1 - Krsna estava na política e é óbvio que devotos devem participar activamente da política governativa.
Texto dividido em 3 pontos.
Trecho da conversa com os discípulos, em Los Angeles, 12 de dezembro de 1973
"Prabhupada: Ah, sim. Por que não? Krsna estava na política. Assim, a Consciência de Krsna significa envolver-se em tudo: aspectos social, político, filosófico, religioso, cultural, tudo. Não é unilateral. Eles tomam como ... Eles não sabem. Portanto, eles estão pensando que este é um movimento religioso. Não, este movimento inclui tudo, todo-inclusivo, permeia tudo.
Umapati: Bem, eles têm incorporado uma filosofia particular na constituição que exige a separação entre Igreja e Estado, que eles chamam de separação entre Igreja e Estado neste país.
Prabhupada: Sim, isso é ... Já estamos separados. Catur varnyam-maya. Brahmana, Ksatriya, Vaisya, Sudra. Isso já está separado.
Umapati: Então, existem algumas restrições sobre as organizações religiosas entrarem na política.
Prabhupada: Então, o que significa isso? Cristãos, eles não participam na política?
Umapati: Bem, eles não podem fazê-lo como ...
Karandhara: Como Igrejas.
Prabhupada: Não, não como Igrejas. Nossos Grhasthas irão participar. Os Sannyasis vão dar conselhos. Directamente os Grhasthas vão lutar. Deve haver uma classe administrativa. Isto é ... Isto está prescrito na Bhagavad-Gita. Devem haver quatro classes: Brahmana, Ksatriya, Vaisya, Sudra. Agora, isto é falado por Deus. Por conseguinte, isto deve ser rejeitado? É o que isto significa? Deus é para tudo. Que absurdo é este? E Krsna actuou como Ksatriya. Portanto, Ele não deve ser Deus? É este um bom argumento? Deus é todo-abrangente. E religião significa a palavra de Deus, levando a palavra de Deus. Isto é religião. Então, como você pode separar as duas coisas?"
Fim da citação.
Os Vaisnavas não estão interessados em política e não tem nada a ver com política quando está separada da espiritualidade, como evidenciado por Srila Prabhupada.
Os Vaisnavas estão interessados em política quando está integrada na espiritualidade, como evidenciado por Srila Prabhupada.
Ou em outras palavras, os Vaisnavas estão interessados em implementar o "sistema político" de Monarquia Teocrática Constitucional inerente do Varnasrama Dharma.
Devotos de Krsna, com Tilakas bem salientes em suas testas serão chefes de Estado, chefes de Governo e Juízes de Tribunais Superiores.
Não há nenhum problema em que um Vaisnava concorra a um cargo político (desde que não seja um monge interno). Não precisará seguir uma filiação político partidária e poderá fazê-lo como um "candidato independente".
Mas também um grupo de Vaisnavas poderá criar uma filiação político partidária com base numa Monarquia Teocrática Constitucional nos parâmetros do Varnasrama Dharma. Srila Prabhupada sugeriu que os devotos poderiam criar um partido político.
Podemos dizer que o programa de governo será "cantem Hare Krsna". Sem dúvida que isto fará parte do programa !!! Mas as pessoas quererão saber em concreto como ficará por exemplo, em detalhes minuciosos, a "política salarial".
E não só.
Detalhes sobre a política social, emprego, educação, saúde, economia, obras públicas, administração pública, justiça, segurança, defesa nacional, agricultura, ciência e tecnologia, política energética, cultural e política externa.
De acordo com Srila Prabhupada, Grhasthas irão concorrer a cargos políticos e deverão tratar detidamente destes tópicos, sendo aconselhados por Sannyasis.
E portanto a idéia de que devotos não devem envolver-se em política governativa é errado. É um conceito de alienados sociais !!!
Esta é exatamente a atitude equivocada de Arjuna na Bhagavad Gita. Ir para a floresta para manter-se "puro" e fugir da luta.
2 - O exposto acima refere-se a devotos envolverem-se em política governativa e apoiarem algum candidato quando estes são devotos.
Mas e quando os candidatos não são devotos. Como actuar?
Alguém poderá afirmar que neste caso não se deve apoiar nenhum candidato. No entanto, a inacção ou a não participação também acarreta reacção Kármica.
É portanto necessário participar através do voto.
Neste caso, qualquer partido ou candidato que apoiarmos (direita, esquerda, centro), não poderemos apoiar de forma plena. Caso contrário incorreremos em reacção Kármica.
Por que?
Porque, por exemplo, todos sem distinção apoiam a matança de animais, em especial a vaca. Outros nem aceitam a existência de Deus, etc.
Então para que não haja reacção Kármica, o apoio a este ou aquele candidato, deve ser um apoio parcial e limitado.
O candidato, partido e programa de governo escolhidos deverão ser o mais próximo possível do ideal.
É óbvio que alguém que está ocupado em Consciência de Krsna, servindo a Krsna não está inactivo.
Não é neste sentido. É no sentido de obrigação social. Devotos não estão "livres" do dever "mundano" de votar.
"Consciência de Krsna significa envolver-se em tudo: aspectos social, político, filosófico, religioso, cultural, tudo. Não é unilateral. Eles tomam como ... Eles não sabem. Portanto, eles estão pensando que este é um movimento religioso. Não, este movimento inclui tudo, todo-inclusivo, permeia tudo." (Srila Prabhupada)
Sim, o teu voto é contado por inteiro. Mas podes apoiar somente a parte do plano de governo com o qual concordas. O exemplo extremo de uma criança a cortar o pão e o dedo não cabe aqui.
Você apoia uma parte do plano de governo e a outra parte não apoia.
É melhor um tio cego do que tio nenhum.
Sim, isto aplica-se principalmente para devotos que vivem reclusos em templos e na ordem renunciada de brahmacarya, vanaprastha e sannyasa.
Porém, devotos grhasthas que fazem parte da dinâmica social "mundana" e actuam, por exemplo, no mercado de trabalho empregados ou a gerar empregos, deveriam participar activamente na escolha, idéias e projectos governativos. Não há como não fazê-lo.
Pois estas escolhas, idéias e projectos governativos são, neste exemplo, o que controlam e determinam a actividade profissional destes mesmos devotos.
Em relação a todas as cláusulas do contrato. Meu candidato é bem consciente que não o apoio em todos os pontos do seu plano governativo. Eu já mandei uma mensagem para ele. Deliberadamente não apoio alguns pontos e deliberadamente apoio outros. E ele sabe disso.
Desculpe, mas você fica a dar exemplos sem sentido. Como este do bandido com uma arma.
Governantes vão ser eleitos, quer você queira ou não. E estes governantes é que vão legislar sobre todas as coisas que fazem parte da sua vida. Saúde, segurança, política salarial, etc, etc.
Se você precisar ir ao hospital e ser mal atendido, por exemplo, não pode reclamar. Você não votou e participou na eleição do governante que está a descurar da Saúde Pública.
O ideal é que fossem devotos conscientes de Krsna. Não são !!!
E portanto estamos plenamente de acordo. Como estava sempre a dizer. Como cidadão do mundo apoio uma parte do plano governativo e como membro da Iskcon não apoio outra parte.
Mas atenção, respeito devotos que não queiram votar. Alías, em muitos países o voto não é obrigatório. Embora me pareça que votar seja a única oportunidade de participar na organização da sociedade. Principalmente em democracias não participativas. Mas isto sou eu.
É óbvio que alguém que está ocupado em Consciência de Krsna, servindo a Krsna não está inactivo.
Não é neste sentido. É no sentido de obrigação social. Devotos não estão "livres" do dever "mundano" de votar.
"Consciência de Krsna significa envolver-se em tudo: aspectos social, político, filosófico, religioso, cultural, tudo. Não é unilateral. Eles tomam como ... Eles não sabem. Portanto, eles estão pensando que este é um movimento religioso. Não, este movimento inclui tudo, todo-inclusivo, permeia tudo." (Srila Prabhupada)
Sim, o teu voto é contado por inteiro. Mas podes apoiar somente a parte do plano de governo com o qual concordas. O exemplo extremo de uma criança a cortar o pão e o dedo não cabe aqui.
Você apoia uma parte do plano de governo e a outra parte não apoia.
É melhor um tio cego do que tio nenhum.
Sim, isto aplica-se principalmente para devotos que vivem reclusos em templos e na ordem renunciada de brahmacarya, vanaprastha e sannyasa.
Porém, devotos grhasthas que fazem parte da dinâmica social "mundana" e actuam, por exemplo, no mercado de trabalho empregados ou a gerar empregos, deveriam participar activamente na escolha, idéias e projectos governativos. Não há como não fazê-lo.
Pois estas escolhas, idéias e projectos governativos são, neste exemplo, o que controlam e determinam a actividade profissional destes mesmos devotos.
Em relação a todas as cláusulas do contrato. Meu candidato é bem consciente que não o apoio em todos os pontos do seu plano governativo. Eu já mandei uma mensagem para ele. Deliberadamente não apoio alguns pontos e deliberadamente apoio outros. E ele sabe disso.
Desculpe, mas você fica a dar exemplos sem sentido. Como este do bandido com uma arma.
Governantes vão ser eleitos, quer você queira ou não. E estes governantes é que vão legislar sobre todas as coisas que fazem parte da sua vida. Saúde, segurança, política salarial, etc, etc.
Se você precisar ir ao hospital e ser mal atendido, por exemplo, não pode reclamar. Você não votou e participou na eleição do governante que está a descurar da Saúde Pública.
O ideal é que fossem devotos conscientes de Krsna. Não são !!!
E portanto estamos plenamente de acordo. Como estava sempre a dizer. Como cidadão do mundo apoio uma parte do plano governativo e como membro da Iskcon não apoio outra parte.
Mas atenção, respeito devotos que não queiram votar. Alías, em muitos países o voto não é obrigatório. Embora me pareça que votar seja a única oportunidade de participar na organização da sociedade. Principalmente em democracias não participativas. Mas isto sou eu.
3 - Agora alguns pontos que julgo importantes:
a - Estado Mínimo x Estado Máximo -
Se alguém acredita que o Estado deva envolver-se somente em segurança, educação, saúde e saneamento básico, e que com isto a corrupção do Estado acabaria, isto não procede.
Exemplo: "abalado pelas fraudes, por denúncias de corrupção e prática clientelista e também de péssimas condições de trabalho para seus funcionários, o INPS foi extinto pela Lei nº 8.029, de 12 de abril de 1990, que criou o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS)."
Com isto, acabou a corrupção no INSS? Não, claro que não !!!
A questão não é o Estado Mínimo ou Estado Máximo. A questão é o ímpeto a cometer corrupção. E isto ocorre em governos de Direita e Esquerda. E é transversal em toda a sociedade brasileira e em todas as sociedades de Kali Yuga em geral. Na época dos governos militares haviam muitos casos de corrupção.
b - Economia -
A idéia de que a economia é desastrosa nos governos de esquerda não procede. A gestão econômica é desastrosa devido a incompetência administrativa.
Temos o exemplo de economias bem sucedidas em governos de esquerda, como o Uruguai e Portugal. O ministro das finanças de Portugal do Partido Socialista inclusive foi escolhido como Presidente do Eurogrupo devido a sua competência.
E isto sem falar, claro, da China. Exatamente da China. Um sucesso econômico. Que ameaça os EUA e já está na frente.
O nível de desemprego na China é menor que nos EUA.
Na China é 3,83 e nos EUA 3,9 !!!
Então temos a China com uma economia vibrante e com taxa de desemprego baixa.
Não é à toa que o Senhor Trump esteja a criar uma "guerra comercial" com os Chineses.
c - Questão social e costumes -
Vejo afirmarem que alguns devotos são "a favor" do aborto. Eu não conheço nenhum. Eu não sou. Aliás, não conheço ninguém que seja a favor do aborto.
Pergunta para uma mulher que acabou de abortar e para seu companheiro, se eles são a favor do aborto.
E eles vão afirmar que são contra o aborto.
O que as pessoas são a favor ou contra é da penalização. Mas isto é completamente diferente.
Porque as pessoas apesar de serem contra, irão fazer. Falhas de métodos anticoncepcionais, etc.
Concretamente, no Brasil, na actualidade, o aborto é legalizado.
Por que?
Ora, uma mulher faz aborto por ela mesma em casa. Corre mal. Vai ao hospital público para ser tratada. O médico(a) que atende tem que tratá-la e por questões deontológicas não pode denunciá-la.
Ela é tratada, vai para casa e fim de conversa.
Alguns, poucos médico(a)s de forma incorrecta, ao quebrarem o seu código deontológico, denunciam, e algumas poucas mulheres são detidas.
Então como seres humanos e devotos somos contra o aborto? Claro que somos contra. Mas também somos contra a sua penalização.
Outro ponto. Destruição da família pela propagação da ideologia de gênero.
Não procede. É um exagero. Mentalidade conspiranóica.
Sempre haverão casais heterosexuais (maioria de 90%) e sempre haverão casais homosexuais (minoria 10%). Sempre foi assim em todas as sociedades e em todas as épocas. E vai continuar a sê-lo.
d - Alternância de poder -
Isto é sempre assim. São ciclos de governação. A Direita fica 5, 10 anos no poder e destrói todos os direitos dos menos favorecidos. Depois vem a esquerda e repõe tudo. Só que como quer repor demais, acaba criando desajustes orçamentais e então volta a Direita. E é assim. Alternância de poder.
Alguns anos fica a Direita. Outros anos a Esquerda. É sempre assim. E tá tudo bem.
Político é como fralda cagada. Quando tá suja, muda !!!
Os melhores governos na nossa visão, são governos de centro-esquerda que garantem direitos sociais para todos, em especial os menos favorecidos e ao mesmo tempo não criam desajustes orçamentais.
Portugal e Uruguai são bons exemplos.
e - Armas -
Antes do estatuto de desarmamento o número de homícidios no Brasil era galopante.
Com o estatuto de desarmamento, o número de homicídios continua alto, mas estaria pior sem o estatuto.
O estatuto de desarmamento estancou o número de homicídios.
Portanto, liberar a posse de armas é desastroso.
Sim, o que comprovamos nestes países citados de governos de esquerda é que adoptam medidas neo-liberais de investimento empresarial privado. E por causa disto, com uma economia forte, garantem direitos sociais para todos, em especial dos menos favorecidos.
Governos de direita fazem a mesma coisa, no entanto cortam todos os direitos sociais, em especial dos menos favorecidos.
Sim, governos de direita adoptam medidas socialistas, caso contrário não teriam aceitação popular.
E é assim na atualidade. Países com predominância neo-liberal como os EUA ... adoptando medidas socialistas.
E o contrário também. Países com predominância socialista como a China ... adoptando medidas neo-liberais de investimento empresarial privado.
Por exemplo, nos EUA, muito antes do Obamacare, sistemas públicos de saúde do Estado já existiam, o Medicaid, o Medicare e o Veterans Affairs (VA). À exceção deste, que volta sua atuação para militares aposentados — os veterans –, os outros dois foram criados na década de 1960 (muito antes do Ronald Reagan) a fim de amparar os idosos (Medicare) e a população de baixa renda (Medicaid).
Juntos, os três atendem quase 100 milhões de habitantes, cerca de um a cada três americanos, e, se adicionarmos as clínicas populares e de caridade — que funcionam com repasses públicos, além de algumas doações — e os atendimentos emergenciais subsidiados, chegaremos a uma estimativa de cobertura próxima a 120 milhões de pessoas.
Ou seja, nos EUA, há um grande intervencionismo do Estado em programas sociais, programas socialistas.
E isto tudo, porque comprovou-se na prática que nem o Estado mínimo e nem o Estado máximo funcionaram.
O Estado mínimo não funcionou porque ao deixar tudo na mão de privados não consegue atender a necessidade de serviços para a população.
O Estado máximo não funcionou porque desestimula a produção.
Comentário FINAL:
Sim, socialismo e estado de bem-estar social não são a mesma coisa.
Sim, sabemos que o socialismo é um sistema de economia baseado na estatização dos meios de produção.
Enquanto que o estado de bem-estar social utiliza-se do capitalismo para ter uma econômia forte e com isto implementar medidas sociais, principalmente para os mais desfavorecidos.
E esta é a tendência de muitos países socialistas com uma econômia exitosa como a China, Portugal e Uruguai. Não existe a rejeição do capitalismo nestes países. Muito pelo contrário. Isto foi o que os países socialistas aprenderam. A não rejeitar o capitalismo. Países como a Coréia do Norte, Venezuela e Cuba enfrentam graves crises exatamente por não seguir esta linha.
Além disso, o surgimento do estado de bem-estar social deveu-se a pressão socialista. E é neste sentido que falamos de medidas socialistas.
"O historiador Robert Paxton observa que, no continente europeu, as fundações do Estado de Bem-Estar Social foram elaborados por conservadores e liberais econômicos no final do século XIX como alternativa ao Socialismo com base na concepção de que existem direitos sociais indissociáveis da existência de qualquer cidadão, bem como para evitar a união dos trabalhadores que era então estimulada pelos ideais Socialistas, muito fortes na época."
Se não fosse pela pressão socialista, os conservadores e liberais econômicos de direita NUNCA teriam criado o estado de bem-estar social.
Por que?
Porque para eles os pobres tem que EXPLODIR !!!
Esta é a realidade.
Anexos:
1 - Quando Srila Prabhupada falou contra o Comunismo, naquela altura era assim. Hoje em dia, países comunistas e socialistas como China, Uruguai e Portugal não são contra Deus. São laicos. E são a favor do Capitalismo.
2 - Mesmo métodos anticoncepcionais mais seguros podem falhar, certo? E estamos a falar de BILHÕES de pessoas ao redor do mundo, certo?
"Não existe criminalização. Sou pediatra e trabalhei em maternidade, várias meninas fazem aborto e jamais as criminalizamos por isso. São atendidas. É feito curetagem e aguardam a alta após estabilização do quadro."
Sim, o que comprovamos nestes países citados de governos de esquerda é que adoptam medidas neo-liberais de investimento empresarial privado. E por causa disto, com uma economia forte, garantem direitos sociais para todos, em especial dos menos favorecidos.
Governos de direita fazem a mesma coisa, no entanto cortam todos os direitos sociais, em especial dos menos favorecidos.
Sim, governos de direita adoptam medidas socialistas, caso contrário não teriam aceitação popular.
E é assim na atualidade. Países com predominância neo-liberal como os EUA ... adoptando medidas socialistas.
E o contrário também. Países com predominância socialista como a China ... adoptando medidas neo-liberais de investimento empresarial privado.
Por exemplo, nos EUA, muito antes do Obamacare, sistemas públicos de saúde do Estado já existiam, o Medicaid, o Medicare e o Veterans Affairs (VA). À exceção deste, que volta sua atuação para militares aposentados — os veterans –, os outros dois foram criados na década de 1960 (muito antes do Ronald Reagan) a fim de amparar os idosos (Medicare) e a população de baixa renda (Medicaid).
Juntos, os três atendem quase 100 milhões de habitantes, cerca de um a cada três americanos, e, se adicionarmos as clínicas populares e de caridade — que funcionam com repasses públicos, além de algumas doações — e os atendimentos emergenciais subsidiados, chegaremos a uma estimativa de cobertura próxima a 120 milhões de pessoas.
Ou seja, nos EUA, há um grande intervencionismo do Estado em programas sociais, programas socialistas.
E isto tudo, porque comprovou-se na prática que nem o Estado mínimo e nem o Estado máximo funcionaram.
O Estado mínimo não funcionou porque ao deixar tudo na mão de privados não consegue atender a necessidade de serviços para a população.
O Estado máximo não funcionou porque desestimula a produção.
Comentário FINAL:
Sim, socialismo e estado de bem-estar social não são a mesma coisa.
Sim, sabemos que o socialismo é um sistema de economia baseado na estatização dos meios de produção.
Enquanto que o estado de bem-estar social utiliza-se do capitalismo para ter uma econômia forte e com isto implementar medidas sociais, principalmente para os mais desfavorecidos.
E esta é a tendência de muitos países socialistas com uma econômia exitosa como a China, Portugal e Uruguai. Não existe a rejeição do capitalismo nestes países. Muito pelo contrário. Isto foi o que os países socialistas aprenderam. A não rejeitar o capitalismo. Países como a Coréia do Norte, Venezuela e Cuba enfrentam graves crises exatamente por não seguir esta linha.
Além disso, o surgimento do estado de bem-estar social deveu-se a pressão socialista. E é neste sentido que falamos de medidas socialistas.
"O historiador Robert Paxton observa que, no continente europeu, as fundações do Estado de Bem-Estar Social foram elaborados por conservadores e liberais econômicos no final do século XIX como alternativa ao Socialismo com base na concepção de que existem direitos sociais indissociáveis da existência de qualquer cidadão, bem como para evitar a união dos trabalhadores que era então estimulada pelos ideais Socialistas, muito fortes na época."
Se não fosse pela pressão socialista, os conservadores e liberais econômicos de direita NUNCA teriam criado o estado de bem-estar social.
Por que?
Porque para eles os pobres tem que EXPLODIR !!!
Esta é a realidade.
Anexos:
1 - Quando Srila Prabhupada falou contra o Comunismo, naquela altura era assim. Hoje em dia, países comunistas e socialistas como China, Uruguai e Portugal não são contra Deus. São laicos. E são a favor do Capitalismo.
2 - Mesmo métodos anticoncepcionais mais seguros podem falhar, certo? E estamos a falar de BILHÕES de pessoas ao redor do mundo, certo?
"Não existe criminalização. Sou pediatra e trabalhei em maternidade, várias meninas fazem aborto e jamais as criminalizamos por isso. São atendidas. É feito curetagem e aguardam a alta após estabilização do quadro."
Como criminalizar uma jovenzinha de 14, 15, 16 anos como uma marginal e mandá-la para a prisão?
Ou mesmo, como criminalizar uma mulher, mãe de outros filhos, trabalhadora e mandá-la para a prisão?
Alguém poderá argumentar que a lei existe como uma imposição moral. Ok. Mas mesmo assim é desnecessária, porque todos já são contra o aborto.
Em relação ao seguinte argumento:
“Mas as mulheres continuarão a fazer aborto, só que ilegal”. Nessa linha, talvez seja uma boa legalizarmos o estupro e todos os demais crimes. A criminalização não ser efetiva em combater o aborto não é um fenômeno exclusivo deste crime. No Brasil, a criminalização não é efetiva em combater estupros, assaltos, tráfico, demais assassinatos e crimes em geral."
Mas são actos completamente diferentes.
Estupros, assaltos, tráfico, assassinatos e crimes são geralmente cometidos por marginais altamente perigosos que realmente merecem ser criminalizados.
Bem diferente de uma jovem menina estudante ou de uma mulher casada e trabalhadora.
Então se vamos votar neste ou naquele partido porque queremos mudanças principalmente no aspecto da corrupção, está bem.
Mas não porque este ou aqueles sejam contra ou a favor do aborto. São todos contra.
Nos países onde o aborto não é criminalizado, o sistema funciona de uma forma mais correcta.
A mulher que por qualquer motivo queira abortar, dirige-se a um centro de saúde. É atendida e encaminhada para especialistas, psicólogos e assistentes sociais.
Aqui em Portugal, em que o aborto não é criminalizado, a Lei prevê que se dê informação às grávidas, que se fale das alternativas, que se mostre como não abortar no futuro por adoptar métodos seguros, que a mulher tenha noção do acto que quer realizar e então passa por alguns dias de reflexão.
Só depois é realizado o procedimento. Com este acompanhamento algumas até nem querem mais fazer.
Bem diferente do que fazer clandestinamente sem nenhum apoio e aconselhamento.
Ou seja, estes países desenvolvem melhores e mais eficazes políticas de planejamento familiar.
"José é contra o porte de armas porque armas matam. Mas José é a favor do aborto."
Ou seja, como alguém que é a favor do desarmamento é a favor do aborto? Isto realmente não faz sentido.
Mas a grande questão aqui é que o José não é "a favor" do aborto !!! O José é contra o aborto. E é contra a criminalização do aborto.
Lembre-mo-nos, a posição pró-escolha não é pró-aborto, é contra a criminalização do aborto.
Isto quer dizer que embora a pessoa seja contra o aborto, ela se verá diante de um dilema moral em que terá que escolher entre a vida do feto ou a vida futura degradada (por muitos motivos) da mãe que aceita a gravidez.
E é por isso que devem ser dadas todas as opções, entre elas a não criminalização.
Dilema moral significa que qualquer decisão tomada envolve dificuldades. Dilemas morais são estudados e pertencem ao campo da ética.
A mesma coisa funciona para a seguinte afirmação: "é a favor do aborto e contra a pena de morte".
A pessoa não é a favor do aborto. É contra o aborto e ao mesmo tempo contra a criminalização do aborto. E neste caso também contra a pena de morte.
Este é um tema fraturante. Vamos encontrar políticos de esquerda contra a criminalização, e outros a favor. Vamos encontrar políticos de direita, contra e outros a favor. Vamos encontrar religiosos contra, e outros a favor.
Por exemplo, o muito corrupto Bispo Edir Macedo da Igreja Universal, apoiante do Bolsonaro, uma das maiores Igrejas Evangélicas do Brasil, é contra a criminalização do aborto !!! :D
Claro que há uma reacção Kármica por tal acto. Sem dúvida que existe uma reacção Kármica.
No entanto, no plano da legislação "dos homens", não me parece correcto enviar para a prisão nem meninas de 14, 15 anos e nem mulheres trabalhadoras mães de outros filhos.
Yes, abortion is demoniac. And so we are against abortion. But also against the criminalization of abortion. Pro-choice.
Take the example of India. Yes, India. Where abortion has not been criminalized for decades.
The right-wing Party, Bharatiya Janata Party of the devotee and vegetarian Narendra Modi is pro-choice.
Now call them hypocrites.
More, the Bharatiya Janata Party has a majority in Lok Sabha, the Indian Parliament.
They could, with the majority, present restrictive abortion laws. But not, on the contrary.
The right-wing Party, Bharatiya Janata Party of the Hare Krsna Narendra Modi, has a Bill (proposed legislation) to facilitate abortion, covering not only married women, but also single women.
Again, the Bharatiya Janata Party is a right-wing Party, conservative Party, that proclaims national values ... and it is pro-choice.
Ainda, em relação as armas.
Podemos perguntar:
Se alguém quer ter autonomia sobre a vida e a morte de um feto, porque também não ter autonomia sobre a vida e a morte ao usar uma arma? Certo?
A questão aqui é que basta perguntar para qualquer policial, mesmo qualquer um e ele(a) irá responder que em caso de assalto a pessoa NUNCA deve reagir. Não reagir. NUNCA.
Por que?
Porque 95% do casos de reacção acaba mal para quem reaje.
Então para que ter uma arma se em caso de assalto não é para reagir? Certo?
Ok. Se a pessoa se sente mais segura por ter uma arma em casa. Não tem problema. Pode ter. A Lei no Brasil permite que qualquer pessoa tenha arma em casa. Claro, cumprindo uma série de requisitos. Entre eles não pertencer a nenhum grupo de risco.
O que a Lei não permite é o porte de arma. Ou seja, andar com arma na cintura na rua.
E é isto o que o "criatura" Bolsonaro queria fazer. Liberar o porte de arma nas ruas. Mas claro, já mudou o discurso. Agora, segundo a "criatura" Bolsonaro, somente camionistas e vigilantes poderíam ter porte de arma, ou andar com arma na cintura na rua.
Sim, caso contrário iá virar um "faroeste" e "bang bang".
Ou mesmo, como criminalizar uma mulher, mãe de outros filhos, trabalhadora e mandá-la para a prisão?
Alguém poderá argumentar que a lei existe como uma imposição moral. Ok. Mas mesmo assim é desnecessária, porque todos já são contra o aborto.
Em relação ao seguinte argumento:
“Mas as mulheres continuarão a fazer aborto, só que ilegal”. Nessa linha, talvez seja uma boa legalizarmos o estupro e todos os demais crimes. A criminalização não ser efetiva em combater o aborto não é um fenômeno exclusivo deste crime. No Brasil, a criminalização não é efetiva em combater estupros, assaltos, tráfico, demais assassinatos e crimes em geral."
Mas são actos completamente diferentes.
Estupros, assaltos, tráfico, assassinatos e crimes são geralmente cometidos por marginais altamente perigosos que realmente merecem ser criminalizados.
Bem diferente de uma jovem menina estudante ou de uma mulher casada e trabalhadora.
Então se vamos votar neste ou naquele partido porque queremos mudanças principalmente no aspecto da corrupção, está bem.
Mas não porque este ou aqueles sejam contra ou a favor do aborto. São todos contra.
Nos países onde o aborto não é criminalizado, o sistema funciona de uma forma mais correcta.
A mulher que por qualquer motivo queira abortar, dirige-se a um centro de saúde. É atendida e encaminhada para especialistas, psicólogos e assistentes sociais.
Aqui em Portugal, em que o aborto não é criminalizado, a Lei prevê que se dê informação às grávidas, que se fale das alternativas, que se mostre como não abortar no futuro por adoptar métodos seguros, que a mulher tenha noção do acto que quer realizar e então passa por alguns dias de reflexão.
Só depois é realizado o procedimento. Com este acompanhamento algumas até nem querem mais fazer.
Bem diferente do que fazer clandestinamente sem nenhum apoio e aconselhamento.
Ou seja, estes países desenvolvem melhores e mais eficazes políticas de planejamento familiar.
"José é contra o porte de armas porque armas matam. Mas José é a favor do aborto."
Ou seja, como alguém que é a favor do desarmamento é a favor do aborto? Isto realmente não faz sentido.
Mas a grande questão aqui é que o José não é "a favor" do aborto !!! O José é contra o aborto. E é contra a criminalização do aborto.
Lembre-mo-nos, a posição pró-escolha não é pró-aborto, é contra a criminalização do aborto.
Isto quer dizer que embora a pessoa seja contra o aborto, ela se verá diante de um dilema moral em que terá que escolher entre a vida do feto ou a vida futura degradada (por muitos motivos) da mãe que aceita a gravidez.
E é por isso que devem ser dadas todas as opções, entre elas a não criminalização.
Dilema moral significa que qualquer decisão tomada envolve dificuldades. Dilemas morais são estudados e pertencem ao campo da ética.
A mesma coisa funciona para a seguinte afirmação: "é a favor do aborto e contra a pena de morte".
A pessoa não é a favor do aborto. É contra o aborto e ao mesmo tempo contra a criminalização do aborto. E neste caso também contra a pena de morte.
Este é um tema fraturante. Vamos encontrar políticos de esquerda contra a criminalização, e outros a favor. Vamos encontrar políticos de direita, contra e outros a favor. Vamos encontrar religiosos contra, e outros a favor.
Por exemplo, o muito corrupto Bispo Edir Macedo da Igreja Universal, apoiante do Bolsonaro, uma das maiores Igrejas Evangélicas do Brasil, é contra a criminalização do aborto !!! :D
Claro que há uma reacção Kármica por tal acto. Sem dúvida que existe uma reacção Kármica.
No entanto, no plano da legislação "dos homens", não me parece correcto enviar para a prisão nem meninas de 14, 15 anos e nem mulheres trabalhadoras mães de outros filhos.
Yes, abortion is demoniac. And so we are against abortion. But also against the criminalization of abortion. Pro-choice.
Take the example of India. Yes, India. Where abortion has not been criminalized for decades.
The right-wing Party, Bharatiya Janata Party of the devotee and vegetarian Narendra Modi is pro-choice.
Now call them hypocrites.
More, the Bharatiya Janata Party has a majority in Lok Sabha, the Indian Parliament.
They could, with the majority, present restrictive abortion laws. But not, on the contrary.
The right-wing Party, Bharatiya Janata Party of the Hare Krsna Narendra Modi, has a Bill (proposed legislation) to facilitate abortion, covering not only married women, but also single women.
Again, the Bharatiya Janata Party is a right-wing Party, conservative Party, that proclaims national values ... and it is pro-choice.
Ainda, em relação as armas.
Podemos perguntar:
Se alguém quer ter autonomia sobre a vida e a morte de um feto, porque também não ter autonomia sobre a vida e a morte ao usar uma arma? Certo?
A questão aqui é que basta perguntar para qualquer policial, mesmo qualquer um e ele(a) irá responder que em caso de assalto a pessoa NUNCA deve reagir. Não reagir. NUNCA.
Por que?
Porque 95% do casos de reacção acaba mal para quem reaje.
Então para que ter uma arma se em caso de assalto não é para reagir? Certo?
Ok. Se a pessoa se sente mais segura por ter uma arma em casa. Não tem problema. Pode ter. A Lei no Brasil permite que qualquer pessoa tenha arma em casa. Claro, cumprindo uma série de requisitos. Entre eles não pertencer a nenhum grupo de risco.
O que a Lei não permite é o porte de arma. Ou seja, andar com arma na cintura na rua.
E é isto o que o "criatura" Bolsonaro queria fazer. Liberar o porte de arma nas ruas. Mas claro, já mudou o discurso. Agora, segundo a "criatura" Bolsonaro, somente camionistas e vigilantes poderíam ter porte de arma, ou andar com arma na cintura na rua.
Sim, caso contrário iá virar um "faroeste" e "bang bang".