esses sistemas por si só são bons, mas pressupõem líderes e povos igualmente equipados com boas qualidades. Uma sociedade plenamente consciente de Krishna, não tenho qualquer dúvida, funcionaria perfeitamente bem em qualquer DESSES sistemas. Não existem sistemas falhos. A falha está dentro de nós ! Se formos conscientes de Krishna, teremos varnashram perfeito funcionando na DEMOCRACIA, na MONARQUIA, COMUNISMO, SOCIALISMO, CAPITALISMO ou qualquer outro sistema, pois varnashrama em si não é um sistema e sim a predisposição natural dos indivíduos no cumprimento de suas atividades profissionais de acordo com suas tendências naturais. Não há necessidade para lutarmos ou dirigirmos esforços extras para uma harmonização da sociedade. Apenas consciência de Krishna é necessário !
Se formos conscientes de Krishna seremos melhores cidadãos, melhores líderes políticos, melhores professores, juízes, militares, comerciantes, empresários, banqueiros, bancários, estudantes, trabalhadores, produtores rurais, melhores pais, mães, melhores sacerdotes, brahmanas, sannyasis, Gurus, GBC . . . se diminuirmos nossas falhas, causaremos, todos, menos perturbações. TUDO que existe é bom, limpo e útil. Somos nós com nosso egoísmo, o verdadeiro problema. Começamos a mudar e melhorar o mundo, quando começamos a mudar (para melhor) o nosso mundo interior.
Sejamos conscientes de Krishna e tudo o mais se ajustará.
BHAKTAS DO MUNDO, UNÍR-VOS ! HARE KRISHNA !
Eternamente seus,
Jayadeva das
aqui, em Recife
_____________________________________________________
Prahladesh Das escreveu:
A palavra democracia teve sua origem na Grécia Antiga (demo=povo e kracia=governo). Este sistema de governo foi desenvolvido em Atenas (uma das principais cidades da Grécia Antiga). Embora tenha sido o berço da Democracia, nem todos podiam participar nesta cidade. Mulheres, estrangeiros, escravos e crianças não participavam das decisões políticas da cidade.
Porque?
Porque de acordo com eles somente desta forma a "Democracia " poderia funcionar.
Hoje em dia, nas Democracias em geral todos podem votar e participar.
Mas podem Mllechas governar e/ou escolher Mllechas?
Não somos governados por Sudras, mas por Mllechas. Não existe Varnasrama Dharma em Kali Yuga.
Origem do termo Kalau Sudra Sambhavah
Esta afirmação origina-se de um verso do Skanda Purana:
asuddhah sudra-kalpa hi brahmanah kali-sambhavah asuddhah - impuro, sudra-kalpa - como sudras, brahmana - brahmanas, kali-sambhavah - nascido em Kali-yuga, presente era de degradação
Em Kali yuga, os Brahmanas certamente tornar-se-ão (nascerão como) Sudras impuros. (Sem Samskaras e treino espiritual, os Brahmanas de Kali Yuga são considerados Sudras)
Portanto, esta afirmação refere-se aos assim chamados Brahmanas de Kali Yuga. Todos os outros estão na plataforma de Mllechas e Candalas.
É preciso que fique bem claro que nós os habitantes de Kali Yuga, não somos todos Sudras, mas sim somos todos Mllechas e Candalas.
Degradação do Varnasrama em Kali Yuga
"Neste momento as pessoas em geral cairão sistematicamente do caminho progressivo da civilização em relação a ocupação nos Varnas e Ashramas e das injunções Védicas.
Assim eles se sentirão mais atraídos ao desenvolvimento econômico e a gratificação dos sentidos, e assim existirá uma população indesejada (Varna Sankara - degradação dos Varnas) no nível de cães e macacos." SB 1.18.45
"Pessoas que são as mais baixas entre os homens e confundidas com a energia ilusória do Senhor Supremo irão abandonar o Varnasrama Dharma original e suas regras e regulações..." SB 5.6.10
kaler dasa-sahasrani
madbhaktah samti bhu-tale
ekavarna bhavisyamti
madbhaktesu gatesu ca
"Por 10.000 mil anos de Kali, Meus devotos preencherão o Planeta.
Após a partida de Meus devotos existirá somente um Varna (Mllechas)." Brahma
Vaivarta Purana 4.129.59
Agora somente existe Ekavarna (um Varna), todos Mllechas. De acordo com o "Sonho" de Srila Prabhupada e dos Acaryas, durante 10.000 mil anos de Kali Yuga (Dasa Sahasrani), o Varnasrama Dharma será reestabelecido. Depois novamente Ekavarna (um Varna), todos Mllechas.
Como isto vai acontecer?
Isto já está a acontecer.
Não é que devamos colocar a questão se vai ou não acontecer. Os devotos não vivem "no mundo da Lua" e nem tampouco estão fora da realidade.
Muito pelo contrário, duramente estão todos empenhados em difundir o Santo Nome e quando a sociedade estiver preparada o Varnasrama será estabelecido.
Vosso servo
Prahladesh Dasa