Em relação a homossexualidade como "desejo por carinho e afecto" ser colocado na mesma categoria de uma mulher abraçar o seu filho como sendo "sexualidade" e portanto Rasa Bhasa temos o seguinte:
SB 6.18.33-34, significado:
"Na Índia, o marido ainda é chamado Pati Guru, o marido mestre espiritual. Se marido e mulher se unem para avançar em Consciência de Krsna, a relação de cooperação é muito eficaz para o progresso. "
Conversa com pessoas da Índia - 13 de março de 1975, Teerã:
"Então, cada um de vocês pode se tornar um Guru. Você pode dizer "eu não estou interessado em me tornar um Guru", mas se Caitanya Mahaprabhu diz que você não está interessado, o que não é muito bom. Você deve estar interessado. Você deve ser Guru. Esse é o sucesso de sua vida. Você pode falar sobre as instruções de Krsna, incluisive a sua família. Isto também é Guru. Você é realmente um Guru. O pai ou o chefe da família é o Guru dos filhos, esposa. Na Índia a mulher ainda refere-se ao marido como Pati Guru. E o pai é o Guru. Isso é natural. Por que você não se torna o verdadeiro Guru da sua esposa, seus filhos, e instrui o Bhagavad Gita Como Ele É? Esta é a nossa missão. Você senta-se a noite, cantando o Mantra Hare Krsna, e ensina um pouco de instrução do Bhagavad Gita. Você vai ver como sua vida muda. É essa uma tarefa muito difícil?"
Isto é a Cultura Védica de acordo com os sábios da India:
".. Deve-se depois de algum tempo mudar a actitude mental. Sirva sua esposa e veja-a como Mãe Terra. Inicie um Sadhana espiritual. Destrua a paixão. Toda manhã, quando você acordar, toque os pés de sua esposa e proste-se diante dela. Não se sinta envergonhado. Esta prática elimina a idéia de"esposa" de sua mente. Se você não puder curvar-se fisicamente, faça-o mentalmente".
Ou seja casais heterossexuais (que já tiveram filhos ou são estéreis) devem deixar de verem um ao outro como marido e mulher. Devem mudar a mentalidade. Porque se nós afirmamos que não tem que ser assim e que marido e mulher (heterossexuais) devem continuar a verem-se como homem e mulher, então isto justifica relação sexual heterossexual sem fins procriativos ...;D
Como eu vou ver minha esposa como a Mãe Terra ou minha "discipula" e ao mesmo tempo vê-la como minha esposa. Isto seria Rasa Bhasa. Não. É minha esposa mas acima de tudo uma representante da Mãe Terra e minha companheira. Ou seja, "heteroafetividade" e consequente "homoafetividade".
Não há uma única citação de Srila Prabhupada a falar contra a transexualidade.
E assim, de acordo com os Vedas existem três tipos de Karma:
Sanchita Karma - o total de todas as acções passadas (em forma de semente) a serem resolvidas.
Prarabdha Karma - a porção de Sanchita Karma a ser vivenciada nesta vida (que já frutificou). Este incluí nossas características físicas e intelectuais, quem são nossos familiares, tendências pessoais, etc.
É a forma de Karma que já frutificou.
Kriyamana Karma - o Karma que está a ser criado agora (estamos a plantar), e que frutificará no futuro ou nesta mesma vida.
Dizer que dá-se a autorização para alguem fazer algo contrario ao Dharma porque de qualquer maneira o faria não cabe no exemplo de transexualidade.
A transexualidade genética e homosexualidade genética são Prarabdha Karma. É o Karma que já frutificou. Não há como mudar (ou pelo menos é extremamente dificil, ou podemos dizer "gradual" seguindo a sua condição psicofísica).
No entanto o Karma que esta a ser criado agora pode ser mudado, porque vai frutificar no futuro. Portanto os exemplos que são dados de divorcio, intoxicação, comer carne, etc. é possivel optar por não fazê-los. É Kriyamana Karma.
No caso da transexualidade genética não podemos optar por ser transexuais ou não. Podemos optar por sermos masculinos ou femininos. Mas a transexualidade em si porque é Prarabda Karma não pode-se optar em não ser.
E é por isto que Srila Prabhupada não fala nada contra a transexualidade.
Vosso servo
Prahladesh Dasa
