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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Anarthas e Lilas de matar Asuras

Srila Bhaktivinoda Thakura, no livro "Caitanya Siksamrita" ou "O néctar dos ensinamentos do Senhor Caitanya", estabelece o significado esotérico dos demônios mortos por Krsna nas Suas actividades em Vrindavana e os anarthas (o que não é desejado) aos quais estão relacionados.

1) Putana-vadha, a morte da bruxa Putana

Para proteger o êxtase inocente que desperta no coração dos novos devotos, Krsna enquanto bebé suga a vida de Putana, que representa o falso guru.

Os pseudo-gurus dissimulam-se de pessoas santas, fazem a pregação de como é necessário o afastamento da gratificação sensorial e da libertação impessoal quando, na verdade, mantêm um vínculo forte aos objectos materiais temporários, expressando desta forma o mesmo principio de Putana.

2) Shakata-bhanjana, a morte de Sakatasura o demônio do carro

Devido ao vikarma (mau karma) gerado nas vidas passadas bem como na vida presente, existe uma tendência que envolve antigos e novos maus hábitos, letargia e falso prestígio ou vaidade. Krsna, ao pontapear o demónio do carro, faz com que esses anarthas sejam projectados para longe.

3) Trivanartha-vadha (a morte do demônio do redemoinho de vento)

A morte do asura Trinivartha representa a misericórdia da criança Krsna ao ver a desvalorização dos Seus devotos que não exibem a educação académica como ostentação, representa a remoção do anartha do falso prestígio da formação académica materialista que conduz a filosofias especulativas.

A formação académica materialista é um campo fértil para filosofias falsas, discussões acirradas para a defesa de paradigmas, raciocínio estéril e indulgências lógicas infrutíferas.

4) Yamalarjuna-bhanga (a libertação de Manigriva e Nalakuvara ao derrubar as árvores arjuna)

Este episódio representa orgulho e arrogância nascidos da nutrição de prestígios que são enraizados no desejo desenfreado por riqueza.

Krsna ao derrubar as duas árvores gémeas enquanto estava atado ao pilão (libertando os dois semideuses arrependidos que estavam presos a elas) destrói todas as faltas citadas.

5) Vatsasura-vadha (a morte do demônio bezerro)

O passatempo que ilustra uma mentalidade infantil que nutre uma forma de cobiça que, por sua vez, resulta em um tipo nocivo de malícia. Representa também a tendência da pessoa ser influenciada por terceiros.

6) Bakasura-vadha (a morte do demónio cegonha)

Krsna separou o bico de Bakasura em dois ou o anartha da duplicidade premeditada, comportamento e estilo de vida falso, decepção e hipocrisia.

7) Aghasura-vadha (a morte do deônio serpente)

A eliminação das tendências violentas causadas pela inveja e a eliminação da crueldade.

8) Brahma-vimohana (a ilusão de Brahma quando raptou as crianças e roubou os bezerros) 

Esta lila simboliza o cultivo de actividades fruitivas e do conhecimento especulativo, que vão originar uma mentalidade céptica. Simboliza também correcção da ofensa de desrespeitar a qualidade superior de doçura transcendental do Senhor (madhurya) em favor das opulências supremas inferiores (aisvarya).

9) Dhenuka-vadha (a morte do demônio burro)

Dhenukasura representa a inteligência materialista, a ignorância do conhecimento espiritual puro e a não aceitação desse conhecimento perante todas verdades óbvias. Esta mentalidade é um dos maiores bloqueios para o conhecimento puro do Eu.

10) Kaliya-damana (a submissão e o castigo da serpente Kaliya)

Ao castigar Kaliya, Krsna removeu a falsa vaidade, a inveja, a traição, a brutalidade, a desonestidade e a falta de misericórdia.

11) Davagni-nastha (extinção do incêndio na floresta)

O fogo na floresta representa a discórdia inter-comunal entre Vaisnavas, os argumentos mútuos, o ódio entre diferentes grupos, organizações e religiões, o ódio pelos deuses adorados pelos outros, a guerra e todos os tipos de conflitos.

12) Pralambha-vadha (a morte do demônio Pralambha por Balarama) 

Ao matar Pralambasura, Balarama remove o desejo sexual excessivo, o desejo de lucro, o desejo de honra e adoração pessoal.

13) Davanala-pana (Krsna devora o incêndio na floresta pela segunda segunda vez)

Krsna acaba com o desrespeito aos princípios religiosos e com o ateísmo de pessoas irreligiosas e outras filosofias antagónicas.

14) Yajnika-vipra-tadana (Krsna liberta as esposas dos brahmanas que executavam sacrifícios)

Este passatempo ilustra a insensibilidade em relação a Krsna, devido ao orgulho da suposta posição elevada usufruida dentro do varnasram-dharma, ou da estrutura social. Indica também a ignorância originada pela total absorção em actividades fruitivas.

15) Indra-puja-varana (proibição de adorar Indra)

Krsna elimina a tendência de adorar vários semi-deuses para obter benefícios materiais e a tendência de uma pessoa pensar que é Deus.

16) Varuna Hoite Nandoddhara (a libertação de Nanda Maharaja da morada do semideus do oceano, Varuna)

A rectificação do falso conceito de que a vida espiritual pode ser aprimorada pelo uso de intoxicantes.

17) Sarpa Hoite Nanda-mochana (a libertação de Nanda Maharaja das mandíbulas da serpente Vidyadhara)

O resgate da verdadeira consciência de Krsna, que foi engolida pelo impersonalismo. É uma instrução de como se deve abandonar a companhia de impersonalistas.

18) Shankhachuda-vadha, Mani-mochana (a morte do demônio Shankhachuda com uma jóia na testa e recuperação da jóia roubada por ele)

A destruição da inclinação à aquisição de nome e fama, e desejo de usufruto sensual sob a prerrogativa de devoção.

19) Aristasura-vrisa-vadha (a morte do demônio touro)

Aristasura ilustra o orgulho nascido daqueles que criam falsas religiões e são prestigiados, causando negligência ao serviço devocional (bhakti).

20) Kesi-vadha (a morte do demônio cavalo)

Representa a destruição da vaidade de pensar que se é um devoto muito avançado e guru. Aqui Krsna afasta a falsa concepção do Eu que está associado às opulências que acompanham a educação mundana.

21) Vyomasura-vadha (a morte do demônio que voa no céu) 

Krsna mata Vyomasura para alertar que não se deve acompanhar impostores que se auto-proclamam avatares, ladrões e patifes.

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