<SANKIRTANA E LIBERDADE RELIGIOSA
Hare Krishna.
Lamentamos ter que postar esse vídeo, mas infelizmente essa é a realidade burocrática do Brasil: num país chamado laico, representantes públicos mal treinados não conhecem a amplitude da prática religiosa, e nem mesmo a constituição que a ampara (Artigo V, inciso VI da CF).
Nós, do movimento Hare Krishna, nos sentimos constrangidos ao sermos repetidamente abordados por fiscais destreinados e termos que explicar que nosso movimento é puramente religioso e não temos a intenção de lucro em nossas atividades missionárias.
Além disso todos os recursos obtidos através da distribuição de nossos livros são revertidos para o benefício da sociedade em geral através de ações como o Alimentos para Vida (Food for life global) o maior trabalho de distribuição gratuita de alimentos vegetarianos do mundo.
Quem nos conhece sabe que todas as programações em nossos templos, tais como festivais, estudos de livros sagrados, etc. são gratuitas e abertas a todos!
Pedimos a compreensão e o apoio de todos para divulgar que nossa missão é religião não é venda!>
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https://www.jusbrasil.com.br/artigos/imunidade-tributaria-por-que-entidades-religiosas-nao-pagam-impostos-no-brasil/417447268
https://g1.globo.com/politica/blog/octavio-guedes/post/2024/01/18/isencao-a-pagamento-de-pastores-tem-impacto-de-r-300-milhoes.ghtml
Links sobre imunidade tributária de entidades religiosas no Brasil. Mostra argumentos a favor e argumentos contra.
E também sobre a isenção da remuneração recebida pelos líderes religiosos. Que foi revogada.
Tema controverso. Se todo o dinheiro (Laksmi) arrecadado por uma Instituição Religiosa é usado para os fins desta mesma Religião, então a isenção está bem.
O problema é que muita desta arrecadação é usada para engordar a conta dos seus líderes. Viagens em primeira classe e carros de luxo. No Brasil há vários líderes religiosos com patrimônio em dinheiro e propriedades no valor de milhões de reais.
Então a Fiscalização Tributária fica com o "pé atrás" em relação as Instituições Religiosas.
A não ser que seja explicado para a Fiscalização que a Iskcon embora seja uma, cada Estado ou Templo registra a sua como separada.
Por exemplo, Iskcon POA e Iskcon Nova Gokula, cada Templo é registrado individualmente como uma organização separada.
E assim a incidência fiscal seria diferente.
Alguns Templos oferecem tudo de graça. Sim, é verdade no Sul do Brasil.
Mas será que a Fiscalização não leva em conta as atividades do movimento a nível nacional?
Por exemplo, as pousadas em Nova Gokula, etc, não visam lucro pessoal?
E de fato, existe um grande debate acerca da Legislação Brasileira em relação a Isenção de Impostos para Instituições Religiosas, especialmente em relação a seus líderes.
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ISKCON BRASIL 50 ANOS
Os devotos tentaram e tentam em Nova Gokula, Gaura Vrndavana, etc, ter vaquinhas e agricultura sustentável. Mas muito longe do que seria um modelo nacional impactante que realmente transmita um recado para a sociedade em geral.
Veja Prabhuji, eu não estou a criticar. É só uma constatação. Isto tudo é muito difícil de alcançar e somos muito poucos. Eu entendo perfeitamente.
Mas a grande verdade é que em 50 anos no Brasil fomos incapazes de assegurar protecção para as vacas, crianças e idosos.
Esta é uma pregação muito importante que tocaria as pessoas e a imagem que têm do movimento.
Que o movimento ampara e cuida de suas crianças, animais e seus membros mais velhos e debilitados.
Não temos uma Fazenda nacional modelo, um Gurukula nacional e um asilo nacional para devoto(a)s idosos.
Eu queria ter muito Laksmi e saúde e energia para alcançar tudo isso.
Oremos a Srila Prabhupada, Sri Caitanya Mahaprabhu e o Casal Divino para que tudo isto seja alcançado de alguma forma.
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Tirando o sul, ainda tem distribuição de livros no Brasil?
Estoques gigantescos de livros para que, se ninguém distribui? Ok, vamos imprimir 100.000 Bhagavad Gitas. Vai ficar encalhado.
Eu dou um exemplo. A primeira vez que fui a Portugal em 1991, o Templo tinha um estoque de 4.500 Bhagavad Gitas encalhados. Já estavam ganhando bolor. Em 10 meses distribui 3.900.
Os devotos distribuiam só livros pequenos, porque o Bhagavad Gita era muito grande. Ahhhh.
Agora é tudo gente fina. É tudo online. Eu acho que a BBT estava até para fechar.
Sim, para imprimir muitos livros é preciso que o responsável da BBT impulsione a sua distribuição. Isvara Prabhu e Raktaka Prabhu faziam isso. Impulsionavam a distribuição.
Hoje já não é assim.
Se você for ao site da BBT Brasil vai ver que muitos livros tem só uma peça. Eles imprimem quantidades pequenas. Só para manter.
Olha, um exemplo. Volta ao Supremo é uma revista virtual. Não é impressa.
E no site da BBT eles incentivam a leitura online através do Vedabase.
Os responsáveis da BBT e os responsáveis da Iskcon Brasil não estão muito interessados em distribuição física de livros.
Agora é tudo online através da NETI.
Bom? Mau?
Deveria ser os dois. Atacar de todos os lados.
Online e fisicamente.
Mas muitos dizem que fisicamente hoje em dia é queimação. Krsna West Wave. Ahhhhh.
E a maioria dos livros no site da BBT nem são de Srila Prabhupada.
Quem te viu e quem te vê.
A onda hoje é outra. Não tem brahmacaris para distribuir livros. E a liderança nem está interessada que hajam brahmacaris.
Repara que a maioria dos novos devotos que são feitos no brasil são casados e tem sua vida familiar e profissional.
Essa coisa de renunciar o mundo material e ir morar num templo já não existe mais.
A liderança faz programas nas pousadas das comunidades rurais onde as salas de templo são usadas para hatha yoga e os templos nas cidades são locais onde a congregação se junta no domingo para conviver. E estes templos são mantidos com uma vaquina da congregação.
This is the reality.
Quando dizem que este modelo "antigo" já não funciona é só olhar para o Prabhu Hara Kanta no Sul. Claro que funciona. Imagina um Prabhu Hara Kanta em cada Estado brasileiro. Teriam muitos brahmacaris e muito sankirtana.
Mas não. Isto tudo é "queimação", dizem eles.
Pela santa poeira de Vrndavana !!!
A onda hoje em dia é "pregar" só para gente fina e educada.
Os drogados e malucos são para serem evitados.
Só que eles esquecem que eles eram drogados e malucos e que a "pregação" não pode ser elitista.
Eles não estão interessados em amparar e "pregar" para os jovens que estão perdidos pela droga ou outras coisas.
Os "programas" têm que visar só pessoas educadas e bem situadas.
Essa coisa de templos com brahmacaris jovens que eram malucos. Eles não querem saber disso.
Elitismo.
Isto tudo que estou a dizer não é crítica. É simplesmente uma constatação.
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Humildes e respeitosas reverências.
Srila Prabhupada Ki Jaya
Compartilho mais algumas reflexões com o intuito de ajudar e colaborar.
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Agora podemos analisar porque há Yatras que são bem sucedidos e outros que apesar de várias décadas não avançam?
Bem eu julgo que há uma série de fatores envolvidos.
1º - A presença constante de um GBC, Guru, Sannyasi no Yatra. Que more no Yatra. Na Iskcon isto é muito relevante. A presença constante destes membros é o que impulsiona e motiva os membros.
2º - Muita distribuição de livros, com distribuidores numerosos, como fonte de Laksmi.
3º - Outras fontes, como Restaurante.
4º - Contexto histórico (este fator foi muito importante no início do movimento nos anos 60 e continua a ser).
5º - Congregação forte e numerosa.
6º - Congregação Indiana forte e participativa.
Quando todos estes fatores conjugam-se então temos um Yatra poderoso.
Caso contrário é a escassez.
Podemos dar um bom exemplo para ficar mais claro.
O caso da Hungria. Que tem o mesmo número de habitantes e área que Portugal e cuja Economia é até mais fraca que Portugal.
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Primeiro o contexto histórico.
A Hungria fazia parte da área de influência Comunista da União Soviética. Depois de quase 50 anos de Comunismo, quando a União Soviética caiu, as pessoas estavam ávidas por conhecer outras coisas em 1989.
O Movimento de Sankirtana entrou e prosperou com uma congregação sempre a crescer e muitos distribuidores de livros. Compraram uma propriedade em 1991. E depois uma propriedade maior. O Templo de Budapeste é belíssimo e também têm um Centro Educativo que está quase a ser reconhecido como Universidade. Adquiriram uma Fazenda que é modelo de sustentabilidade. Têm 3 restaurantes Govinda em Budapeste.
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Ou seja, todos os fatores estão lá.
A presença constante de um GBC, Guru, Sannyasi no Yatra. Que more no Yatra, no caso Sivarama Svami (que é Húngaro), muita distribuição de livros, com distribuidores numerosos como fonte de Laksmi, 3 Restaurantes Govinda, contexto histórico, congregação forte e numerosa.
Na Hungria a única excepção é da Comunidade Indiana. Há somente 8.000 indianos a viver na Hungria. Também no Brasil não são muitos, 3.000. Em Portugal são em torno de 50.000 !!!
Mas com todos os outros fatores eles têm um Yatra forte e exemplar.
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No caso específico de Portugal, o único que vejo possível é tentar abrir Restaurantes em Lisboa e Porto (com tanto turismo é perfeitamente possível), cultivar a Congregação Indiana (50.000) para com isso juntar algum Laksmi e adquirir propriedade própria.
São os únicos fatores, que a meu ver podem ser aplicados em Portugal. Todos os demais, congregação numerosa, distribuição massiva de livros, contexto histórico e GBC que resida no local, estão ausentes.
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Claro nós sonhamos e desejamos o melhor, mas devemos estar totalmente nas mãos do Casal Divino, e manter nosso serviço desapegados. Se Radha Krsna querem que não tenhamos muita coisa em Portugal, continuamos a fazer o que for possível.
Gaura Premanande Hari Haribol
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Humble and respectful obeisances.
Srila Prabhupada Ki Jaya
I share some more reflections with the aim of helping and collaborating.
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Now we can analyze why there are Yatras that are successful and others that despite several decades do not progress?
Well I think there are a number of factors involved.
1st - The constant presence of a GBC, Guru, Sannyasi in the Yatra. Who lives in the Yatra. In Iskcon this is very relevant. The constant presence of these members is what drives and motivates the members.
2nd - Lots of book distribution, with numerous distributors, as a source of Laksmi.
3rd - Other sources, such as Restaurant.
4th - Historical context (this factor was very important at the beginning of the movement in the 60s and continues to be).
5th - Strong and numerous congregation.
6th - Strong and participatory Indian Congregation.
When all these factors come together then we have a powerful Yatra.
Otherwise it is scarcity.
We can give a good example to make it clearer.
The case of Hungary. Which has the same number of inhabitants and area as Portugal and whose economy is even weaker than Portugal.
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First the historical context.
Hungary was part of the Communist area of influence of the Soviet Union. After almost 50 years of Communism, when the Soviet Union fell, people were eager to see new things in 1989.
The Sankirtana Movement came into being and prospered with an ever-growing congregation and many book distributors. They bought a property in 1991. And then a larger property. The Budapest Temple is beautiful and they also have an Educational Center that is almost being recognized as a University. They acquired a farm that is a model of sustainability. They have 3 Govinda restaurants in Budapest.
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In other words, all the factors are there.
The constant presence of a GBC, Guru, Sannyasi in the Yatra. Who lives in the Yatra, in this case Sivarama Svami (which is Hungarian), lots of book distribution, with numerous distributors as a source of Laksmi, 3 Govinda Restaurants, historical context, strong and numerous congregation.
In Hungary the only exception is the Indian Community. There are only 8,000 Indians living in Hungary. There aren't many in Brazil either, 3,000. In Portugal there are around 50,000 Indians !!!
But with all other factors they have a strong and exemplary Yatra.
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In the specific case of Portugal, the only thing I see as possible is to try to open restaurants in Lisbon and Porto (with so much tourism it is perfectly possible), cultivate the Indian Congregation (50,000) to thereby gather some Laksmi and acquire our own property.
These are the only factors that, in my opinion, can be applied in Portugal. All others, large congregation, massive distribution of books, historical context and GBC residing on site, are absent.
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Of course we dream and wish for the best, but we must be completely in the hands of the Divine Couple, and maintain our service without attachment. If Radha Krsna wants us not to have much in Portugal, we will continue to do whatever is possible.
Gaura Premanande Hari Haribol
