Ninguém pode conhecer Maya. Tem um excelente conto que diz: Um dia Narada Muni, um devoto puro de Krsna, disse ao Senhor do Universo: "Senhor, mostra-me a Sua Maya, que costuma tornar possível o impossível". O Senhor fez um sinal de assentimento, e logo depois levou Narada em uma viagem. Após terem caminhado algum tempo, o Senhor sentiu sede; sentou-se cansado e disse a Narada: "Estou com sede, vai buscar um pouco d'agua para Mim". Narada partiu à procura da água. Como não encontrasse perto dali, afastou-se até chegar a um rio. Ao se aproximar, avistou às margens do rio uma moça muito bonita, que passeava por ali.
Ela lhe falou com doçura, quando Narada lhe dirigiu a palavra, e os dois apaixonaram-se imediatamente um pelo outro. Logo depois, casaram e tiveram muitos filhos. Viviam muito felizes quando a peste devastou o país. A morte batia em todas as portas. Narada sugeriu à sua esposa que saíssem de casa e fossem morar longe dali. A mulher concordou, e os dois partiram, levando os filhos pela mão. No momento em que atravessavam a ponte, em cima de um rio caudaloso, as águas cresceram de repente , e arrastaram as crianças e a mulher. Desesperado de dor, Narada sentou-se à beira do rio e chorou amargamente. O Senhor neste momento apareceu diante dele e perguntou-lhe: "Então, Narada, onde está a água e por que você está chorando? Há mais de meia hora que você saiu para me apanhar um pouco de água.
"- Meia hora!" - exclamou Narada. Doze anos tinham transcorrido desde o momento de sua partida, e todas aquelas aventuras tinham levado apenas meia hora. Narada compreendeu então tudo, e disse: "Senhor, eu me inclino diante de Ti e diante de tua maravilhosa Maya."
Assim, isto é Maya, a ilusão, viver a vida material com todos os apegos e esquecer completamente de Krsna. Então, até hoje estamos buscando o copo de água que Krsna nos pediu, sem saber. E no momento estamos nos debatendo aflitos no rio da natureza material, procurando nos salvar de todos o seus infortúnios. Rendamo-nos imediatamente a Krsna.
Alemão