O seguidor de vaidhi-bhakti pode gradualmente desenvolver lobha (desejo interno) ou mesmo laulyam (avidez) por auferimentos mais elevados, e esse é o começo deraganuga-sadhana-bhakti. Tendo passado pelos níveis de sraddha (firme fé), sadhu-sanga (o desejo de se associar com devotos de mesma mentalidade), bhajana-kriya (o ponto de séria meditação e comprometimento, e frequentemente de iniciação), e anartha-nivrtti (a gradual extinção de hábitos pessoais indesejados), a pessoa pode atingir o estado de lobha ou laulyam no estágio de nistha, ou “transcendental estabilidade”. (Cf. Bhakti-sara-pradarsini 1.3.7, de Srila Visvanatha Cakravarti Thakura).
Quando o indivíduo experimenta semelhante desejo, ele faz bem em aproximar-se de seu mestre espiritual para pedir-lhe instruções pertinentes em relação a isso. Se alguém está realmente pronto, o guru apresentará informações específicas em relação ao siddha-deha, ou a forma perfeita do indivíduo no mundo espiritual.
O perigo, é claro, é para aqueles que ainda não estão prontos. Assim, na Índia, há preponderância de prakrita-sahajiyas, ou pessoas que tomam esses ensinamentos de maneira barata, fazendo imitações banais. É fácil enganar o público geral, mas o sujeito, deste modo, é privado dos benefícios da verdadeira vida espiritual. Naturalmente, o caminho seguro é vaidhi-sadhana-bhakti, indo além apenas quando se tem as bênçãos do guru. Mesmo então, deve ser uma prática feita em estrita confidência, haja vista que é, fundamentalmente, um processo esotérico e profundamente interno.
- Satyaraja Dasa, posfácio da obra Os Seis Gosvamis de Vrindavana