Queridos devotos e devotas, por favor aceitem minhas reverencias.
Todas as glorias sejam a Srila Prabhupada.
Um dos objetivos do Grupo Dharma também é de mostrar bons exemplos em praticas administrativas.
Na ISKCON do Brasil existem alguns exemplos de devotos que individualmente ou com um grupo fazem a diferença.
O templo de Belo Horizonte foi apontado por um líder como um bom exemplo de templo urbano mais próximo do ideal em nível de pregação e união entre os devotos.
Claro que é muito difícil alcançar a perfeição. E mesmo quando se estabelece algo próximo do ideal, ainda sim podemos melhorar mais nosso serviço a Krsna.
A ISKCON de Belo Horizonte - MG está entre os templos que mais tem programas e números de membros ativos, com um bom padrão de organização e limpeza do templo. Em BH, há programas como Harinamas semanais (bhajan na Praça da Liberdade toda quarta e Harinama na Feira Hippie mensalmente), Alimentos Para a Vida (ininterrupto há 6 anos), programas durante a semana, programas culturais, Ratha-Yatra, distribuição de livros e deidades muito bem atendidas pelos devotos moradores do templo e devotos externos da congregação. As 13 guirlandas das deidades, oferecidas diariamente, são feitas por devotos externos, bem como vários aratis durante a semana e a compra e coleta de flores.
Em média, o templo de BH recebe 100 pessoas, entre devotos e visitantes, semanalmente. Uma das coisas que mais chama a atenção é ver a grande quantidade de devotos antigos atuantes, algo que normalmente (e infelizmente) não encontramos muito em alguns dos templos nossos. O festival de domingo é bem democrático, com uma forma de escala, que vem sendo implementada nos últimos 2 anos, para todos os sevas dominicais, como jantar, banquinha de maha-prasadam (doada inteiramente pelos devotos que a fazem), kirtana, bhajan, recepção, limpeza, limpeza dos pratos e palestra. A escala de cozinheiros, por exemplo, tem mais de 10 devotos, o que faz com que todos os que se dispõem a cozinhar o jantar o façam da melhor maneira, já que fica um seva quase bimestral. A escala é montada mensalmente e fica disponível em um arquivo na internet e cabe ao coordenador de cada festival de domingo (função que também tem uma escala) confirmar a presença de cada devoto escalado e repor os não-disponíveis em conjunto com os coordenadores gerais da escala, para não atrapalhar o andamento da escalação mensal. Com esse método, o festival de domingo e os grandes festivais ficaram muito mais inclusivos e a congregação mais participativa. A administração de lá afirma que o ponto agora é aperfeiçoar esse sistema.
Como apontou Radhanatha prabhu em visita ao mandir, Belo Horizonte tem "um programa de estudos bhakti-sastri, uma biblioteca (algo que nunca vi num templo urbano do Brasil em quase trinta anos de Movimento), indo até os pequenos detalhes, tais como: oferecimento de atendimento ao hóspede com serviço completo, lixo seletivo, tudo esteticamente bem decorado, dentre outras coisas".
A Administração do templo explica que a possível fórmula para se ter um ambiente harmonioso e afetivo que predomina no templo de BH é o cuidado e atenção com os devotos de todas as gerações. Pregar, fazer devotos novos, mas ter com a manutenção dos devotos de todas as gerações anteriores um cuidado especial.
Os devotos da congregação e os Administradores do templo de BH, além de procurar manter uma boa relação de amizade com todos, também fazem um serviço de comunicação de forma dinâmica e pessoal. Alem de e-mails, eles enviam mensagens de texto para os celulares dos devotos, convidando-os para todos os eventos. Não de forma mecânica, mas sim com o objetivo de se construir e solidificar amizades. Assim, busca-se a valorização dos devotos sem distinção.
Além disso, há também um excelente programa de sadhu-sanga fora do templo onde, cerca de uma vez por mês, os devotos se reúnem em um sitio para tomar prasada, nadar na piscina, jogar futebol e fazer bhajans, contribuindo muito com a união, entrosamento e crescimento do Yatra. Há também o "Clube dos Passatempos", iniciado já no segundo semestre, que funciona como um clube de leitura dos passatempos de Krsna, que visita a casa de membros da congregação que convidam e entram, assim, no "clube".
O balanço mensal do templo fica disponível no mural da entrada da sala da templo. Os moradores são duas famílias e um profissional liberal, que faz todos os programas matinais da deidades antes de sair para o trabalho. Com seu salário, paga parte das contas do templo e os dois casais mantém os grande parte dos demais programas internos em clima de muita harmonia e cooperação, sempre em conjunto com os membros externos.
O templo de BH é hoje um dos melhores templos urbanos na ISKCON Brasil. Radhanatha prabhu até disse que ele é que mais saiu beneficiado com a visita ao local e escreveu para os organizadores do curso de bhakti-sastri que teve lá esse ano: "mal pude acreditar que tivesse um templo tão bem cuidado no Brasil. É bom que alguém de fora faça essa avaliação pra vocês, pois muitas vezes nós, que estamos dentro de um projeto, não conseguimos ter um olhar positivo e acabamos só vendo o que não está bom".
Claro que essa visão do que não está bom também é fundamental para que o programa continue crescendo e jamais se acomode. E é normal, obviamente, que em todo lugar existam pessoas insatisfeitas e algumas ações que devam ser melhoradas. Mas parece que os membros da ISKCON de BH tambem entendem e lidam bem com isso, trabalhando para melhoria a cada dia. Gostariamos de ver uma secretaria que de alguma forma desse atenção sistemática a congregação e podesse sim assistir a todos os devotos...mas vamos chegar lá... Este já é considerado um bom trabalho.
Dharma Grupo
