Hare Krsna !!!
Muito obrigado.
Alguns pontos devem ser considerados.
1 - Este é um dos grandes perigos de descontextualizar os ensinamentos de Srila Prabhupada. É preciso analisar todos seus ensinamentos sobre um determinado tópico.
O artigo enviado por Bhagavan Prabhu demonstra exatamente isto:
"Apesar de suas críticas freqüentemente
bem-humoradas, e de suas condenações às vezes
gerais dos cientistas materialistas modernos, Prabhupada nos advertiu que qualquer tentativa nossa de pregar com base científica deveria ser feita com muita autoridade. Quando Alanatha,
um devoto europeu, disse-lhe de alguns planos de publicar uma revista na Suécia com artigos desafiando os cientistas materiais, Prabhupada o alertou: "Não escreva nenhuma besteira. O artigo deve ser muito sólido. De outra forma, você será combustível de risadas. A pessoa deve estar
confiante antes de desafiar outros. Em todos os estágios, ela deve ser capaz de defender-se dos elementos antagônicos.
Tudo bem o desafio feito dessa forma. Estamos certos de que a alma não pode ser manufaturada por meio de nenhuma combinação material. Podemos,
portanto, desafiar.. E podemos nos defender em qualquer estágio".
A Transcendental Diary - Volume 1, Capítulo II, página 93 - Tradução de Bhagavan dasa (DvS)
2 - Portanto, Srila Prabhupada não é contra a Ciência nem contra os cientistas, mas contra o facto de alguns cientistas negarem a existência da alma e de Deus.
Existem muitos cientistas religiosos e muitos religiosos cientistas.
Na verdade, o Movimento de Srila Prabhupada, através do Instituto Bhaktivedanta, une os esforços da Ciência material e Ciência espiritual para compreender algo que a Ciência material por ela mesma não consegue - a Consciência.
http://www.bvinst.edu/
E este é o grande dilema da Ciência, principalmente Biológica. Definir a "vida".
Ou seja,a vida não possui uma definição precisa e sim características específicas. algumas dessas características são:
-composição química específica
-estado físico característico
-capacidade de se reproduzir
-metabolismo
-mutabilidade
-irritabilidade
-movimentar-se
-interagir com o meio
-adaptar-se
-homeostase
-hereditariedade...
entre outras....
Ainda:
O Grupo de pesquisa em História, Filosofia e ensino de Ciências Biológicas aponta:
INVESTIGAÇÕES SOBRE O CONCEITO DE VIDA
DESCRIÇÃO DO PROJETO
"Este projeto trata do conceito de vida, que tem sido, de um modo geral, negligenciado como objeto de estudo nas ciências biológicas, como mostra o número reduzido de artigos publicados a este respeito ao longo de todo o século XX.
Contudo, Rizzotti (1996), por exemplo, considera o problema de definir vida o problema central da biologia teórica.
De fato, qualquer resposta à questão do que é esta ciência chamada Biologia deve envolver uma caracterização mais ou menos precisa de seu objeto de estudo mais geral: a vida.
Deve-se esperar, afinal, que uma ciência ofereça definições claras e consistentes para os conceitos que emprega. A pouca atenção dada ao problema de definir vida causa, então, espanto, por uma razão que não é possível ignorar: se a ciência deve ter clareza quanto aos conceitos que utiliza, por que isto não deveria aplicar-se a um conceito que denota o próprio objeto de todo um campo da investigação?
Se a Biologia é, de fato, uma ciência autônoma em relação à Química e à Física, ela deve ser capaz de caracterizar os sistemas que toma como seu objeto, diferenciando-os dos sistemas estudados por químicos e físicos.
Ou seja, deve ser possível apontar, de uma maneira clara e direta, um conjunto de razões para a distinção entre sistemas inanimados, estudados pela Química, Física, Geologia etc. e os sistemas vivos que são objeto da Biologia.
Não se pode ignorar, contudo, um dos motivos que levaram os biólogos a mostrarem-se, em geral, céticos em relação à possibilidade de definir-se de maneira clara o conceito de vida.
As tentativas de definir vida através de listas de propriedades, usualmente encontradas em livros didáticos de Biologia e também em trabalhos científicos, levaram a uma idéia de que esta é uma tarefa fadada ao insucesso, uma vez que não há como resolver-se o problema do número e do tipo de propriedades que devem ser incluídas numa lista de condições suficientes e necessárias para a vida.
Esta abordagem do problema, apoiada numa visão essencialista sobre as definições, pode ser superada, entretanto, assumindo-se uma visão alternativa, que reconhece a natureza paradigmática de qualquer definição (Emmeche and amp; El-Hani 2000).
Em um paradigma, os conceitos são definidos em termos de outros conceitos, ou seja, eles não adquirem significado por meio de uma relação entre o ato de construir um significado particular para um conceito e a realidade.
Definir um conceito como parte de um paradigma implica inseri-lo em uma rede de conceitos que se suportam mutuamente e conferem significado uns aos outros. Nesses termos, o problema de definir vida é visto numa perspectiva bastante diferente: trata-se de examinar paradigmas da Biologia de modo a verificar se é possível propor ou descobrir, em algum deles (ou em mais de um), uma definição para o termo 'vida'.
Esta tarefa foi realizada por Emmeche (1997), com o resultado de que pelo menos três definições de vida podem ser encontradas na biologia, nos paradigmas da biologia evolutiva neodarwinista, da teoria da autopoiese e da biossemiótica.
Neste projeto, os seguintes objetivos são perseguidos: (1) aprofundar a análise epistemológica do problema de definir 'vida', explorando a compreensão de como definições são construídas dentro de paradigmas científicos; (2) analisar como livros didáticos de Ciências e Biologia abordam o problema da definição de vida; (3) analisar a proposição de que a Terra é um ser vivo, na teoria Gaia, à luz de diferentes definições de vida; e (4) elaborar um perfil conceitual do conceito de vida."
Fim da citação.
E assim, todo este "esquema" de definir a vida por parte da Ciência Biológica "entra em colapso".
Artigo de SS Devamrta Svami em:
http://bhakti-tattva.blogspot.com/2007/10/equaes-matemticas-conscincia-alma_4526.html
