हरे कृष्ण हरे कृष्ण कृष्ण कृष्ण हरे हरे || हरे राम हरे राम राम राम हरे हरे

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sábado, 2 de janeiro de 2010

Buscando uma passagem da Biblia

Não pretendo entrar no debate, mas com a vossa permissão gostaria de fazer algumas considerações:

1º Consideração

Como ficou bem demonstrado e baseado na Bíblia, os cristãos Ortodoxos irão argumentar que não devemos comer carne para não escandalizar os outros, caso contrário não há problema em comer carne e que esta regra não tem muita relevância.

Também existem aqueles, e igualmente baseados na Bíblia, que afirmam que comer carne é permitido porque os animais não tem espírito mas somente "um sopro de vida".

Curiosamente muitos cristãos tem dificuldade em aceitar isto devido a grande "afeição" que tem pelos seus animais de estimação (cães, gatos, etc), mas quando se trata de outros animais já não se importam.

Alguns até questionam se seus animais de estimação irão "para o céu" junto com eles. Enquanto outros afirmam que como os animais não podem "aceitar" Jesus Cristo não vão "para o céu".

Ainda existem outros que apoiam-se no Cristianismo Primitivo (como o caso dos devotos de Krsna) para afirmarem que segundo os ensinamentos originais Bíblicos não devemos comer carne.

O Cristianismo Primitivo é a etapa da história do cristianismo que se inicia após a morte de Jesus e termina em 325 DC com a celebração do Primeiro Concílio de Niceia. Do ponto de vista historiográfico é praticamente impossível reconstituir com clareza a realidade dos primeiros povos cristãos, uma vez que os documentos são raros, contraditórios e limitados. Na mentalidade cristã, o cristianismo primitivo é tido como um modelo exemplar, e foi um dos principais temas de debates responsáveis por levar às cisões heréticas na Idade Média e na Idade Moderna.

Muitos eruditos confirmam que no Concílio de Nicéia (325 DC), clérigos e políticos alteraram completamente os documentos do Cristianismo original, ora omitindo ora acrescentando, com o fim de fazê-los aceitáveis ao Imperador Costantino, o qual na altura rejeitava violentamente as Escrituras. O propósito disto foi converter Constantino ao Cristianismo e fazer da sua religião um credo aceitável ao Império Romano.

Richard Ouxley comenta:

"O que estes corretores fizeram foi suprimir das Escrituras certos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo que não conseguiam seguir; concretamente aqueles que vão contra o comer de carne e peixe e o consumo de bebidas embriagantes."

Em 1947, foram descobertos os Manuscritos do Mar Morto que supostamente seriam os textos originais cristãos.

Enquanto alguns historiadores cristãos rejeitam este acontecimento arqueológico outros põem grande fé. Pode que estes manuscritos sejam autênticos ou não, mas a informação descrita neles aponta para um ideal vegetariano.

Portanto, não há unanimidade em relação a se Cristo esteve na India, se abandonou o corpo na India ou se os escritos originais primitivos cristãos foram alterados ou não.

Também não existe unanimidade em relação a previsão do Bavisya Purana. Enquanto uns aceitam, outros não aceitam.

Pode-se dizer que existe unanimidade em relação ao Bhagavad Purana (Srimad Bhagavatam) como sendo o único Purana inadulterado.

Argumenta-se que os missionários cristãos ingleses "adicionaram" no Bavisya Purana a previsão da vinda de Jesus Cristo para que os indianos aceitassem melhor o Cristianismo.

2º Consideração

Agora, independentemente deste ponto anterior devemos dizer o seguinte:

O Senhor Jesus Cristo é um Vaisnava puro e perfeito, um Saktyavesa Avatar.

Mas não podemos comparar o processo de devoção primária à Deus em Dasya Rasa (Deus Todo Poderoso considerado como pai)) dado por ele com o processo altamente elaborado de Madhurya Bhava em amor conjugal, ou de considerar Deus como filho (Vatsalya Rasa) ou considerá-Lo como amigo íntimo (Sakhya Rasa). Este processo de amor íntimo à Deus é exclusivo do Gaudiya Vaisnavismo.

Um bom cristão irá alcançar o Reino de Deus (Vaikhunta) onde terá um relacionamento reverencial com Deus.

Um Gaudiya Vaisnava auto realizado irá alcançar Goloka Vrndavana em Rasas muito íntimas com Krsna. Somente Sri Krsna Caitanya Mahaprabhu deu-nos este processo.

Não podemos comparar a realização dos santos místicos cristãos com a realização dos santos místicos Gaudiya Vaisnavas que são todos Manjaris, Gopas e Sakhas de Krsna.

Então temos dois extremos a serem evitados.

Um extremo é negar-se enquanto Gaudiya Vaisnava a desejar Feliz Natal na comemoração do nascimento de Jesus, não respeitando desta forma um devoto puro de Deus (ainda que em Dasya Rasa).

Outro extremo é querer misturar processos e Rasas diferentes num Sincretismo exagerado.

Ora, na história da ISKCON já vimos o caos que isto gerou, por exemplo, quando um líder de uma de nossas comunidades "obrigou" seus integrantes a vestirem-se como monges cristãos e colocou a forma de Jesus Cristo no altar.

Pessoalmente com tudo isto bem claro costumo celebrar o Natal que é hoje (embora também não haja unanimidade em relação a data certa).

Um Feliz Natal para todos !!!

Prahladesh Dasa escreveu:
"Mas não podemos comparar o processo de devoção primária à Deus em
Dasya Rasa (Deus Todo Poderoso considerado como pai)) dado por ele com
o processo altamente elaborado de Madhurya Bhava em amor conjugal, ou
de considerar Deus como filho (Vatsalya Rasa) ou considerá-Lo como
amigo íntimo (Sakhya Rasa). Este processo de amor íntimo à Deus é
exclusivo do Gaudiya Vaisnavismo."
Jesus nos disse, "Deve-se amar os outros como seu irmão." Infere aqui
a quarta fase do amor que é o sentido que todos os homens são irmãos e
Deus é seu Pai. Isto é Batsalya Rasa na primeira fase do
desenvolvimento.
(Then Jesus proceeds to tell us, 'You must love man as thy brother.'
From this is inferred the fourth phase of love which is a feeling that
all men are brothers and God is their common Father. This is Batsalya
Rasa in its first stage of development.)
O Setimo Goswami - Rupa-vilasa dasa, Capítulo 10, O Thakur em Puri

Caro Prabhu Prahladesh

Quanto à sua afirmação de que somente no vaisnavismo existe o conceito de amor em níveis acima de dasya, é preciso levar em conta que na religião católica, que adota o conceito da identidade de Jeus com Deus, confirmada por Prabhupada ao dizer que Jesus era saktyavesa-avatara, existe entre as freiras o espírito de se considerarem esposas de Jesus.

Assim, madhurya rasa também está presente no cristianismo, o que se compatibiliza com a afirmação do Isopanisad de que todas as emanações do Todo-completo (entre as quais se incluem os dharmas) são perfeitamente equipadas como todos-completos.

Sob o prisma da identidade de Jesus com Deus também se pode observar vatsalya na relação de José e Maria com Jesus.

No Cântico dos Cânticos, que parece a descrição de uma relação conjugal comum, existem indícios de que Salomão se referia a relacionamentos do mundo espiritual com Deus, não ao amor mundano, razão de estar incluído na Bíblia.

No livro em que Satyaraja Prabhu conversa com um rabino existe também uma passagem interessante em que o rabino admite a existência do conceito de madhurya rasa na tradição judaica.

Assim, em várias religiões encontramos o conceito de madhurya-rasa e de outras relações. O que parece ser exclusivo do vaishnavismo gaudyia é o conceito de parakya-rasa, que mesmo na maior parte das religiões védicas não é bem compreendido.

seu servo

Advaya dasa

Hare Krsna, muito obrigado Advaya Prabhu e Vraja Kumara Prabhu.

O texto citado por Vraja Kumara Prabhu é um curto ensaio onde o Thakura revela a posterior evolução dos ensinamentos de Cristo promulgados por Sri Caitanya Mahaprabhu.

E ali ele explica que embora hajam pequenas expressões de Sakhya Rasa e Vatsalya Rasa no Cristianismo, estas expressões são somente isto, estágios primários.

Num outro trabalho intitulado "De Moises à Mahaprabhu", o Thakura ao analisar a evolução das Rasas explica:

"As pessoas da Europa e América não estão satisfeitas com Vatsalya Rasa misturada com opulência como foi propagado por Jesus Cristo. Eu tenho esperança, pela graça do Senhor, que num curto período de tempo eles tornar-se-ão apegados a beber o néctar intoxicante de Madhurya Rasa..." (Mais tarde, Srila Prabhupada iria satisfazer os anseios do Thakura)

Ainda que possam haver pequenas expressões de Sakhya, Vatsalya e até mesmo Madhurya nos ensinamentos cristãos, como estão misturadas com opulência tem uma característica de Dasya Rasa bem marcante.

Em outras palavras, um bom cristão sempre manterá a concepção de Deus como superior.

No entanto, no Gaudiya Vaisnavismo estas Rasas irão manifestar-se na sua plenitude de intimidade com Krsna, e assim estes devotos irão perder completamente a noção de Deus como superior.

Isto é exclusivo do Gaudiya Vaisnavismo dado por Sri Krsna Caitanya Mahaprabhu.
No seu curto ensaio, o Thakura conclui:

"...há outra verdade sublime por detrás do facto que é revelado para uns poucos que estão preparados para isso. Queremos dizer, a conversão espiritual da Alma em uma mulher. Este é um estado sublime e elevado no qual a alma pode saborear as doçuras do indissolúvel casamento com o Deus do Amor. O quinto e mais elevado estágio de desenvolvimento Vaisnava é este, que chamamos Madhura Rasa, e sobre isso só a mais maravilhosa parte da literatura Vaisnava versa com habilidade. Esta fase da vida humana, misteriosa como ele é, não é obtida por todos, e sim, podemos dizer, por ninguém além dos "pertencentes a Deus". Isto está muito além do alcance do homem comum, e os racionalistas e até mesmo os teístas comuns não podem compreender, e o mais que conseguem é zombar disso como algo não-natural..."

Vosso servo

Prahladesh Dasa

Hare Krishna!


Todas as glórias a Srila Prabhupada!


Conforme está descrito nos Evangelhos Cristãos, por seus atos e pregação, podemos concluir que o Senhor Jesus Cristo foi realmente um Vaishnava, ou, mais precisamente, um Shaktyavesa Avatara, como Srila Prabhupada disse.

Apesar disso, não podemos aceitar como equivalentes o processo de devoção a Deus, ensinado por Jesus, em Dasya Rasa, onde Deus é encarado como o Pai, ou Rei, ou Todo Poderoso, ao avançado processo de Madhurya Rasa (amor conjugal) apresentado por Sri Chaitanya Mahaprabhu. Relacionar-se com Deus em amor conjugal (Madhurya Rasa) é superior a relacionar-se com Ele reverencialmente, como rei todo poderoso (Dasya Rasa), ou aceitá-Lo como amigo íntimo (Sakhya Rasa), ou considerar Deus como filho (Vatsalya Rasa). Madhurya Rasa é, sem dúvida, exclusividade do Gaudiya Vaishnavismo.

Ainda que as freiras católicas se considerem esposas de Jesus, na prática, elas não apresentam este tipo de devoção íntima em amor conjugal com Deus, mas demonstram reverência ao “Deus Todo Poderoso”. Também se poderia alegar que o livro bíblico “Cântico dos Cânticos”, onde, em seus 8 versos, se relata o amor, a sensualidade e o erotismo de um jovem casal de namorados, aparentemente não casados, interpretado, do ponto de vista judaico, como o amor de Deus por seu povo de Israel, ou interpretado, pelos cristãos como símbolo do amor de Cristo por sua Igreja, vista como sua "noiva" seja uma prova da existência de Madhurya Rasa fora do Gaudiya Vaishnavismo. Contudo, essas interpretações parecem ser forçosas, o que foi motivo de muitos debates sobre a canonicidade do mesmo, ou seja, sobre sua inclusão ou não no cânon, ou conjunto oficial da Bíblia. Porém, mesmo que aceitemos essas interpretações, elas não descreveriam o nível de devoção a Deus em Madhurya Rasa, pois o amor de Deus com seu povo ou com sua igreja é totalmente diferente do amor demonstrado pelo devoto em amor conjugal com Deus. Mesmo que fizéssemos uma analogia entre os passatempos sensuais do casal, descritos nesse livro, com as doçuras transcendentais saboreadas em Madhurya Rasa, na relação do devoto com Deus, ainda assim não seria satisfatório, pois ela não existe na prática religiosa do judaísmo e do cristianismo, que não ensinam como desenvolver essa Rasa transcendental.

Uma prova disso, é que entre os 72 nomes de Deus, aceitos pelo judaísmo e encontrados na Torá (Velho Testamento Bíblico – Pentateuco), sendo cada nome uma qualidade de Deus, todos descrevem aspectos de Dasya Rasa (Ex: Adonai – Senhor Absoluto; El Elyon - Altíssimo Deus; El Shaddai - Deus Todo-Poderoso; El Olam - Deus Eterno, El Gibbor - Deus de Força; etc.).

Sri Chaitanya Mahaprabhu participava, juntamente com seus associados íntimos, dos passatempos amorosos de Krishna, conforme podemos verificar no Chaitanya Charitamrta, enquanto Jesus Cristo falava do “Reino do Pai” com grande reverência.

Assim, parece-me claro que não podemos encontrar no cristianismo, ou mesmo no judaísmo, o nível de amor a Deus apresentado no Gaudiya Vaishnavismo.

Grato,

Hari bol!

Mahesvara Caitanya Das

Queridos Vaisnavas e Vaisnavis, por favor, aceitem minhas humildes e respeitosas reverências.

Srila Prabhupada Ki Jaya !!!

Muito obrigado Lilananda Prabhu.

Em relação ao debate gostaria de fazer algumas colocações.

No que diz respeito ao tema do debate:

"Devoção a Deus e matança de animais são compatíveis para aquele que quer desenvolver amor puro por Deus?"

Do ponto de vista Vaisnava creio que é bem claro que a resposta é não.

Ora, no Bhagavad Gita, Sri Krsna pede para alimentar-se com alimentos vegetarianos. Então como poderemos desenvolver nosso amor por Krsna se não oferecemos-Lhe o que Ele mesmo pessoalmente pede-nos para comer?

Penso que este é um ponto bem simples, e não creio que nenhum cristão irá convencer um Gaudiya Vaisnava do contrário, utilizando qualquer que seja a escritura Vaisnava.

Em relação a um Gaudiya Vaisnava tentar mostrar a um cristão e utilizando referências bíblicas, de que não é conveniente comer carne, penso que neste caso específico os próprios teólogos cristãos vegetarianos deveriam fazê-lo.

Sáo teólogos e Ph.D. que estudam profundamente os textos bíblicos e certamente são capazes de mostrar a outros cristãos a importância da alimentação vegetariana na prática espiritual.

Existem muitos cristãos vegetarianos. Somente a Associação Cristã Vegetariana tem 6000 membros.

Alguns links:

http://www.all-creatures.org/cva/default.htm

http://www.all-creatures.org/cva/cvaboard.htm

http://www.all-creatures.org/book/book-alcr3.html

http://www.net4utopia.com/cva-portugal/index.php

http://www.net4utopia.com/cva-portugal/wwjet.php

http://www.net4utopia.com/cva-portugal/wwjet3.php

Em relação a este tópico, Srila Prabhupada simplesmente sempre citava a passagem bíblica de "Não matarás", e sempre que surgia algum argumento ele voltava ao mesmo ponto, "Não matarás".

De qualquer forma, penso que deverá haver algum devoto(a) bem mais qualificado do que eu para participar deste debate. Mas estarei disposto a dar minha humilde contribuição.

Vosso servo

Prahladesh Dasa

Hare Krsna, muito obrigado Bhagavan Prabhu.

Como sempre uma excelente tradução.

Sim, nós aceitamos o Bhavishya Purana como evidência, mas certamente num debate muitos Teólogos, Ph.D. e historiadores cristãos não aceitarão o Bhavishya Purana como evidência de que o Senhor Jesus Cristo tenha estado na India.

Teu servo

Prahladesh Dasa

Hare Krsna Lilananda Prabhu.

Se o senhor não conseguir encontrar outro devoto(a) para que o debate ocorra, e para o prazer dos Vaisnavas e Vaisnavis e do Guru, posso aceitar participar do debate como protagonista.

Mas para tal, gostaria que o senhor publicasse a seguinte mensagem:

Lilananda Prabhu fez-me saber que os devotos em geral ficarão muito felizes com este debate. Então como um serviço aos Vaisnavas em geral posso aceitar participar.

No entanto, gostaria de antemão de fazer algumas colocações:

Em um dos significados do CC Madhya 9.42-49, Srila Prabhupada diz:

"Aqueles que são pregadores na ISKCON irão certamente encontrar muitas pessoas que acreditam na argumentação intelectual.
A maioria destas pessoas não aceitam a autoridade dos Vedas. No entanto, aceitam a especulação mental e a argumentação.
Portanto, os pregadores da Consciência de Krsna devem estar preparados para rejeitá-los com argumentação, exatamente como Sri Caitanya Mahaprabhu fez."

Isto refere-se aos Budistas, que são ateístas e não aceitam os Vedas. Portanto, a única forma de um Gaudiya Vaisnava demonstrar alguma coisa aos Budistas é somente através da lógica ou das próprias escrituras Budistas.

Em relação aos Cristãos, embora sejam teístas, igualmente não aceitam os Vedas nem os Acaryas Vaisnavas e a única forma de um Gaudiya Vaisnava demonstrar alguma coisa aos Cristãos é somente através da lógica ou da própria Bíblia Cristã.

Claro que para alguns Budistas e Cristâos mais abertos ao diálogo será possível referenciar algo das escrituras Védicas e dos Acaryas Vaisnavas, embora isto seja feito da parte deles somente como uma forma de respeito, mas sem uma verdadeira aceitação.

Especificamente no Cristianismo, poderá haver algum respeito em relação a outras religiões como fazendo parte do "plano de Deus", mas sendo a religião Cristã a "única religião definitiva".

Como já participei de debates desta natureza, sei que não podemos esperar muito, e quando muito uma pequeníssima sintonia.

Vosso servo

Prahladesh Dasa

Existe madhurya rasa na seita de Srila Nimbarka Swami.
Penso que Sri Caitanya Mahaprabhu enfatizou dois aspectos das práticas deste
grupo Vaisnava: adoração a Radha-Krsna e o gopi-bhava-sentimento de adoração
das gopis.

Na seita cristã também temos exemplos de santa Teresa de Ávila e seu
preceptor espiritual San Juan de la Cruz que tinham um relacionamento muito
elevado por Deus. Os seus livros são dignos de serem lidos.
Um abraço
Vs Nityananda das

Nimbarka Sampradaya - Gaudiya Sampradaya

De facto, Sri Nimbarkacarya foi o primeiro Acarya a adorar Radha juntamente com Krsna no método de adoração de Sakhi Bhava.

No entanto, "somente os Gaudiya Vaisnavas afirmam a superexcelência do sentimento de amor em separação (Viraha ou Vipralamba). Parakiya Rasa é uma faceta especial dos relacionamentos entre Krsna e as Gopis." (SS Purushatraya Swami - As Quatro Sampradayas Vaisnavas).

Os Gaudiya Vaisnavas adoram Radha Krsna no humor de Parakiya (extra conjugal) em Manjari Bhava e em Vipralambha Rasa (separação).

Na Nimbarka Sampradaya adoram Radha Krsna no humor de Svakiya (conjugal) em Sakhi Bhava e em Sambhoga (união).

Na Nimbarka Sampradaya não é possível compreender os sentimentos de separação de Sri Radha como Prema, Sneha, Mana, Pranaya, Bhava, Mahabhava, Adirudha, etc...

Isto somente é possível para os seguidores de Sri Krsna Caitanya Mahaprabhu.

Místicos Cristãos

Existiram muito místicos cristãos.

Agostinho de Hipona (354-430)
Angelus Silesius (1624-1677)
Santo Anselmo (1033-1109)
Clemente de Alexandria (? - 216)
Emanuel Swedenborg (1688-1772)
Francisco de Assis (1181-1226)
George Fox (1624-1691)
Hildegarda de Bingen (1098-1179)
João da Cruz (1542-1591)
Jacob Boehme (1575-1624)
Max Heindel (1865 - 1919)
Mestre Eckhart (c. 1260 - 1327/8)
Teresa de Ávila (1515-1582)
Thomas Merton (1915-1968)
William Blake (1757-1827)

A experiência mística cristã é o modo como o místico entra em contato com o Divino. Muitas vezes a experiência mística é descrita por aqueles que a sentem como uma "visão ou percepção directa de Deus". A meta da mística cristã é o encontro pessoal com Deus. Os antigos cristãos empregavam a palavra "contemplação" para designar a experiência mística do encontro ou comunhão com a identidade de Deus. E sem dúvida a experiência mística cristã é muito bela e inspiradora.

No entanto, o relacionamento dos místicos cristãos com Deus é em Dasya Rasa.

Os místicos cristãos alcançam Prema Bhakti no humor de grande reverência ao Deus Todo Poderoso, oferecendo-Lhe belas orações.

Os místicos Gaudiya Vaisnavas alcançam Prema Bhakti no humor de grande intimidade de Parakiya Rasa, ou o amor extra conjugal com Krsna.

Esta é a contribuição exclusiva de Sri Krsna Caitanya Mahaprabhu.

Vosso servo
Prahladesh Dasa



todas as glórias a Srila Prabhupada.
Fico me perguntando se esses grandes vaishnavas que tanto defendem o cristianismo, se também possuem a mesma voracidade e determinação para defender, buscar respostas e citações em torno de Buda e Mohammed, ou se a moral cristã que corre ainda nas veias os impedem, pois Buda é impersonalista e Mohammed vai saber o que...Vamos, erguam-se a favor dessas personalidades com o mesmo empenho, gostaria de ver, ou será que o ânimo não é o mesmo? Penso que não. Reflitam sobre isso!!!
Atenciosamente, seu servo..



Adi-karuna Das (HdG)
São Paulo -Brasil


De acordo com Srila Prabhupada, o Senhor Buddha é o próprio Krsna, mas a filosofia de Buddha é um absurdo e é rejeitada veementemente por Srila Prabhupada. CC Madhya 9. 42-49

De acordo com Srila Prabhupada, Mohammed (Maomé) é um grande servo do Senhor, mas também de acordo com Srila Prabhupada as escrituras Muçulmanas estão cheias de falhas. CC Adi 17.167

De acordo com Srila Prabhupada, o Senhor Jesus Cristo é um grande servo do Senhor, mas também de acordo com Srila Prabhupada as escrituras Cristãs estão cheias de falhas. CC Adi 17.167

Vosso servo
Prahladesh Dasa



Prabhu, qual é a culpa de Jesus e de Maomé se a Bíblia e o Alcorão contêm alguma falha?

Não tem culpa. Mas ao longo da história, as diferentes vertentes cristãs e muçulmanas deturparam os ensinamentos originais, e actualmente seus seguidores são completamente mal orientados.


De que adianta termos uma escritura sem falhas se falhamos em ser humildes e oferecer todo o respeito aos outros, seguindo o conselho de Mahaprabhu no Siksastaka?

Penso que devemos seguir o exemplo de Srila Prabhupada que humildemente oferecia todo o respeito à Jesus e Maomé, mas era muito severo com os seus seguidores e Instituições respectivas que estão cheias de falhas e desvirtuamentos e levam pessoas inocentes a seguirem um processo desfigurado. Penso que a idéia de Adi Karuna Prabhu foi exatamente esta, ou seja, de atacar fortemente as adulterações impostas por Instituições cristãs e muçulmanas e não a Jesus ou Maomé.
É claro que aqueles que seguem os ensinamentos primitivos de Jesus ou Maomé sem seguir os ensinamentos corrompidos actuais poderá desenvolver amor por Deus num humor de grande reverência.

No mais, sou um grande admirador de São Francisco de Assis. Recomendo o filme "Irmão Sol, Irmã Lua" de Zeffirelli. Um clássico do cinema. Muito belo.

Um Gaudiya Vaisnava admira muito todos aqueles que desenvolveram amor por Deus, mesmo que seja de forma reverencial. Mas um Gaudiya Vaisnava deseja relacionar-se mais intimamente com Krsna como um amiguinho, filhinho ou amante.


Vosso servo
Prahladesh Dasa


Estimados devotos e devotas,

Hare Krishna!


Todas as glórias a Srila Prabhupada!


Lí com grande interesse as contra-argumentações sobre minha mensagem "Madhurya Rasa fora do Gaudiya Vaishnavismo? ". Quero agradecer aos devotos por compartilhar e enriquecer a discussão com suas considerações.

Tenho a dizer, sobre Tereza D’Ávila, que muitas de suas demonstrações de êxtase, na suposta madhurya rasa, estranhamente não se passam com Deus, conforme ela mesma afirma quando descreve sua transverberação, como podemos ver nesse trecho extraído de seu “Libro de la Vida:

“(...) via um anjo perto de mim no lado esquerdo, em forma corporal, o que não costumo ver, a não ser excepcionalmente. Ainda que muitas vezes são me representados anjos, é sem vê-los, somente como a visão passada que disse primeiro. Essa visão quis o Senhor que eu visse assim. Não era grande e sim pequeno, muito bonito, o rosto tão iluminado que se assemelhava ao dos anjos muito elevados, todos iluminados (devem ser os que chamam querubins, que os nomes eles não me dizem; mas percebo que no céu há muita diferença entre os anjos, como categorias que não saberia dizer). Via nas mãos dele um dardo comprido de ouro, e em cuja ponta um pouco de fogo. Esse dardo parecia o anjo meter-me no coração algumas vezes e me chegava às entranhas; ao retirá-lo sentia que as levava consigo, e me deixava toda incendiada pelo grande amor de Deus. Era tão grande a dor que me fazia dar aqueles gemidos, e tão excessiva suavidade que me põe tamanha dor, que não se deseja que se retire nem contenta a alma com menos que Deus. Não é dor corporal, e sim espiritual, ainda que não deixa de participar, e muito, o corpo. É uma carícia tão suave que passa entre a alma e Deus (...).”

Acredito que esse fato comprometa a possibilidade de ser uma madhurya rasa autêntica.

E, também, muito do que ela ensinou sobre o que pode ser interpretado como suposto amor conjugal com Deus, foi exposto em seu livro “Conceitos do Amor de Deus”, onde ela apenas explica às suas discípulas, no convento, sobre o espírito de veneração em que deve ser lido o livro “Cântico dos Cânticos”, pois as mulheres do convento tinham grande dificuldade em compreendê-lo como algo realmente espiritual, por seu conteúdo altamente sensual e erótico para os padrões da época.

Mas mesmo que aceitemos que ela possa ter desfrutado de madhurya rasa, ainda assim não poderíamos declarar que no cristianismo exista a rasa do amor conjugal. O máximo que poderia ser dito seria que Tereza D’Ávila a desfrutou. Essa rasa é estranha ao cristianismo, e Tereza D’Ávila sofreu muito por isso. Vários confessores da época, que estudaram seus êxtases, declararam que se tratava de coisa do demônio. Quanto ao fato dela ter levitado, isso não endossa a possibilidade dela ter desfrutado madhurya rasa. A levitação em estado de êxtase e comumente relatada em várias confissões religiosas diferentes. O fato exibe um profundo estado de êxtase, mas não está vinculada ao desfrute da rasa do amor conjugal.

Quanto à existência de madhurya rasa na escola de Sri Nimbarkacarya, realmente é verdade. Na verdade, eu deveria ter dito que madhurya rasa é exclusiva do “vaishnavismo” em vez de dizer que é exclusiva do gaudiya vaishnavismo. Agradeço pela observação.

Grato,

Hari bol!

Mahesvara Caitanya Das

Na Teologia Cristã não há nenhuma informação precisa de como é o aspecto de Deus, Seu corpo, Suas características, Seus relacionamentos, Suas actividades, Sua consorte, etc....

Nada.

E como existe uma necessidade de relacionar-se pessoalmente com Deus em Rasas mais íntimas do que Dasya, os cristãos, e utilizando o conceito de que Deus e Seu filho são um só, direccionam tais relacionamentos para Jesus Cristo. E portanto, é tudo muito vago e incerto.

Ora, a unidade de Jesus e Deus não significa que Jesus assume a posição de Deus mas simplesmente que é um representante de Deus (devoto puro)

Um exemplo muito interessante:

Existe uma "Apasampradaya" conhecida como Gauranga Nagari que afirma absurdamente que podemos ter um relacionamento de Madhurya Rasa com Sri Caitanya Mahaprabhu. Também afirmam despropositadamente que no mundo espiritual pode-se ser uma consorte (Nagari) de Sri Caitanya Mahaprabhu. Eles são bem proeminentes na Bengala.
Esta concepção é fortemente refutada pelos Gaudiya Vaisnavas seguidores de Rupa Goswami, que explicam que somente podemos ter Dasya Rasa com Sri Caitanya e Madhurya Rasa com Krsna.

E assim relacionar-se em Rasas mais intimas com Deus através de relacionar-se com Jesus Cristo (que é o Mestre Espiritual) é no mínimo algo muito vago e incerto.

No entanto, queridos devotos e devotas, se alguém quizer aprofundar-se na ciência completa de Rasa terá que necessariamente refugiar-se nos escritos dos Goswamis de Vrndavana. Então teremos acesso a todos os detalhes dos relacionamentos amorosos dos devotos directamente com Krsna.


Na "Ciência da Auto Realização", Srila Prabhupada diz:
"Sri Caitanya Mahaprabhu informa-nos que se pode inclusive ter um compromisso sexual com o Senhor. Esta informação é a contribuição singular de Caitanya Mahaprabhu. Neste mundo material, o compromisso sexual considera-se como o maior de todos, o maior prazer, ainda que exista de um modo pervertido. No entanto, ninguém havia concebido que poderia haver o emprego da sexualidade no mundo espiritual. Não há uma única citação teológica deste tipo em nenhuma parte do mundo. Esta informação é dada pela primeira vez por Caitanya Mahaprabhu; pode-se ter a Suprema Personalidade de Deus como esposo, como amante...
...Caitanya Mahaprabhu diz não somente que Deus tem uma forma, mas que também tem vida sexual. Esta é a maior contribuição de Caitanya Mahaprabhu."

Vosso servo
Prahladesh Dasa

Caros Prabhus (Adi-karuna e debatedores) , e demais devotos e devotas, Hare Krishna!
Por favor aceitem minhas respeitosas reverências. As glórias são para Srila Prabhupada.
....muito estranho, digo, me é muito familiar; já que o próprio cristianismo é a maior máquina de aculturação do planeta, sem precedentes, sem rivais.

Isto é verdadeiro e facilmente comprovável para quem estuda, pesquisa a história do cristianismo, a partir do tempo em o Império Romano deixa de persegui-lo e o impõe como a religião oficial do Império, a todos os dominados, que se expandiram até a colonização da América.

Há devotos que defendem o Messias, a figura do Mestre Jesus e o seu papel na difusão do amor ao Deus-Pai e não a instituição. Mas há alguns que não têm essa distinção de modo claro e seguro e isso é perigoso, realmente.

E ainda louvamos uma instituição que em quase nada apresenta a cultura e os ensinamentos do Cristo.

Argumenta-se que estão defendendo o Mestre Jesus, mas defender as comemorações de Natal, conforme foram sendo estabelecidas para nós, é defender os dogmas, postulados e artimanhas da instituição.

Devemos encarar e aceitar o Cristo como Prabhupada nos ensinou,

Quanto a isso não há dúvida. Espero que todos consigam mensurar isso bem.

....pois a maior arma do cristianismo, e aqui falo da instituição, é eliminar outras culturas através do sincretismo, isso é um fato histórico e que devemos ter em conta.

E aí todo o cuidado é pouco. Inflamações à parte – e há em ambas as partes - devemos ser realistas e cuidadosos.

Não se trata de anticristianismo e de muito menos anti-Jesus, longe disso, se trata, na verdade, dos privilégios dados a uma instituição movida pela hecatombe de culturas e que propaga ritos como o natal que nenhuma ligação com o Cristo histórico possui, como sempre se tentou contra a Índia desde as invasões de sacerdotes piratas, o que podemos caracterizar hoje como jesuítas, e até os nossos dias.

“Quem não conhece história está fadado a repeti-la”. Srila Acharyadeva procrastinou em uma de suas aulas em sua última visita. Ele recomenda que os dogmas e postulados da instituição cristã devam ser. Eu admiro, respeito e sigo Srila Acharyadeva e busco denunciar em todas as oportunidades em que me expresso escrita ou oralmente.

Eu descarto os excessos mas agradeço ao Prabhu Adi-karuna ter trazido essa questão à tona. Agradeço também pelas contribuições dos demais Prabhus, em especial a concisão, equilíbrio, precisão e clareza de Prabhu Praladesh.

Humildemente buscando servir

Prana-vallabha Devi Dasi (DVS)

Caro Prahladesh e demais devotos, minhas reverências.

Gostaria de informar, que a mensagem de Natal deste ano proferida pelo mais alto representante da Igreja Católica foi dirigida a todas as religiões e/ou seitas, que professem a crença em Um Só Deus.

Aqui nos incluiu a nós também e fê-lo com muito carinho e consideração. Confesso que num dificil exercício de reflexão consegui ver aquele devoto ao nível dos mais elevados devotos/mestres de Krsna. Não há diferença, não há diferença, não há diferença...

PS: A história não é somente constituída de factos passados, pois ela está a acontecendo a cada instante!
...e o presente parece promissor, pelo menos para mim, que me considero um sujeito de Boa Fé!!!

Votos de Paz e Bem
Seu servo,
Hélder Orlando.


Helder Orlando Prabhu, Hare Krsna !!!
Muito obrigado.
Também temos muito carinho e consideração por todas as linhas religiosas, mas existem diferenças Teológicas intransponíveis que são reconhecidas por todos os líderes.
Não me pareça que os líderes religiosos cristãos vejam com bons olhos o conceito de Karma, Metempsicose (Reencarnação), não matança de animais, relação extra conjugal com Deus (Parakiya Rasa), etc, etc, etc................
O diálogo inter-religioso só vai até um certo ponto, que é a preocupação de todos em buscar a paz e o bem-estar no mundo. Mas além disto não é possível.
Peço que pacientemente leia um artigo de Moises Espirito Santo (Professor Catedrático de Sociologia das Religiões) em:
http://www.empacult.parlamento.pt/pt/Documentos/Dialogointereligioso.pdf
Onde é explicada a impossibilidade de tal diálogo a nível Teológico.
Uma declaração interessante do Dalai Lama:
"...Na minha opinião, a diversidade existente entre as várias tradições religiosas é uma grande riqueza. Por conseguinte, não é necessário arranjar maneira de dizer que no fundo todas as religiões são iguais.

São semelhantes na medida em que todas sublinham a importância do amor e da compaixão no contexto da disciplina Ética.

Mas esta afirmação não significa que todas sejam uma em essência.
Apesar das muitas semelhanças práticas que sem dúvida existem, a concepção totalmente oposta da criação e do sem-começo que o Budismo, o Cristianismo e o Hinduísmo têm, por exemplo,
significa que num dado ponto, no que toca às afirmações metafísicas, eles se afastam.
Estas contradições podem não ser importantes nos estados iniciais da prática religiosa mas, à medida que avançamos no caminho de uma dada tradição, há sempre uma dada altura em que somos forçados a reconhecer as diferenças fundamentais.

Por exemplo, o conceito de renascimento no Budismo e em várias outras tradições indianas antigas, podem revelar-se diametralmente opostas e incompatíveis com a idéia de salvação do Cristianismo...

...Algumas pessoas, é verdade, acham que o conceito Budista de Shunyata, ou Vacuidade, é no fundo o mesmo que algumas das concepções da compreensão do conceito de Deus.
Todavia, esta concepção implica algumas dificuldades.
A principal é que, evidentemente, podemos interpretar estes conceitos desta forma, mas, ao fazê-lo, até que ponto permanecemos fiéis ao ensinamento do Buddha?
Há semelhanças flagrantes entre os conceitos do Budismo Mahayana de Dharmakaya, Sambogakaya e Nirmanakaya e a Trindade Cristã de Pai, Filho e Espírito Santo.
Mas afirmar, com base nisto, que o Budismo e o Cristianismo no fundo são iguais, parece-me que é ir longe de mais !
Como diz um antigo provérbio tibetano, não devemos pôr a cabeça de um iaque num corpo de ovelha - ou vice-versa..."

Vosso servo
Prahladesh Dasa

Estimado Advaya Prabhu, Hare Krsna !!!
Srila Prabhupada Ki Jaya !!!
Muito obrigado.
Prabhu, seria interessante relembrar que escrevi sobre haver indícios do conceito de madhurya no cristianismo e em outras religiões, não que o assunto seja tão elaborado nelas como nas escrituras vaishnavas.
Por outro lado, Jesus é visto pela maioria dos católicos como Deus, o que é compreensível por sua natureza de saktyavesa-avatara, e seria então em relação com ele como Deus que algumas freiras manteriam o sentimento de amor conjugal. No entanto, como o guru é a potência delegada de Krsna (que se manifesta pelo vaishnava que atua como guru), o sentimento de madhurya dirigido a um vaishnava com a visão de ser ele a representação de Krsna não está descartado, como se observa no passatempo em que Balarama, o guru original, dança com as gopis e essas vêem Krsna nEle. O mesmo ocorreu quando elas dançaram com Udhava.
O Senhor Balarama é a Suprema Personalidade de Deus e tem Suas próprias Gopis.
Mas nós nunca podemos dirigir o sentimento de Madhurya ao Mestre Espiritual.
Srila Prabhupada também é um Saktyavesa Avatar mas nós não dirigimos-lhe o sentimento de Madhurya Rasa.
Jesus Cristo é um Saktyavesa Avatar e também não devemos dirigir-lhe o sentimento de Madhurya. Isto é um desvirtuamento.
Existem basicamente dois tipos de Saktyavesa Avatar.
"Existem dois tipos de encarnações com poderes - primárias e secundárias. As primarias são directamente emponderadas pela Suprema Personalidade de Deus e são chamadas encarnações. As secundarias são indirectamente emponderadas pela Suprema Personalidade de Deus e são chamadas Vibhuti." CC Madhya 20.368
Dirigir sentimentos de Madhurya Rasa a um Saktyavesa Avatar secundário é um erro.
Existe uma "Apasampradaya" conhecida como "Kartabhaja Guruvada" que adoram o Guru como sendo Deus. Eles não conseguem compreender que a unidade de Deus e o do Guru é somente no sentido de que o Guru é um representante de Deus. Eles deixam de adorar a Deidade de Krsna para adorar a Deidade do Guru. Eles somente cantam "Krsna" porque o Guru é Krsna.
Ora, quando na ISKCON alguns devotos quizeram introduzir este conceito, Srila Prabhupada ficou muito incomodado com isto.
Existe um paralelo semelhante no Cristianismo em relação a este desvio.
O conceito da Trindade Cristã como apregoado pela Igreja Católica, Igreja Ortodoxa e outras vertentes cristãs trinitárias é talvez um dos maiores desvios dentro do Cristianismo.
Em contrapartida existem algumas vertentes cristãs que são contra este conceito trinitário de que o Pai, Filho e Espírito Santo são o mesmo, conhecidos como Unitaristas. Também os Muçulmanos e Judeus são fervorosamente contra o conceito Trinitário.
"Na filosofia Acintya Bhedabheda do Senhor Caitanya, o Guru é conhecido como não sendo diferente de Deus, mas isto não significa que ele é identico a Deus em todos os aspectos." (SS Suhotra Tapovanacari)
Os cristãos trinitários não conseguem acompanhar a filosofia do Senhor Caitanya.
Agora, uma pessoa que sinceramente siga os ensinamentos originais de Jesus Cristo certamente irá alcançar amor à Deus em Dasya Rasa. Mas o grande problema é encontrar uma Instituição Cristã que esteja a seguir fielmente estes ensinamentos.
Da "Ciência da Auto Realização":
Tenente Mozee: Há muitas organizações cristãs nos Estados Unidos que dão a sagrada comunhão. Porque isto não funciona? Porque isto não está purificando o coração?
Srila Prabhupada: Falando francamente, eu acho difícil encontrar uma única pessoa que seja realmente cristã. Os assim chamados cristãos não obedecem à ordem da Bíblia...."
Quanto à sexualidade no mundo espiritual, essa não é exatamente como no plano material, sendo um fato que as manjaris não têm este tipo de relacionamento com Krsna, visto que são meninas muito novas, embora a relação delas com Krsna seja considerada madhurya.
As Manjaris são auxiliares muito novinhas das Gopis. Como as Gopis estão em Parakiya Bhava considera-se que as Manjaris também estejam, embora não tenham contacto directo.
Outro ponto é que madhurya não se limita à relação de Krsna com as jivas, mas é experimentada principalmente por Krsna com Radha, Rukmini, etc., que são svamsa, não vibhinansa.
As expansões Vibhinamsa (entidades vivas) seguem os passos e servem as Gopis associadas íntimas (Svamsa) de Krsna e todos desfrutam de Madhurya Rasa
Portanto, neste sentido, o conceito de madhurya, de Deus ser parte de uma relação de amor conjugal, existe em muitas religiões, mesmo que de forma menos elaborada e detalhada.
Eu diria que os seguidores de muitas religiões manifestam o desejo de ter este relacionamento porque isto é a ocupação natural da entidade viva espiritual, mas por falta de um processo e informação adequados nestas muitas religiões , tais seguidores não conseguem desenvolver este relacionamento amoroso com Deus.
Parakiya-rasa, no entanto, a relação com Deus como amante, parece ser conceito exclusivo da nossa linha.
Sem dúvida nenhuma. Sri Caitanya Mahaprabhu Ki Jaya !!!
seu servo
Advaya dasa
Vosso servo
Prahladesh Dasa

Estimado Advaya Prabhu, Hare Krsna !!!
Srila Prabhupada Ki Jaya !!!
Muito obrigado.

Caro prabhu Prahladesh

Um estudo mais profundo poderá ser feito quanto aos indícios de madhurya em outras religiões.

É um tema bem amplo que não pode se esgotar neste ambiente rápido de um fórum.

Considero precária a afirmação de que em outras religiões não seja possível realizar uma relação de madhurya com Deus, visto que muitas delas têm uma parte popular e uma esotérica, como é o caso do cristianismo, e que mesmo na nossa sampradaya, embora tenhamos um conhecimento preliminar, não somos estimulados pelos acaryas a nos aprofundar demasiadamente na intimidade dos relacionamentos conjugais de Krsna.

Madhurya é meramente um sentimento de amor conjugal.

Direccionado à Krsna.

Portanto também não encontro base sólida para afirmar que uma pessoa não possa ter este sentimento em relação ao guru, pois na cultura védica a esposa era educada a ter seu esposo como seu único guru. Temos também o exemplo e Parvati, discípula e esposa de Siva, e muitos outros.

Quando nos referimos as Rasas (Santa, Dasya, Sakhya, Vatsalya e Madhurya) sempre nos referimos a Krsna como o objecto onde o amor do devoto(a) é depositado.

No mundo espiritual Nanda Maharaja e Yasoda Mayi são casados e são os pais de Krsna, mas no "Néctar da Devoção", capítulo 43 Paternidade (Maternidade) não existe uma única declaração sobre a relação conjugal entre ambos. Isto porque eles estão plenamente absortos no amor deles em Vatsalya Rasa por Krsna. Rasaraja Sri Krsna é o centro no mundo espiritual e todos desfrutam porque servem Krsna e não a si mesmos.

Mãe Yasoda falava a Nanda Maharaja: "Veja o meu querido filho, cujos olhos são brancos, que usa um turbante na cabeça, um manto sobre o corpo e sininhos de perna que tilintam muito docemente em Seus pés. Ele está se aproximando juntamente com Seus bezerros Surabhi, e veja só como ele vagueia pela sagrada terra de Vrndavana !"

Da mesma forma Maharaja Nanda falava a sua esposa:"Minha querida Yasoda, dê só uma olhada no seu filho, Krsna! Veja o lustre enegrecido do seu corpo, seus olhos tingidos com cor vermelha, Seu peito largo e Seu belo colar de ouro! Que aspecto maravilhoso Ele tem, e como está aumentando cada vez mais a minha bem-aventurança transcedental!"

Madhurya Rasa e todas as Rasas tem sempre Rasaraja Sri Krsna como centro.

Creio que o assunto causava incômodo a Prabhupada porque ele atuava externamente como um sannyasi e porque este tema sempre foi tratado por ele de forma reservada, tendo se limitado a nos dar uma visão geral sobre o assunto.

Nós não entramos nos detalhes de Madhurya Rasa e penso que nem vamos entrar.

Parece que, por enquanto, temos consenso sobre a exclusividade do vaishnavismo sobre parakyia-madhurya-rasa em relação com Deus.

Aonde alguns vêem antagonismo, sinceramente eu não vejo. Penso que tanto neste tópico como em muitos outros o consenso é geral entre os devotos. São diferentes realizações e formas de tratar o mesmo assunto. Eu aqui aprendo e inspiro-me muito com os Vaisnavas e espero contribuir da melhor forma possível.

............

Cabe observar que Prabhupada relaciona a Trindade cristã da seguinte forma: Visnu (Pai), jiva (Filho) e Paramatma (Espírito Santo). Assim, o conceito de trindade não é incompatível com a filosofia vaisnava, pois Jesus demonstrou em uma de suas frases "Aquele que vê a mim, vê o Pai") que o princípio da simultânea igualdade e diferença está presente neste conceito.

O conceito de unidade e trindade também está representado nos três aspectos da Divindade (Brahman, Paramatma e Bhagavan) e nos três aspectos de Bhagavan (sat-cit-ananda), representados por Balarama, Krsna e Radha.

Para ilustrar, segue a tradução de um trecho de uma carta de Prabhupada para Sivananda Prabhu, em

http://www.prabhupada1968.com/2004_04_18_archive.html

"Com respeito à Trindade Crista, acredito que é denominada Deus, o Espírito Santo e o filho. As pessoa na consciência de Krsna aceitam isso pelos nomes de Visnu, Paramatma e Jiva. Deus é Pessoa, o espírito santo ou a superalma é uma pessoa e a entidad viva também é uma pessoa".

Continuando, Prabhupada fala de Maria:

"Por outro lado, Maria representa a energia de Deus. Seja como a energia interna, Radharani, seja como a energia externa, Durga, a energia divina pode ser considerada a mãe de todas as entidades vivas". (Carta a Sivananda).

Assim, Prabhupada demonstra que a teologia trinitarista não é incompatível com a teologia védica, sendo a diferença apenas a forma de apresentação em razão do público, como Prabhupada prossegue na mesma carta:

"Não existe uma cisão entre a Bíblia e os Vedas; mas algumas pessoas formularam suas próprias idéias e causam desavenças. Ninguém pode dizer que a Bíblia dirige-se à mesma classe de homens que o Bhagavad-gita. E o Bhagavad-gita é o ABC do conhecimento espiritual. Além dele está o Srimad-Bhagavatam. Ninguém pode conceber a grandeza do Srimad-Bhagavatam. E além dele está o Caitanya Caritamrta. Mas começando da Bíblia ou do Alcorão, o princípio é o mesmo. Assim como começar de um dicionário de bolso..."

Sim o conceito da trindade cristã como apresentado por Srila Prabhupada é perfeitamente compatível com a filosofia Vaisnava.

Srila Prabhupada explica Visnu-Tattva (Pai), Jiva Tattva (filho) e Paramatma (Espírito Santo). Perfeito.

No entanto, esta não é a forma como os Cristãos trinitaristas católicos, ortodoxos e outros apresentam a trindade.

De acordo com eles, Visnu Tattva (Pai) e Jiva Tattva (filho) estão no mesmo nível.

Ora, nós sabemos que esta apresentação é completamente contrária à Teologia Vaisnava.

Espero que com esta ilustração seja dirimida qualquer tentativa de criar um abismo entre os ensinamentos da Bíblia e do Alcorão e dos Vedas, como ensina Prabhupada e como demonstrou Mahaprabhu ao se entrevistar com o Chand Kazi.

Não existe nenhum abismo entre os ensinamentos originais da Bíblia e do Alcorão com os Vedas.

Mas existe um enorme abismo entre os ensinamentos actuais da Bíblia e Alcorão deturpados e desvirtuados e os Vedas.

Nós seremos as primeiras pessoas a incentivar alguém que queira seguir os ensinamentos originais cristãos e muçulmanos assim como Prabhupada o fazia.

Mas também somos obrigados a alertar sobre uma série de desvirtuamentos Teológicos da cristandade moderna como Prabhupada também o fazia.

Ou seja, Prabhupada dizia que se você quizer ser um cristão, não há problema, mas seja um bom cristão.

Não coma carne e nem siga o conceito trinitário desvirtuado como apresentado por diferentes e influentes vertentes cristãs.

Ofereça seu alimento a Deus e não confunda Visnu Tattva com Jiva Tattva e assim seja um bom cristão.

É mais uma questão de visão sintética e visão analitica do mesmo objeto, o Absoluto.

Um bom cristão vai voltar para Krsna.

Um bom muçulmano vai voltar para Krsna.

Um bom Gaudiya Vaisnava vai voltar para Krsna.

seu servo

Advaya dasa
Vosso servo
Prahladesh Dasa

É interesante que quando o debate sobre este tema começou tinha acabado de
falar com Yadunandana Swami sobre São João da Cruz, que se dirigia a Deus
como um amante. Não a Jesus Cristo mas a Deus.
Os seus escritos sobre este tema não são compreendidos pelos estudiosos de
São João da Cruz.
Assim como na Nimbarka sampradaya aceita-se a relação conjugal com Krsna,
apesar dos cabeças da sampradaya seres os quatro Kumaras, devotos em santa
rasa, de igual modo apesar de Jesus Cristo enfatizar a dasya-rasa podem
existir nessa mesma tradição devotos que têm uma relação com Deus em
madhurya-rasa. Esta é a minha observação e conto com a ajuda dos eruditos
para falarem sobre o tema mais profundamente.
Vs Nityananda das


Estimado Nityananda Prabhu, Hare Krsna !!!
Srila Prabhupada Ki Jaya !!!

Muito obrigado.

Nada melhor do que ouvirmos alguém fortemente inserido na sua própria tradição.

Pela Irmã Seraphim Boyce:

"A completa união da alma com a Trindade é chamada Matrimônio Místico. Matrimônio Místico significa que o Santo, o Deus Trino, une a alma a Si, em perfeita fusão, enquanto a "esposa" conserva perfeita individualidade e livre arbítrio.
Em si mesma, a graça do Segundo Pentecostes (vinda do Espírito Santo) não é nova. A única razão pela qual ela é considerada sem igual em nossa era é a universalidade de sua vinda. Do mesmo modo, a divinização de indivíduos não é novidade. Alguns dos primeiros escritores cristãos escreveram sobre ela e a Igreja Ortodoxa conservou o uso da palavra, bem como a espiritualidade do arrependimento e da divinização, santidade e santo pesar. Na Igreja Católica nos foi transmitido o nome Matrimônio Místico para o estado de divinização, por isso somos mais familiarizados com essa terminologia no Ocidente.

São João da Cruz também escreve, com relação ao Matrimônio Místico, em "Cântico Espiritual": "É, sem comparação alguma, muito mais elevada esta união do matrimônio do que a do desposório [equivale ao "noivado"] espiritual. Trata-se de uma transformação total no Amado; nela se entregam ambas as partes por inteira posse de uma a outra, com certa consumação de união de amor, em que a alma é feita toda divina, e se torna Deus por participação, tanto quanto é possível nesta vida. Por isso, penso, jamais a alma chega a esse estado sem que esteja confirmada em graça, porque nele se confirma a fidelidade de ambas as partes, e, conseqüentemente, a de Deus na alma."

Madre Verônica do Coração de Jesus, fundadora das Irmãs Vítimas do Sagrado Coração: "A forma mais perfeita de sua união era um tipo de co-incorporação de todo o seu ser pela Divindade, de modo que ela sentia o próprio Deus pensar, falar e agir nela e tornar-se a razão de todos os seus movimentos"
Podemos ver claramente que a teose nos prepara para o matrimônio místico. (Teose significa pedir conscientemente a Jesus que realize todas as ações em nós e por meio de nós).
A divinização e o Matrimônio Místico não são possíveis sem o pleno conhecimento e arrependimento de tudo o que é pecado em nós, ainda que estejamos vivendo uma vida aparentemente boa.

Vinde, Espírito Santo, vinde pela poderosa intercessão
do Imaculado Coração de Maria, Vossa amadíssima Esposa.
O Espírito e a Esposa dizem "Vinde".
Amém.
Vinde, Senhor Jesus."

O Matrimônio Místico não é o equivalente a relação conjugal em Madhurya Rasa, mas simplesmente a união indissolúvel da alma com a Trindade. É simplesmente um estado de divinização. É chamado Matrimônio Místico porque é a celebração de uma união divina reverencial do místico com a Trindade. Assim como a união num matrimônio entre duas pessoas que não pode ser desfeito.
Os místicos cristãos aproximam-se e "unem-se" a Trindade com muita reverência e suplicam:
"Meu amado, deixa-me servir-te"

Não encontramos em nenhuma parte dos escritos de São João da Cruz ou qualquer outro místico cristão a descrição de um relacionamento conjugal com Deus ou com a trindade.
Quando o místico cristão refere-se a si mesmo como "esposa", isto simplesmente indica um forte sentimento de união à Deus ou à trindade em serviço amoroso reverencial. A "esposa" que serve e está fortemente unida ao "esposo".

Ora, existem dois tipos de Prema Bhakti.

Do estudo dirigido do "Néctar da Devoçâo" pelo VIHE (Instituto Vaisnava de Estudos Superiores), revisão 15:
"Quando este Bhava suaviza completamente o coração, e a alma fica dotada de um sentimento de possessividade em relação ao Senhor e este sentimento torna-se condensado e intensificado, isto é chamado pelos entendidos de Prema (amor à Deus)." (CC Madhya 23.7)

Tecnicamente, existem dois tipos de Prema Bhakti:

1 - Mahatmya Jnana Prema
2 - Kevala Prema

Mahatmya Jnana Prema significa "Prema baseada no conhecimento das opulências do Senhor", e é vivenciada num humor de grande respeito e reverência.

Este tipo de Bhava somente é atingido através de Vaidhi Sadhana Bhakti.

Kevala Prema significa "Prema sem mistura com as opulências do Senhor", e é vivenciada num humor mais íntimo.

Este tipo de Bhava somente é atingido através de Raganuga Sadhana Bhakti."

Os místicos cristãos suavizam o seu coração com Bhava através de Vaidhi Bhakti e servem reverencialmente o seu amado.

Os Gaudiya Vaisnavas suavizam o seu coração com Bhava através de Raganuga Bhakti e servem intimamente o seu amado.

Esperando sempre contribuir
vosso servo
Prahladesh Dasa

Requisitos Devocionais

Alguém torna-se devoto porque é vegetariano, ou porque é devoto torna-se vegetariano?
Srila Prabhupada no "Néctar da Devoção", Capítulo 14 - Requisitos Devocionais esclarece:
"Aqueles que estão praticando intencionalmente para ser vegetarianos ou tornar-se não violentos, podem ter boas qualificações segundo uma opinião material, mas estas qualificações não são suficientes para torná-los devotos. Um vegetariano não é necessariamente um devoto , tampouco é uma pessoa não violenta. Mas um devoto é automaticamente tanto vegetariano quanto não violento. Assim, somos levados a concluir que a causa da devoção não é o vegetarianismo, nem a não violência."
Aqui Srila Prabhupada explica que um vegetariano nem sempre será um devoto. Existem vegetarianos que são ateus. Curiosamente também existem aqueles que professam uma religião e comem carne.
Também explica que um vegetariano nem sempre será compassivo e não violento. Existem vegetarianos que são bem agressivos.
No entanto, Srila Prabhupada explica que um devoto automaticamente é vegetariano, é compassivo e está dedicado a servir à Deus e que tudo isto junto somente é possível para a pessoa que se dedica ao serviço devocional à Krsna.

Vosso servo
Prahladesh Dasa


Querido Nityananda Prabhu, por favor, aceite minhas reverências.
Srila Prabhupada Ki Jaya !!!
Muito obrigado.
Srimad Bhagavatam 3.25.21
"Os sintomas de um Sadhu é que ele é tolerante, misericordioso e amigo de todas as entidades vivas. Ele não tem inimigos, é pacífico e abriga-se nas escrituras, e assim todas as suas características são sublimes."
No significado deste verso Srila Prabhupada fala sobre os transtornos que até mesmo um Sadhu as vezes passa. O significado de Srila Prabhupada é bastante esclarecedor e merece ser cuidadosamente estudado.
Um devoto(a) nunca se compromete e apresenta a conclusão dos Sastras e dos Acaryas de uma forma amável, mansa e educada.
Mas mesmo apresentando de uma forma amável, mansa e educada nem sempre todos sentir-se-ão agradados.
Somente um exemplo entre outros, em 9 de Julho de 1975 em Chicago, apesar de Srila Prabhupada apresentar a conclusão dos Sastras de uma forma mansa e dócil, uma repórter abruptamente abandona a conversa notadamente desagradada e a discordar de tudo o que tinha sido dito: (No link abaixo)
http://prabhupadabooks.com/index.php?g=163128

Vosso servo
Prahladesh Dasa

Jay Prahladesh prabhu, Hare Krsna!

O Néctar da Devoção é um livro maravilhoso e uma referência para todos os
devotos da ISKCON.

Existem seis caracteristicas do serviço devocional puro e a segunda é
SHUBADA. A vida do devoto torna-se auspiciosa. Uma das caracteristicas de
auspiciosidade é que o devoto adquire boas qualidades, como se menciona no
Srimad-Bhagavatam (5.18.12). Outra caracteristica é que ele é querido por
todas as entidades vivas e todas as entidades vivas gostam dele. Em relação
com este tema existe um incidente com Srila Prabhupada, penso que em Mombay,
onde Srila Prabhupada está a lidar com diferentes pessoas e consegue
satisfazer a todos eles com as suas palavras amáveis e comportamento. Quando
os convidados sairam, um devoto comentou a Srila Prabhupada: "Srila
Prabhupada, todos gostam de você." ao que Srila Prabhupada respondeu, "Sim,
porque eu gosto de todos."

Vs Nityananda das

Jay Prahladesh Prabhu!
Minhas sinceras reverências pela tua actuação aqui nestes fóruns.

Yudhistira Maharaja era chamado Ajata-shatru, ou aquele que nunca teve
inimigos na sua vida mas ainda assim teve que lutar com o bando oposto na
Batalha de Kurukshetra. Então os outros, do outro bando, eram ou não
inimigos de Maharaja Yudhistira?

Quando perguntado por Maharaja Pariksit no 1o canto cap.17, sobre quem tinha
sido o causador da sua situação dificil, o touro, a personalidade da
religião, não apontou ninguém como inimigo.

Nas orações aos seis Gosvamis eles são glorificados como sendo populares
entre os gentis e rufias, porque não eram invejosos.

Um inimigo é aquela pessoa que nos quer o mal. Se reagimos com a compreensão
que ela nos está a fazer mal então ela está a actuar como inimigo mas se nós
pensamos que na verdade essa pessoa está a ser bondosa para connosco, que
está a ser um agente nas mãos de Sri Krsna, o nosso "personal traineur"
eterno, para que possamos expiar dos nossos mal-feitos passados e damos
graças a essa pessoa ou circunstância, e damos graças a Deus por nos ter
dado só uma amostra daquilo que realmente merecíamos sofrer( ta te nukampam
su-samiksmano SB 10.14.8) então qual a possibilidade de alguém actuar como
nosso antagonista?

Para aquele que não identifica o perpetrador do mal como o causador das suas
dificuldades está correctamente situado. Agora, isto é uma situação muito
elevada a que devemos aspirar mas que muitos de nós ainda não estamos nesse
nível.

Isso não quer dizer que o administrador não tenha que identificar o causador
e castigá-lo. Essa é outra situação. Só estou a mencionar o ideal de
actuação de uma pessoa santa. O ideal de pessoa santa pode ser observado no
comportamento de Srila Prabhupada.

Seguro que haverá erros nesta exposição, pelas quais peço desculpas e aceito
as devidas correções.

Vs Nityananda das

Caro Nityananda Prabhu, Hare Krsna !!!
Muito obrigado pelas suas palavras. Gostei imenso. Sem dúvida este é um conceito muito elevado de considerar aqueles que nos fazem mal não como inimigos mas como agentes nas mãos de Krsna.
Em relação a Srila Prabhupada, como é um devoto puro do Senhor tem em si todas as boas qualidades, entre elas que é Santah (pacífico) e Sadhavah (abriga-se nas escrituras).
Mais uma vez muito agradecido.
Sankirtana Yajna Ki Jaya !!!
Seu servo
Prahladesh Dasa






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