हरे कृष्ण हरे कृष्ण कृष्ण कृष्ण हरे हरे || हरे राम हरे राम राम राम हरे हरे

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segunda-feira, 30 de março de 2009

Idolatria

 Srila Prabhupada e a Idolatria

Aula de Srila Prabhupada em 11/01/75 em Bombaim

"Man-mana bhava mad-bhakto mad-yaji mam namaskuru [Bg. 18,65]. Então isto é muito natural. Esta adoração no Templo tem este propósito. Na verdade, quando vemos a Deidade, imediatamente nossa mente tornar-se consciente de Krsna. Pelo menos, pensamos em Krsna: "Aqui está Krsna." Então, isto é man-mana. Cantar também, cantar é man-mana, Krsna-mana. Desta forma você se torna bhakta. Regularmente por cantar, você se torna bhakta. Sem se tornar bhakta, ninguém pode cantar. Então, man-mana bhava mad-bhakto mad-yaji.

E adorar a Deidade. A Deidade veio muito gentilmente para aceitar o nosso serviço. Você veste Krsna, apenas banha Krsna, decora-O com ornamentos, com guirlanda de flores, com coisas boas. Então, Ele está pronto. Assim como uma criança está pronta para aceitar o serviço da mãe. A mãe da criança veste-a muito bem, e a criança aceita. Então Krsna é tão gentil ... Você não pode capturar Krsna em Sua Virad-Murti. Você somente pode capturar Krsna com sua capacidade. Então Krsna concordou. Portanto, aproveite esta oportunidade. Man-mana bhava mad-bhakto mad-yaji. Adore-O.

Porque relutar? Não é difícil, e nem é preciso dispender muito dinheiro. E desta forma, se você segue o processo, então o seu bhava, a sua natureza, serão alterados. Você vai se tornar um devoto completo. Então, no momento da morte, se você puder manter este bhava, bhava consciente de Krsna... O bhava é a perfeição. Bhava é atingido após muita prática de serviço devocional.  adau sradha, tatah sadhu sangha 'tha bhajana-kriya, tato anartha nivriti, syat tato nistha, ruchis tatah atha saktis tato bhava[Cc. Madhya 23,14-15]. Asakti, quando há asakti, atração, atração ... Agora, recentemente, recebi uma carta. Um rapazinho, ele estava ocupado em adorar a Deidade em nosso centro de Hyderabad, e ele foi transferido para Madras. Então, ele ficou muito transtornado.

Ele quer voltar. Ele não podia ficar lá sem servir. Ele escreveu-me uma carta. Então isso é bhava. Ele não pode ficar sem adorar a Deidade. Esta fase vem. Você simplesmente tem que adotá-la. Tato bhava. Tato 'nartha-nivrit  syat. Anartha. Anartha significa que estamos acostumados a esta condição material de vida, tantos anarthas. Assim como existem tantas pessoas, elas vão ao cinema, à noite. Mas aqueles que alcançaram bhava, seu anartha nivriti já está feito. Ele ja não tem mais atracção por cinema. Ele esta atraído, bhava, a adorar a Deidade.

Isto chama-se bhava. Este bhava significa Prema. Só de pensar em Krsna, servir Krsna, simplesmente ocupado no serviço a Krsna, esta é a perfeição da vida. E se pudermos manter este bhava, esta mentalidade e, em seguida, yad yad vapI smaran loke tyajaty ante kalevaram, e no momento da morte, se este bhava é mantido, isto é samsiddhim param gatah. Essa é a mais elevada perfeição da vida. Esta é a pratica da Consciência de Krsna,  Consciência de Krsna. Nós estamos a tentar ... Não estamos somente a tentar dar aos outros. Estamos a tentar também para nós mesmos, como obter este bhava. Essa é a perfeição da vida."

Srila Prabhupada escreve no Sri Caitanya Caritamrta que:

"Porque os elementos materiais são energia do próprio Senhor e, porque não há diferença entre a energia e o energético, o Senhor pode aparecer através de qualquer elemento. Assim como o Sol pode agir através dos raios do Sol e, assim, distribuir o seu calor e luz, para Krishna, por Sua potência inconcebível, pode aparecer em Sua forma original espiritual, em qualquer elemento material, incluindo a pedra, madeira, tinta, ouro, prata e jóias, porque os elementos materiais são todos Sua energia. As Escrituras advertem que não devemos pensar que a Deidade dentro do Templo é de pedra, madeira ou qualquer outro elemento material ".

Srila Bhaktivinoda Thakura e a Idolatria

Do livro "A Vida e Ensinamentos de Sri Caitanya Mahaprabhu":
"Eles dizem, 'É idolatria ao culto de Sri-Murti. Eles dizem, Sri Murti é um ídolo feito por um artista e introduzido por um outro que não o próprio Satanás. Adorando esse objeto iremos despertar o ciúme de Deus e limitar a sua onipotência, onisciência , e onipresença!

Para isso, respondemos,

"Irmãos! Sinceramente compreendam a questão e não permitam ser enganados por dogmas sectáros. Deus não é ciumento, pois Ele é um sem segundo. Satanás não é mais do que um objeto da imaginação ou o sujeito de uma alegoria. Um ser alegórico ou imaginário não deve ser autorizado a agir como um obstáculo ao desenvolvimento da nossa relação amorosa com Deus. "

Fim da citação.

Aqui, Srila Bhaktivinoda Thakur coloca um ponto muito interessante.
Ironicamente, aqueles que acusam a adoração da Deidade de Idolatria são aqueles que não tem uma idéia muito clara de Deus mas uma concepção muito bem definida alegoricamente de Lúcifer.

Srila Bhaktivinoda Thakura continua a explicar:
"Aqueles que dizem que Deus não tem nenhuma forma, seja material ou espiritual, e, ao mesmo tempo imaginam uma falsa forma de culto são certamente idólatras, mas quem vê a forma espiritual da Deidade com os olhos da alma, absorvem-se nesta impressão e, em seguida, criam uma moldura emblemática para a satisfação do olho material para um estudo contínuo de um sentimento elevado, não são de modo algum idólatras. Ao ver a Sri-Murti, nem sequer veja a imagem em si, mas veja o modelo espiritual da imagem e você será um Teísta puro. Idolatria e a adoração à Sri Murti são duas coisas diferentes! "

Fim da citação. 

Sri Caitanya Mahaprabhu deu muita ênfase a cinco actividades:
O cantar de Hare Krsna como actividade principal, a adoração à Deidade, a associação com os devotos, residir no Dhama e ouvir o Srimad Bhagavatam.

E assim, Srila Bhaktivinoda mostra a importância da adoração à Deidade:
"Para dizer a verdade, a adoração à Sri-Murti (Deidade), é a verdadeira adoração à Divindade, sem a qual não é possível cultivar suficientemente o seu sentimento religioso.

O mundo atrai você através de seus sentidos, e enquanto você não vê Deus nos objetos de seus sentidos, você vive em uma posição embaraçosa, que praticamente não permite que você encontre elevação espiritual. Coloque uma Sri-Murti em sua casa. Considere que Deus Todo Poderoso é o guardião da casa.

Ofereça comida para Ele e tome isto como Sua prasada (misericórdia). Flores e perfumes também devem ser oferecido a Ele e aceitos como prasada. Os olhos, ouvidos, nariz, pele e língua têm todos uma cultura espiritual. Você faz isso com um coração limpo e Deus vai conhecê-lo e julgá-lo pela sua sinceridade. Se a divina compaixão, amor e justiça podem ser retratados pelo lápis e expressos por um cinzel, então por que razão a beleza pessoal da Divindade não poderia ser retratada na poesia ou na imagem ou expressa pelo cinzel para o benefício do homem ? " 

Fim da citação.

Jaya Radha Krsna Giti

As Deidades adoráveis de cada Acarya:

jaya radha-madhava radha-madhava radhe

Jayadever prana-dhana he (1)

Todas as glórias a Radha e Madhava, o tesouro do coração de Jayadeva Gosvami.

jaya radha-madana-gopal radha-madana-gopal radhe
sita-nather prana-dhana he (2)

Todas as glórias a Radha e Madana-gopala, o tesouro do coração de Sri Advaita Acarya.

jaya radha-govinda radha-govinda radhe
rupa goswamir prana-dhana he (3)

Todas as glórias a Radha e Govinda, o tesouro do coração de Srila Rupa Gosvami .

jaya radha-madana-mohan radha-madana-mohana radhe
sanataner prana-dhana he (4)

Todas as glórias a Radha e Madana-mohana, o tesouro do coração de Srila Sanatana Gosvami.

jaya radha-gopinatha radha-gopinatha radhe
madhu panditer prana-dhana he (5)

Todas as glórias a Radha e Gopinatha, os tesouro do coração de Madhu Pandita.

jaya radha-damodara radha-damodara radhe
jiv goswamir prana-dhana he (6)

Todas as glórias a Radha e Damodara, o tesouro do coração de Srila Jiva Gosvami.

jaya radha-ramana radha-ramana radhe
gopal bhatter prana-dhana he (7)

Todas as glórias a Radha-ramana, o tesouro do coração de Srila Gopala Bhatta Gosvami.

jaya radha-vinoda radha-vinoda radhe
lokanather prana-dhana he (8)

Todas as glórias a Radha-Vinoda, o tesouro do coração de Srila Lokanatha Gosvami.

jaya radha-gokulananda radha-gokulananda radhe
viswanather prana-dhana he (9)

Todas as glórias a Radha e Gokulananda, o tesouro do coração de Srila Visvanatha Cakravarti Thakura.

jaya radha-giridhari radha-giridhari radhe
das goswamir prana-dhana he (10)

Todas as glórias a Radha e Giridhari, o tesouro do coração de Srila Raghunatha das Gosvami.

jaya radha-syamasundara radha-syamasundara radhe
syamanander prana-dhana he (11)

Todas as glórias a Radha e Syamasundara, o tesouro do coração de Srila Syamananda Gosvami.


jaya radha-banka-bihari radha-banka-bihari-radhe
haridaser prana-dhana he (12)

Todas as glórias a Radha e Banka Bihari, o tesouro do coração de Haridas Swami.

jaya radha-kanta radha-kanta radhe
vakreswarer prana-dhana he (13)

Todas as glórias a Radha-kanta, o tesouro do coração de Vakresvara pandita.

jaya gandharvika-giridhari gandarvika-giridhari radhe
saraswatir prana-dhana he (14)

Todas as glórias a Gandarvika e Giridhari, o tesouro do coração de Srila Bhaktisiddhanta Sarasvati Thakura.


Colocação muito interessante de Jaya Tirtha Caran Prabhu:
"Se Krsna está em todo o lado, mesmo dentro de nossos corações que são como pedras, então por que não na forma da Deidade?"

Vosso servo
Prahladesh Dasa Adhikari

Artigo de Bhuvana Mohan Prabhu

Antes de tudo é bom saber o que significam os termos "ídolo", "idolatria" e "deidade".

Conforme o dicionário Aurélio:

             Ídolo é:  "1 – uma estátua ou simples objeto cultuado como deus ou deusa e 2 – objeto no qual se julga habitar um espírito, e por isso venerado."

             Idolatria é: "1 – culto prestado a ídolos e 2 – amor ou paixão exagerada."

             Deidade é: "divindade – pessoa ou coisa que se admira e venera."

Em seguida, é preciso definir Krishna.  As escrituras sagradas e milenares da Índia afirmam que krsnastu bhagavan svayam e isvara parama krsna.

Isso significa que o veredito dos santos sábios de antanho foi de que Krishna é a Suprema Personalidade de Deus (bhagavan) e que Ele é o controlador supremo (isvara parama).  Assim, por definição, quando disser o nome de Krishna estarei me referindo à Pessoa Suprema, Deus. Sendo Absoluto, Deus é idêntico à Sua forma, nomes e qualidades, ou seja Ele é a Sua forma, diferentemente de nós, almas condicionadas, que somos diferentes de nossos corpos físicos.

Por exemplo, quando eu penso em você, em seu nome em sua forma não estou contactando você; mas ao pensar em Krishna e lembrar de Sua forma azuada com a flauta, ou pronunciar o Seu Santo Nome estou contactando Deus. No plano espiritual não há diferença entre a idéia, a coisa mesma e seu nome ou forma.  Isso é que distingue o mundo espiritual do mundo material.

Atendo-nos a essas definições, entramos na análise do pensamento devocional (Vaishnava) por trás da adoração daquilo que os devotos puros de Krishna chamam de Deidades —a forma de Deus idêntica a Ele e habitada por Seu "espírito" e que deve ser admirada e venerada (conforme as definições 2 do Aurélio).

Entendo que a idolatria é criticável ao pretender criar qualquer imagem ou totem em pedra, metal ou madeira e considerar que esse "objeto material" é Deus.  Esse tipo de idolatria é sem dúvidas condenável por qualquer pessoa decente.

Enquanto que numa primeira olhada superficial enxergamos a Deidade como uma mera estátua confeccionada de madeira, mármore, metal etc.,  sendo adorada como se fosse Deus podemos afirmar que o que os autênticos devotos de Krishna fazem não é idolatria segundo a definição do Aurélio, ou seja: não prestam culto a ídolos.

Mas, o próprio Aurélio diz que, Deidade pode ser "uma pessoa que se admira e venera".  Então, no caminho da Bhakti-ioga, aprendemos a respeito da pessoa de Deus: aprendemos como é Sua Forma, Seu Jeito de Ser, Seu Mundo, Seus Amigos, atividades e pessoas e coisas que O amam "sobre todas as coisas".  Aí, descobrimos que, quanto mais soubermos a respeito dEle, mais o admiraremos e logo desenvolveremos atração, afeto, amor e veneração por Ele, por essa Sua forma, Seu jeito de ser, Seu mundo, tudo sobre Ele.

No mundo religioso, certas religiões (como é o caso do Cristianismo) ensinam seus seguidores que devem "amar a Deus sobre todas as coisas".  Mas isso cria uma dificuldade inicial: como amar alguém de quem não se sabe nada?  Podemos até saber a respeito de Jesus e considerar que o Pai Nosso que Está no Céu é igual a Jesus.  Mas não alcançamos amor ao Pai amando o filho: o Pai ficou excluído de qualquer relacionamento, porque nada sabemos sobre Ele.. O fato é que nada sabemos a respeito do Pai. Mas podemos conjecturar que, se o filho desperta a nossa admiração e veneração, imaginem o Pai!

Ao sermos educados no conhecimento das Escrituras Reveladas e milenares da Índia, obtemos muita informação a respeito de Deus, esse Pai nosso que está no céu, sobre Suas várias personalidades, relacionamentos e sobre Sua Suprema Personalidade que assume a Sua forma de Krishna.  A partir dessa informação, adentramos o processo de sermos atraídos por Ele.  Afinal, não é à toa que o nome Krishna significa o "todo-atraente".  Todo-atraente somente pode ser aplicado a Deus, pois Ele pode atrair todas as criaturas com Suas qualidades extraordinárias, pois Deus (o Pai) possui qualidades pessoais extremamente atraentes de beleza, charme, encanto, afeto, amor, inteligência, caráter, personalidade etc.

Assim, ao obter informação genuína e aprovada pelos santos e sábios há milênios a respeito da forma transcendental de Krishna, os devotos fazem uso da Arte como forma de manifestação divina dessa forma espiritual de Deus (não dá para fotografar Deus, mas é possível pintar ou esculpir Sua forma espiritual não-fotografável seguindo as descrições detalhadas e minuciosas feita pelos Santos que mantiveram um contato com Ele e narradas nas Escrituras Reveladas).

É desse modo que chegamos ao "ídolo" de Deus: Sua forma manifesta em alguma substância material para que o possamos ver e tocar com nossos sentidos físicos.  Mas esse "ídolo" ainda é apenas uma representação física da Divindade.  Adorar essa "estátua" seria idolatria, pois o que se adora na idolatria é a estátua e não a Divindade que o habita.

Mas onde se encontra a Divindade a ser adorada?  Precisamos encontrar a Divindade para poder adorá-la mesmo que seja dentro do ídolo —afinal, desejamos ser adoradores da Divindade e não apenas do ídolo —do espírito e não do corpo que o encobre.

A Divindade se manifesta através das Escrituras, dos Santos e do Guru —o Mestre Espiritual que revela a Personalidade Suprema de Deus e convida Deus a aceitar residir no "ídolo" para aceitar a nossa devoção.  Então, se tivermos a grande fortuna de adentrar este processo de devoção sob a orientação de um Guru genuíno, encontraremos não apenas a forma-ídolo de Deus mas a forma-Divindade de Deus.

O exemplo dado por meu Guru é o da caixa do Correio —aquelas caixas amarelas que o Correio instala em diversas partes da cidade. Se eu puser numa delas uma carta devidamente selada e endereçada, posso estar certo de que a carta será entregue.  Se, por outro lado, decidir fabricar uma caixa semelhante à do Correio e a instalar na frente de minha casa para minha conveniência, o resultado será que as correspondências que eu puser nessa caixa não chegarão ao destino, pois o fato é que essa minha caixa do Correio não está conectada nem autorizada pelo Correio Central e ninguém virá buscar a correspondência.

Do mesmo modo, de um lado temos a visão de que a Divindade é a estátua/ídolo que foi feita segundo as instruções das Escrituras e conectada ao centro pelo Guru e, do outro, o ídolo é apenas uma "imagem de semelhança" com a Divindade mas não possui  conexão ao "espírito" de Deus dentro dela para receber a nossa devoção e nossas oferendas.

Na tradição devocional da Índia diferencia-se a forma ídolo —murti— da divindade  —thakur, ou seja,  quando o devoto puro estabelece um ídolo para ser adorado, ela se converte em divindade.

Sabemos por definição que Deus se encontra em toda parte (é onipresente) na forma de Sua consciência e que tudo que percebemos flutua nessa consciência de Deus. Portanto, considerar que Ele não está em algum lugar é uma afirmativa infundada e ignorante.  Se Deus está em toda parte, porque Ele não estaria "dentro" do ídolo produzido segundo as descrições minuciosas das Escrituras? Por que Ele não reciprocaria com Seu devoto sincero e não viria aceitar a devoção de Seus devotos que o "instalaram" no altar para poder oferecer-Lhe sua devoção?  Há algo que Ele não possa fazer?  Também, por definição, Ele é onipotente. Por que então não tentamos perceber  Sua potência que Lhe permite entrar dentro do invólucro da murti?

Não é apenas a Deidade que possui a energia pessoal do Divino dentro de si quando convidado a entrar nela por Seu devoto puro.  A Terra Sagrada também é divinizada pelas preces sinceras de Seus devotos e Ele ainda penetra no âmago do coração de Seus devotos puros para instruir a humanidade através deles, de Seus Messias, Profetas, Gurus e Enviados. E Seus Santos Nomes também manifestam Sua onipotência purificadora divina ao ser cantado por Seus devotos puros.

Assim, há um oceano de diferença entre idolatria e adoração da Divindade, em que o devoto reconhece a presença de Deus em Sua forma Divina como foi revelada nas Escrituras.  A fé nas Escrituras é a base da devoção, pois Deus Se deu a conhecer através delas. 

Há de se reconhecer, no entanto, que existem escrituras para pessoas situadas em um estado de consciência primário, secundário e superior.  Aqueles que estão num estágio primário na compreensão dos ensinamentos de Deus consideram adorar a forma de Deus como idolatria, mas os devotos maduros sabem que tudo a respeito de Deus é adorável incluindo a Sua Forma e Seus Santos Nomes e, por isso são vistos adorando a forma e os nomes transcendentais de Deus que é imaterial —transcendental às substâncias que compõe este mundo.

Tudo que se relaciona a Deus é adorável, venerável e o devoto adora até mesmo a poeira do chão de Vraja que foi pisada pelos pés de lótus de Krishna, a água do sagrado e divino rio Yamuna porque nele Krishna Se banhou, a folha da Tulasi, pois Krishna não aceita oferendas de alimentos sem folhas de Tulasi, o aroma do incenso que foi oferecido a Krishna, as flores das guirlandas que enfeitaram o corpo de Krishna e as sobras dos alimentos que foram oferecidos a Krishna.  Tudo isso acabou sendo "krishnizado" pela devoção dos devotos puros que oferecem a Krishna tudo untado com o unguento do amor.

Não há nada de idólatra nessa que é a atividade devocional da alma liberta da escuridão da ignorância material que impede que percebamos o rosto sorridente de Krishna por trás da tela deste mundo material, como nos ensina Srila Guru Maharaj,

Assim, adorar a forma de Krishna no altar instalado por um devoto puro não é idolatria é a simples e pura devoção à forma de Deus, esteja ela num retrato, pôster, ou estátua.  O que se adora não é apenas o objeto mas a forma divina e o próprio divino que se instalou nele.

Contudo, recomendo que as pessoas que não conseguem compreender ou perceber que Deus está presente em Sua forma, ou em Seus Santos Nomes e Instruções Divinas, procurem associar-se com os devotos puros de KRishna para poder chegar a perceber que Deus e Sua forma são identicos.

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