हरे कृष्ण हरे कृष्ण कृष्ण कृष्ण हरे हरे || हरे राम हरे राम राम राम हरे हरे

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segunda-feira, 11 de maio de 2009

Contribuições da Índia Antiga para a Cosmologia

A Cosmologia do Bhagavata Purana

Por: Richard L. Thompson
Traduzido por Maurício Correia de Mello

Uma Visão Geral

A mente humana naturalmente curiosa anseia compreender o universo e o lugar do homem nele. Hoje os cientistas dependem de telescópios potentes e sofisticados computadores para formular teorias cosmológicas. Em tempos antigos, as pessoas recebiam a informação de livros da sabedoria tradicional. Os seguidores da cultura antiga da Índia, por exemplo, aprendiam sobre o universo em escrituras como o Srimad-Bhagavatam, ou Bhagavata Purana. Mas a descrição do universo contida no Bhagavatam frequentemente desconcerta o moderno estudante da literatura védica. Aqui o cientista Dr. Richard Thompson, do Bhaktivedanta Instituto, sugere um quadro para a compreensão das descrições do Bhagavatam que combinam com as experiências e descobertas modernas.
Jambudvipa: O Srimad-Bhagavatam descreve que o universo está dentro de uma série de conchas esféricas que estão divididas em duas partes por uma terra plana chamada Bhu-mandala. Uma série de dvipas, ou "ilhas", e os oceanos compõem Bhu-mandala. No centro da Bhu-mandala encontra-se a “ilha” circular de Jambudvipa, cuja característica mais proeminente é o Monte Meru, em forma de cone. A ilustração principal aqui mostra uma visão mais próxima do Jambudvipa e na base do Monte Meru.

O Srimad Bhagavatam apresenta uma concepção geocêntrica do cosmos. À primeira vista a cosmologia parece estranha, mas um olhar mais atento revela que a cosmologia do Bhagavatam não só descreve o mundo de nossa experiência, mas que apresenta também uma muito maior e mais completa imagem cosmológica. Vou explicar. O modo de apresentação do Srimad-Bhagavatam é muito diferente da abordagem moderna que nos é familiar. Embora o Bhagavatam da "Terra" (em forma do disco Bhu-mandala) possa parecer irrealista, um estudo cuidadoso mostra que o Bhagavatam Bhu-mandala é utilizado para representar, pelo menos, quatro razoáveis e coerentes modelos: (1) um mapa do globo terrestre numa projeção polar, (2) um mapa do sistema solar (3), um mapa topográfico do centro-sul da Ásia, e (4) um mapa do reino celestial dos semideuses. Caitanya Mahaprabhu comentou, "Em cada verso do Srimad-Bhagavatam e em cada sílaba, existem vários significados." (Caitanya-caritamrita, Madhya 24.318) Isto parece ser verdadeiro, em especial, na seção cosmológica do Bhagavatam, e é interessante ver como podemos expor e esclarecer alguns dos significados tendo como referência a astronomia moderna.

Figura 1
Quando uma estrutura é utilizada para representar várias coisas em um mapa composto, pode haver aparentes contradições. Mas estas não causam problemas se nós entendemos a intenção subjacente. Podemos traçar um paralelo com pinturas medievais retratando várias partes de uma história em uma composição. Por exemplo, Masaccio, na pintura "Tributo em dinheiro" (Figura 1) mostra São Pedro em três partes de uma história bíblica. Vemo-lo recebendo uma moeda por um peixe, falando com Jesus e pagando um tributo a um coletor de impostos. A partir de uma perspectiva literal é contraditório ver São Pedro fazendo três coisas ao mesmo tempo. Porém cada fase da história bíblica faz sentido no seu próprio contexto.
Figura 2

Uma pintura similar da Índia (Figura 2) mostra três partes de uma história de Krishna. Essas pinturas contêm contradições aparentes, tais como imagens de um personagem em diferentes lugares, mas isso não incomodará uma pessoa que entenda a linha da história. O mesmo acontece com o Bhagavatam, que utiliza um modelo para representar diferentes características do cosmos.

O Bhagavatam à primeira vista

O Quinto Canto do Srimad-Bhagavatam fala de inumeráveis universos. Cada um está contido em uma concha esférica circundada por camadas de material elementar que marcam a fronteira entre o espaço mundano e o ilimitado mundo espiritual.
A região no interior da esfera (Figura 3) é chamada de Brahmanda, ou "Ovo Brahma ovo". Ela contém um disco da Terra ou um plano chamado Bhu-mandala que a divide em uma parte superior, a metade celestial e uma metade subterrânea, cheia de água. A Bhu-mandala está dividida em uma série de características geográficas, tradicionalmente chamada dvipas, ou "ilhas", varshas, ou "regiões", e os oceanos. No centro da Bhu-mandala (Figura 4) está a "ilha" circular de Jambudvipa, com nove subdivisões varsha. Estas incluem a Bharata-varsha, que pode ser entendida em um sentido como a Índia e, em outro, como a área total habitada por seres humanos. No centro da Jambudvipa ergue-se a Montanha Sumeru, em forma de cone, o que representa o mundo e é encimada pelo eixo da cidade de Brahma, o criador do universo.
Para qualquer pessoa educada modernamente, isso soa como ficção científica. Mas é? Vamos considerar as quatro formas de ver a descrições das Bhu-mandala contidas no Bhagavatam.
Figura 3
Figura 4
Começamos por discutir a interpretação da Bhu-mandala como uma planisfera, ou uma projeção polar do mapa do globo terrestre. Este é o primeiro modelo fornecido pela Bhagavatam. A projeção estereográfica é um antigo método de mapeamento de pontos sobre a superfície de uma esfera para produzir pontos equivalentes em um plano. Podemos usar este método para mapear um globo terrestre moderno em um plano bidimensional, e a projeção plana resultante é chamada planisfera (Figura 5). Podemos igualmente ver a Bhu-mandala como uma projeção estereográfica de um globo (Figura 6).

Figura 5

Figura 6
Na Índia, tais globos existem. No exemplo aqui mostrado (Figura 7), a área da terra entre o equador e a montanha é o Bharata arco-varsha, correspondendo à Índia maior. A Índia é bem representada, mas à exceção de algumas referências à vizinhança, este mundo não fornece um mapa realista da Terra. O seu objetivo era astronômico, e não geográfico.
Figura 7



Embora o Bhagavatam não descreva explicitamente a Terra como um globo, o faz indiretamente. Por exemplo, ao salientar que a noite aparece em posição diametralmente oposta a um ponto em que é dia. Do mesmo modo, o sol se põe em um ponto oposto ao que ele nasce. Assim, o Bhagavatam não apresenta a ingênua opinião de que a Terra é plana.

Podemos comparar a Bhu-mandala com um instrumento astronômico chamado astrolábio, popular na Idade Média. No astrolábio, um círculo fora do centro representa a órbita do sol, a eclíptica. A Terra é representada em projeção estereográfica sobre uma placa plana, chamado de mater (ou madre). O círculo elíptico e as estrelas importantes são representadas em outro disco, chamado de rete (ou aranha). Diferentes órbitas planetárias poderiam também ser representadas por diferentes discos, e estas seriam vistas projetadas sobre o disco da Terra quando olhássemos por baixo do instrumento.
O Bhagavatam similarmente apresenta as órbitas do Sol, da Lua, dos planetas e das estrelas mais importantes sobre uma série de planos paralelos ao Bhu-mandala.
Ver o Bhu-mandala como uma projeção polar é um exemplo de como ele não representa uma Terra plana.

Bhu-mandala como um Mapa do Sistema Solar

Eis uma outra maneira de olhar para Bhu-mandala, que também mostra não se tratar de um modelo da Terra plana. Descrições do Bru-mandala tem características que o identificam como um modelo do sistema solar. Na seção anterior eu intrepretei o Bhu-mandala como um mapa em forma de planisfera. Mas, agora, nós vamos tomá-lo literalmente como um plano. Quando fazemos isso, parece inicialmente que estamos de volta à ingênua ideia de terra plana, com uma cúpula celeste em cima e outra embaixo do mundo.
Os estudiosos Giorgio de Santillana e Hertha von Dechend realizaram um intenso estudo de mitos e tradições, e concluíram que a chamada Terra plana de tempos antigos originalmente representava o plano da eclíptica (a órbita do sol) e não a Terra em que estamos. Mais tarde, segundo Santillana e von Dechend, a compreensão cósmica original da Terra aparentemente foi perdida, e a a Terra sob nossos pés foi tomada literalmente como uma placa plana. Na Índia, a terra dos Puranas tem sido muitas vezes tida como literalmente plana. Mas os detalhes oferecidos no Bhagavatam mostram que a sua cosmologia é muito mais sofisticada. Não apenas o Bhagavatam utiliza o modelo eclíptico, mas significa que o disco de Bhu-mandala corresponde, em alguns detalhes, ao sistema solar (Figura 8). O sistema solar é quase plano. O sol, a lua e os cinco planetas conhecidos tradicionalmente, de Mercúrio até Saturno, orbitam quase todos no plano da eclíptica. Assim o Bhu-mandala faz referência a algo plano, mas não é a Terra.
Figura 8
Uma característica marcante das descrições do Bhagavatam tem a ver com tamanho. Se compararmos o Bhu-mandala com a Terra, o sistema solar até Saturno, e a Via Láctea, o Bhu-mandala combina aproximadamente com o tamanho do sistema solar, embora a Terra e a galáxia sejam radicalmente diferentes no tamanho. Além disso, as estruturas do Bhu-mandala correspondem às órbitas dos planetas do sistema solar (Figura 9).
Figura 9


Figura 10

Se compararmos os anéis de Bhu-mandala com as órbitas de Mercúrio, Vênus (figura 10), Marte, Júpiter, Saturno, encontramos várias coincidências que dão peso à hipótese de que o Bhu-mandala foi deliberadamente concebido como um mapa de o sistema solar.
Até tempos recentes, os astrônomos geralmente subestimavam a distância da Terra ao sol. Em particular, Cláudio Ptolomeu, o maior astrônomo da antiguidade clássica, subestimou seriamente a distância da Terra ao Sol e o tamanho do sistema solar. É notável, portanto, que as dimensões da Bhu-mandala no Bhagavatam são coerentes com os dados modernos sobre o tamanho do sol e da órbita do sistema solar como um todo.
[Ver BTG, nov. / dez. 1997.]


Jambudvipa, a plataforma central do Bhu-mandala, pode ser entendida como um mapa topográfico local de uma parte do centro-sul da Ásia. Esta é a terceira das quatro interpretações do Bhu-mandala. Na interpretação como planisfera, Jambudvipa representa o hemisfério norte do planeta Terra. Mas as características geográficas detalhadas de Jambudvipa não coincidem com a geografia do hemisfério norte. Combinam, porém, com uma parte da Terra.
Figura 11

Seis cadeias montanhosas horizontais e duas verticais dividem Jambudvipa em nove regiões, ou varshas (figura 11). A região sul é chamada de Bharata-varsha. Um estudo cuidadoso mostra que este mapa corresponde à Índia, mais as áreas adjacentes do centro-sul da Ásia. O primeiro passo para fazer esta identificação é observar que o Bhagavatam assinala muitos rios na Índia da Bharata-varsha. Assim Bharata-varsha representa a Índia. O mesmo pode ser dito de muitas montanhas em Bharata-varsha. Em particular, a localização do Himalaia, no Bhagavatam, ao norte de Bharata-varsha em Jambudvipa (figura 11) Um estudo detalhado do Puranic permite que outras cadeias de montanhas de Jambudvipa possam ser identificadas com cadeias de montanhas da região norte da Índia. Embora esta região inclua alguns dos mais desolados e montanhosos países do mundo, a região foi muito importante nos tempos antigos. Por exemplo, o célebre caminho da seda passa por esta região. As montanhas Pamir podem ser identificadas com o Monte Meru, e Ilavrita-varsha como o quadrado no centro da região Jambudvipa. (Note que o Monte Meru não representa o eixo polar nesta interpretação.) Outros Puranas dão mais detalhes geográficos que apoiam esta interpretação.


Podemos compreender também Bhu-mandala como um mapa do reino celestial dos semideuses, ou devas. Uma característica curiosa da Jambudvipa é que o Bhagavatam descreve todas as varshas, exceto a Bharata-varsha, como reinos celestiais, onde os habitantes vivem por dez mil anos sem sofrimento. Isto levou alguns estudiosos a supor que os indianos costumavam imaginar terras estrangeiras como paraísos celestes. Mas o Bhagavatam faz referência a povos bárbaros fora da Índia, como hunos, gregos, turcos e mongóis, os quais dificilmente pensariam estar vivendo no paraíso. Uma maneira de contornar isso é supor que Bharata-varsha inclui todo o globo terrestre, enquanto os outros oito reinos celestiais varshas remetem para fora da Terra. Este é um entendimento comum na Índia.
Mas a explicação mais simples para as características celestiais de Jambudvipa é que o Bhu-mandala também foi destinado a representar o reino dos devas. Tal como as outras interpretações que nós temos considerado, esta é baseada em um grupo de pontos coerentes na cosmologia do Bhagavatam.
Antes de tudo, considere a grande dimensão das montanhas e terrenos nas áreas de Jambudvipa. Por exemplo, diz-se que a Índia tem 72.000 milhas (9.000 yojanas) de norte a sul, ou quase três vezes a circunferência da Terra. Da mesma forma, diz-se que os Himalaias teriam 80,000 milhas de altura.
Figura 12
As pessoas na Índia, em tempos antigos, costumavam peregrinar a pé de uma extremidade à outra da Índia, assim sabiam a sua extensão. Porque o Bhagavatam fornecia estas distâncias irrealistas? A resposta é que o Jambudvipa reproduz o modelo da esfera celeste, no qual tudo está em uma escala superhumana. O Bhagavatam retrata que os semideuses e outros seres divinos que habitavam o reino seriam proporcionalmente grandes. A Figura 12 mostra o Senhor Siva, em comparação com a Europa, de acordo com um texto do Bhagavatam.
Figura 13

Porque o Bhagavatam descreve Jambudvipa tanto como parte da terra quanto como parte do reino celestial? Porque há uma conexão entre os dois. Para entender, vamos considerar a idéia de mundos paralelos Para os siddhis, ou perfeição mística, nós podedemos pegar um atalho através do espaço. Isto é ilustrado por uma história do Bhagavatam em que o místico yogue Citralekha abduz Aniruddha de sua cama na Dvaraka e transporta-a misticamente para uma cidade distante (Figura 13). Além de mover-se de um lugar para outro no espaço comum, o místico siddhis é capaz de viajar em todo o éter ou entrar em outro continuum. O clássico exemplo de um continuum paralelo é o transcendental reino Krishna de Vrindavana, que se diz expandir ilimitadamente e de existir em paralelo com o finito terreno Vrindavana na Índia.


Figura 14

A literatura em Sânscrito tem abundantes histórias de mundos paralelos. Por exemplo, o Mahabharata conta a história de como a princesa Naga Ulupi raptou Arjuna enquanto ele foi tomar banho no rio Ganges (figura 14). Ulupi o puxou para baixo, não ao leito do rio, como seria de esperar, mas para o reino dos Nagas (seres celestiais em forma de serpente), que existe em outra dimensão. Viagens místicas explicam como os mundos dos devas estão ligados com o nosso mundo. Em particular, ele explica como Jambudvipa, sendo um reino celestial de devas, está conectado com Jambudvipa como a Terra ou parte da Terra. Assim, o duplo modelo de Jambudvipa faz sentido em termos da compreensão Puranica dos siddhis.

Concluindo as Observações: A dimensão vertical na Cosmologia Bhagavata

Durante séculos, a cosmologia do Bhagavatam tem parecido incompreensível para a maioria dos observadores, incentivando muitas pessoas a rejeitá-la sumariamente ou a aceitá-la literalmente, com inquestionável fé. Se levarmos isso literalmente, a cosmologia do Bhagavatam não só difere da astronomia moderna, mas, mais importante, ela também sofre de contradições internas e de violações do senso comum. Estas próprias contradições, no entanto, apontam o caminho para um entendimento diferente da cosmologia Bhagavata, a qual surge como um profundo e cientificamente sofisticado sistema de pensamento. As contradições mostram que elas são causadas pela sobreposição de interpretações auto-consistentes que usam os mesmos elementos textuais para expor idéias diferentes. Cada uma das quatro interpretações que apresentamos merece ser levada a sério, porque cada uma é apoiada por muitos pontos do texto que são consistentes com outros, enquanto não contrariam a astronomia moderna. Eu apliquei o contexto-sensível ou a abordagem em aspectos múltiplos, na qual o mesmo assunto tem diferentes significados em diferentes contextos. Esta abordagem permite a maior quantidade de informações que devem ser armazenadas em uma imagem ou texto, reduzindo o trabalho exigido pelo artista ou escritor. Ao mesmo tempo, isso significa que o trabalho não pode ser tomado literalmente como um modelo da realidade, e exige que o espectador ou leitor compreenda os diferentes contextos relevantes. Isto pode ser difícil quando o conhecimento do contexto é perdido ao longo de grandes períodos de tempo.
No Bhavagatam, a abordagem do contexto-sensível foi considerada apropriada pela convicção de que a realidade, em última análise, é avak-manasam, ou fora do alcance da mente ou palavras mundanas. Isto implica que um modelo literal da realidade é inatingível e poderá conter tantos significados quanto for possível numa descrição necessariamente incompleta do universo. A cosmologia do Bhagavata Purana é um sofisticado sistema de pensamento, com múltiplas camadas de significados, tanto físicos quanto metafísicos. Ela combina o conhecimento da astronomia com a concepção espiritual para produzir uma imagem significativa do universo e da realidade.
Thompson recebeu seu doutorado em matemática pela Universidade de Cornell. Ele foi o autor de vários livros, dos quais Mistérios do Sagrado Universo é o mais recente. Foi rebatizado com o nome de Sriman Sadaputa Prabhu. Faleceu em 2008

"Porque o Bhagavatam descreve Jambudvipa tanto como parte da terra quanto como parte do reino celestial? Porque há uma conexão entre os dois. Para entender, vamos considerar a idéia de mundos paralelos. Para os siddhis, ou místicos perfeitos, pode-se pegar um atalho através do espaço. Isto é ilustrado por uma história do Bhagavatam em que a mística yogue Citralekha abduz Aniruddha de sua cama em Dvaraka e transporta-o misticamente para uma cidade distante. Além de mover-se de um lugar para outro no espaço comum, os místicos siddhis são capazes de viajar em todo o éter ou entrar em outro continuum. O clássico exemplo de um continuum paralelo é o transcendental reino de Krishna em Vrindavana, que se diz expandir ilimitadamente e de existir em paralelo com a finita Vrindavana terrenal na Índia." (Sriman Sadaputa Prabhu)

A existência de um mundo subterrâneo na Terra pode ser entendido como a existência de um mundo paralelo e não necessariamente como uma "Hollow Earth" (Terra oca)
Sem dúvida Bila Svarga fica a 70.000 Yojanas abaixo da Terra, e não no seu interior (o que pode existir são portais que levam a Bila Svarga).

No entanto, devido a multidimensão, a Terra e todos os planetas têm sua forma "visível" e "invisível".

E portanto, "entrar" na Terra "dentro" da Terra, é entrar em contacto com outra dimensão (mas não com Bila Svarga que fica a 70.000 Yojanas abaixo da Terra).

E portanto, existe a Lua que podemos perceber e a Lua que não podemos perceber:

http://bhakti-tattva.blogspot.pt/2011/03/sadaputa-prabhu-no-seu-livro-intitulado.html

https://sites.google.com/a/iskconmedia.com/docs/science/hollow-earth

Quando Srila Prabhupada estava discutindo o 5ºcanto em Vrndavana com os seus discípulos o verso que explica sobre montanhas com 10.000 milhas de altura, Srila Prabhupada disse:
"Sim, eu vi uma vez, quando estávamos voando sobre as montanhas da Europa."
Os devotos disseram
"O senhor quer dizer os Alpes?"
Srila Prabhupada disse
"Sim"
Os devotos começaram repetidamente a negar que tal montanha pudesse existir porque os cientistas certamente teriam encontrado uma coisa destas.
Finalmente Srila Prabhupada com força bateu a mão sobre a mesa e gritou "Eu vi! E vocês não podem ver!"

Este é um ponto importante, só a alma realizada pode ver as realidades materiais seculares e subtis ao mesmo tempo, e pode também ver a Suprema Personalidade de Deus, Sri Sri Radha Krsna, a fonte de tudo e todos, a cada momento. Somente almas avançadas, que entendem isso, podem ver os aspectos multidimensionais do universo como uma montanha de 10.000 milhas de altura.

Portanto, presentemente não vemos o planeta como ele realmente parece ser, com as suas realidades multidimensionais e subtis, bem como o nível biológico que percebemos.

Sriman Sadaputa Prabhu (Dr. Richard L. Thompson) explica sobre Bila Svarga, céus subterrâneos, no seu livro "Identidades Alienígenas" - "Aqui encontramos o mesmo efeito de dilatação do tempo que aparece repetidamente no folclore europeu. Este efeito, além do facto de que o homem encontra-se em uma terra com um céu azul e nuvens, indica que a passagem por uma caverna leva-o a um mundo paralelo. No Bhagavata Purana, há uma descrição de uma realidade paralela chamada Bila Svarga, ou o céu subterrâneo, que está claramente relacionada com a história chinesa de céus caverna. Bila Svarga é descrito como um lugar muito bonito, com cidades brilhantes decoradas, lagos de águas límpidas e extensos parques e jardins. Ao mesmo tempo, o sol e a lua não podem ser vistos lá, e os habitantes não têm sentido da passagem do tempo. Bila Svarga é subdividida em sete mundos chamados Lokas, e, portanto, é mais do que simplesmente uma caverna fixa dentro da terra com luz artificial. Um dos Lokas é Atala, que diz-se ser habitado por três grupos de mulheres, chamadas Svairini, Kamini e Putycscah.
Aqui está o que acontece a um homem que consegue visitar esta região: Se um homem entra no planeta de Atala, estas mulheres imediatamente capturam-no e levam-no a beber uma bebida intoxicante feita com uma droga conhecida como Hataka [cannabis indica]. Este intoxicante dota o homem com grande capacidade sexual, o qual estas mulheres aproveitam para desfrutar. Uma mulher vai encantá-lo com atractivos olhares, palavras íntimas, sorrisos de amor e então abraça-lo. Desta forma, ela o induz a desfrutar de sexo para sua plena satisfação. Por causa do aumento da potência sexual, o homem pensa que é mais forte do que 10.000 elefantes e se considera o mais perfeito. Com efeito, iludido e intoxicado pelo falso orgulho, ele acha-se Deus, ignorando a morte iminente. É significativo que Atala é referido como um "planeta" nesta tradução.
As vezes a palavra Loka é traduzida como "sistema planetário", e os sete Lokas de Bila Svarga são referidos como "sistemas planetários inferiores". O Bhagavata Purana indica que Bila Svarga se estende ao longo do plano do sistema solar, e por esta razão é chamado de Svarga, ou céu. No entanto, pode ser alcançado através de entrar na terra por passagens subterrâneas, utilizando dimensões superiores de viagem, e, neste sentido, é Bila, ou subterrâneo."

Também do livro "Cosmografia e Astronomia Védicas" no capítulo "Regiões da Terra que não podem ser visionadas com nossos sentidos" de Sriman Sadaputa Prabhu:

"Reinos materiais em vários níveis dimensionais possuem variadas formas semelhantes, mas os reinos mais elevados e subtis terão predominância do modo da bondade sobre os modos da ignorância. Como ponto final, podemos citar a história da Madhva Gaudiya Sampradaya que mostra a natureza de dimensões mais elevadas da realidade. No SB 1.4.15 Srila Prabhupada explica que Vyasadeva reside em Samyaprasa em Badarikasrama. Muitas pessoas fazem peregrinação a Badarikasrama a cada ano, mas não é possível para uma pessoa comum encontrar Vyasadeva. No entanto, diz-se que Madhvacarya encontrou-se com Vyasadeva lá e tomou iniciação dele. Foi através desta ligação dimensional mais elevada que a Madhva Gaudiya Sampradaya foi transmitida para Srila Vyasadeva e para a linha recente de Acaryas."

É muito interessante também que Sriman Sadaputa Prabhu explica que esta realidade subtil paralela a nossa não é "fantasmagórica".

Sem dúvida, Sriman Sadaputa Prabhu é uma autoridade indispensável sobre o tema.

Então a Terra é oca? Parece que não. Parece que existem passagens (portais) subterrâneos que levam a Bila Svarga (a 70.000 yojanas abaixo da Terra), a outras dimensões.

Além disso existe uma Terra paralela subtil a Terra perceptível pelos nossos sentidos materiais (Sriman Sadaputa Prabhu dá o exemplo muito ilustrativo de Maru e Devapi).

Em Naimisaranya, onde foi falado o Bhagavatam.

Cakra Tirtha é considerado o centro do universo, e a água doce que emana no Cakra Kunda é sem fundo. Diz-se que os britânicos queriam refutar esta "mitologia", e assim colocaram um grande cabo no Kunda, na tentativa de encontrar o fundo. Depois que o cabo desceu a 3.300 pés sem bater no fundo, eles desistiram.

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Comentários do tradutor:

"O  professor  Richard  L.   Thompson  trata,  entre  outras questões, da perda do contexto original em que as informações contidas no Bhagavatam se inseriam. Mesmo na atualidade imagens utilizadas por modernos divulgadores da ciência astronômica e dafísica  podem  ser   mal   interpretadas  se   não   estiverem  no   seucontexto correto. Veja a física quântica. 

No paradoxo do gato e do veneno radioativo, experimento mental usado por Schördinger para tentardemonstrar  o   absurdo  da   física  quântica,  com   a   sua indeterminação e incerteza, acabou passando-se a impressão deque,  no   mundo  macroscópico,  seria  possível  duas  realidades coexistirem, sendo definidas a depender do observador. 

Mas essa é uma generalização incorreta, pois o que vale para o mundoquântico  não   vale  no   mundo  físico  macro.  Ironicamente,  o experimento mental de schödinger não só não conseguiu derrubar a física  quântica,  como  ajudou  a   popularizá-la,  mas   com  um conceito  errado.  

Não   vamos  descartar  a   possibilidade  de   querealmente a mente humana seja capaz de influenciar a realidade,como se prega em filmes como “Quem somos nós”. Porém, o fato deo elétron não poder ser localizado precisamente no espaço ou tera sua velocidade determinada simultaneamente, ou seja, não sepoder determinar o seu “momento”, até que haja a observação, é uma coisa estranha, mas não prova que o mesmo acontece com omundo não quântico. 

Muito menos significa que a nossa vontadeinfluencie  o  comportamento  da   matéria.  Novamente,  não   vamos descartar  isso,  só   estamos  dizendo  que   o comportamento  daspartículas na física quântica não é prova dessa possibilidade. O gato e o veneno radioativo    

Outra  ilação  temerária  a   partir  de   uma   afirmação científica  é  de   que,  se   existirem  universos  em   dimensõesparalelas,  haverá  mundos  em   que  a   Alemanha  Nazista  ganhou  aguerra,  ou  mesmo  a   guerra  nunca  chegou  a   acontecer,  ou   osRomanos estão no poder até hoje. Haverá infinitas versões de você, um casado, um solteiro, um divorciado, um que se formou emastrofísica,  outro    que   é   um   mafioso.  

Esta  é   uma   visão egocêntrica, pois nos coloca e a civilização humana em todas asrealidades  paralelas.  Também  não   queremos  descartar essa possibilidade, mas estamos dizendo que ela não é consequênciaimediata da teoria de universos em dimensões paralelas.

Assim, muitas vezes uma afirmação científica correta podeser   mal  interpretada  ou   distorcida  ou   dela  resultar  ilaçõesinapropriadas, quando se generaliza.Foi o que aconteceu com a imagem da Terra Plana, conformecomentado no texto do professor Richard L. Thompson, que deveriaser uma planisfera, e acabou sendo interpretada como a afirmaçãode que a terra seria plana, quando se perdeu o contexto do mapaproposto  nas   escrituras  sagradas.  

Não   sabemos  quantasdescobertas  dos   astrônomos  da   índia  antiga  sofreram  esteprocesso. Mas ao verificar que isso acontece até hoje, pode-seimaginar que houve muita confusão. Também  é  interessante  verificar  que,  mesmo  com   osrecursos da computação gráfica, uma obra artística que permita a um   leigo  em  astronomia  e  física  visualizar  um   Universomultidimensional  é  algo  muito  difícil  de   se   fazer,  pois só conhecemos  três  dimensões  espaciais.  

A  imagem  produzida  pode sair do seu contexto, e ser interpretada como uma coisa bemdiferente. Isso acontece por que a tradução artística da teoriaque   se   tenta  explicar  é   uma   tarefa  equivalente  à   de   tentarmostrar a uma pessoa que nunca enxergou como é a cor azul.

Tentativasde representar asmuitasdimensões do Universo

Basta  dar   uma   olhada  nas   imagens  muito  bonitas,utilizadas  por   exemplo  pelo  cientista  Stephen  Hawking,  para verificar  que  elas  podem  gerar  muita  confusão.  Vamos  ver  umexemplo bem conhecido, o título do livro “Universo numa Casca denoz”, tão belamente retratado em sua capa.

É   bonito  e   poético,  mas   digamos  que   o   conhecimento astronômico passe por uma nova era de obscuridade, como na idade média aconteceu, e a imagem do universo numa casca de noz voltea ser revelado, sem o seu contexto, séculos depois. Não seriapossível que muitos pensassem, “nossa, como eles acreditavam emtais bobagens? como o universo caberia numa casca de noz?”  

Tomemos o termo “brana”, escolhido por Stephen Hawking para batizar as “membranas” que comporiam o universo, uma idéia estranha, ligada à hipótese das várias dimensões do universo. 
Se esquecermos  que   brana  vem   de   membrana,  um  neologismo  meio pueril,  algum  historiador  do  futuro,  com   poucas  informações,poderia achar que a palavra vem de Brahma. E achar que a teoriaestaria ligada  ao   hinduísmo.  

É   fácil,  portanto,  chegar  aconclusões equivocadas ou distantes da realidade quando faltaminformações.  Infelizmente,  porém,  jamais  saberemos  qual  ocontexto  correto  do   Bhagavatam,  pois  as   informações  perdidasprovavelmente jamais serão recuperadas.

Tentativa de representar as “branas”. Isso  não   impede  uma  constatação  muito  importante, feita  a partir  dos   estudos  do  professor  Thompson:  Na Índia antiga, a ciência e a religião caminhavam juntas, os religiososnão temiam que as descobertas científicas ameaçassem a tradiçãoreligiosa.  

Este  conhecimento  era   absorvido  e   incorporado  aodiscurso religioso. Deveria ser óbvio que, para alguém que crêem   Deus,  a  realidade  não   pode  ser   uma   ameaça,  pois  estarealidade será apenas a manifestação concreta da obra de Deus.

Einstein frequentemente era confundido com um ateu, porque elenão aceitava a crendice desfundamentada e a superstição no lugarda verdade. Mas para ele a ciência era um caminho para ver como Deus criou o mundo.  

Ou para ver Deus em ação diretamente, e nãoa narrativa desta ação. O universo era a escritura original,escrita diretamente por Deus. O problema é que é muito mais difícil manipular a realidade dos fatos do que a do conhecimento“em   segunda  mão”,  que   é   a  tradução  da   realidade  em   textos escritos ou transmitidos oralmente. 

Mas é óbvio que nem todos são cientistas, muitos terão que buscar este conhecimento de“segunda mão”. É dever ético, portanto, de qualquer divulgador, seja um cientista, seja um religioso, ter a informação o mais correta possível. 

Ou pelo menos ser sincero quanto ao grau deespeculação desta informação. No texto do professor Richard L.Thompson,  embora  seja  visível  a   simpatia  dele  pela  religiãotradicional da Índia, tenta-se ser objetivo e imparcial, o que mostra a preocupação ética deste cientista e religioso com a verdade."

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Carta de Srila Prabhupada ao Dr. Wolf-Rottkay - Chandigarh, 14 de outubro de 1976:

“Em relação aos cientistas, confiamos aos nossos três cientistas, nomeadamente Svarupa Damodara, Sadaputa e Madhva, e deixamos o assunto para eles, eu não digo nada, mas deixo este assunto para eles.”

E portanto, o Planetário Védico de Mayapur é idealizado apresentando a Terra como um globo na nossa visão física de acordo com os cientistas modernos e também como plana na dimensão dos Puranas.

Claro, há aqueles que não aceitam isto. Eles argumentam que se deveria ter só uma visão.

No entanto, Sadaputa Prabhu de forma brilhante explica e concilia as duas visões.

O Planetário Védico de Mayapur é baseado nas afirmações de Sadaputa Prabhu, que foi autorizado por Srila Prabhupada.

Os tratados astronomicos indianos Surya Siddhanta afirmam que a Terra é um globo.

Já os Puranas afirmam que a Terra é plana.

Sadaputa explica que na Índia, desde antigamente, estas duas visões são aceitas e conciliadas.

os puranas explicam que a nossa terra é bharata-varsa que é uma ilha em bhu-mandala.

Você fala que não há outras dimensões. Mas Sadaputa fala de outras dimensões. 

nos planetas celestiais acontecem coisas impossíveis de acontecer na nossa dimensão. Para já Brahma tem 4 cabeças. Isto é só um exemplo. Mas tudo lá é inimaginável para nós. Isto é experimentável? Não.

As pessoas vão dizer que somos doidinhos fanáticos por afirmar que um ser pode ter 4 cabeças. E têm Brahmas com inúmeras cabeças.

"Because men in this material world cannot lift a hill, they do not believe that the Lord can lift one. They accept the statements of Śrīmad-Bhāgavatam to be allegorical, and they try to interpret them in their own way. But factually the Lord lifted the hill in the presence of all the inhabitants of Vṛndāvana, as corroborated by great ācāryas and authors like Vyāsadeva and Nārada." (Srila Prabhupada SB 4.7.32)

Ou então podemos dizer que o que está nos Puranas é uma "alegoria". Claro que não é alegoria.

NO ENTANTO, a Cosmologia dos Puranas não pode ser tratada literalmente. Ou podemos dizer que é literal, mas deve ser vista sob um contexto cosmológico de acordo com a astronomia dos siddhantas.

Sim, Sadaputa apresenta 4 formas de ver bhu mandala. E em nenhuma delas a Terra é plana.

Podemos concluir que bhu mandala é plana, assim como o sistema solar é plano, e a Terra, que é uma parte pequena de bhu mandala, é um Globo, um planeta. Planetas nos Puranas também são chamados de ilhas.

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In only one material universe there are different dimensions. In general, inhabitants of Kali Yuga do not have access to more subtle dimensions. There are also interactions with parallel multiverse or meta-universe.

Acarya Vamsidhara, commentator of the 5th canto:

"The Earth has two forms. One is the particular [Visesa] form of big measure, and the other is the smaller, spherical form given in the Jyotisa Sastra (Surya Siddhanta)."

So, Acarya Vamsidhara has a commentary of Srimad-Bhagavatam, entitled Bhavartha-dipika-prakasa.

And in his commentary of verse 5.20.38 he explicitly discusses the relationship between Bhu-mandala, as described in the Fifth Canto, and the small earth globe of our experience.

In his commentary he also shows that the Astronomical Siddhantas are an important part of the Vedas.

More, they are the eyes of the Vedas.

"The excellent science of Astronomy comprising Siddhanta, Samhita, and Hora as its three branches is the clear eye of the Vedas". (Narada Samhita)
Jyotisa Sastra (Astronomical Siddhanta) is part of Sruti.

It is one of 6 Vedangas ("limbs of Veda"):
Siksa (pronunciation), Canda (poetic meter), Nirukta (etymology and lexicology), Vyakarana (grammar), Kalpa (ritual), Jyotisa (astronomy and astrology).

So, for those who are amazed that in the TOVP they are going to put a spherical Earth according to the Jyotisa Sastra (Astronomical Siddhanta), in fact I would be impressed if they did not put it.

Can you imagine the embarrassment of presenting the Cosmology of the Vedas and not mentioning one of the Vedangas that deals specifically with this, the Jyotisa Sastra (Astronomical Siddhantas)?

Embarrassing !!!

Surya Siddhanta is only one of many Astronomical Siddhantas.

The 18 Astronomical Siddhantas:

1 - Saunaka Siddhanta

2 - Brahma Siddhanta

3 - Surya Siddhanta

4 - Vyasa Siddhanta

5 - Vasishtha Siddhanta

6 - Atri Siddhanta

7 - Parasara Siddhanta

8 - Kasyapa Siddhanta

9 - Narada Siddhanta

10 - Garga Siddhanta

11 - Marici Siddhanta

12 - Manu Siddhanta

13 - Angirasa Siddhanta

14 - Lomasa Siddhanta

15 - Pulisa Siddhanta

16 - Cyavana Siddhanta

17 - Yavana Siddhanta

18 - Bhrgu Siddhanta

(Sambhu Hora Prakasa)

The problem is that the description of the Bhagavatam does not fit at all with simultaneous day and night on Earth.

It does not fit, it does not work !!!

We can give as many turns as we want. Even with a reflected Sun (Pratibimba), or even an expanded Sun (in some places this altenative is given). It does not fit a physical explanation for a simultaneous day and night in Bharata Varsa.

Someone tried to interpret Jambudvipa as a planisphere. That is, Jambudvipa would be a globe projected on a plane. Only in this way could one explain simultaneous day and night in Baharata Varsa. 
But this is only an interpretation of which the Acaryas do not speak in their commentaries.

So if the Acaryas speak quite literally and if we are going to follow a literal explanation, then Bharata Varsa, ALL OF IT will have12 hours day and ALL OF IT 12 hours night.

But, this is not so on our Earth and experience.
Which leads me to conclude that the Bhagavatam and the Acaryas speak literally, yes. Literally without making the astronomical projection of the earth as a globe as is done in Surya Siddhanta, or Indian Astronomy, as the Bhagavatam is more focused on the vision of the Devas of Bhu-mandala and not on being an astronomical treatise.

Even Bharata Varsa is in another dimension. Why? Because at this very moment there are places of Bharata Varsa that we can not see and have access to.

Who goes here to the Himalayas and can meet with Vyasadeva?

Among many other examples.

According to Bhagavatam, the Sun orbits just above Bhu-mandala on its chariot. Its rays should spread out smootly over a literal plane, leave no points of sunrise or sunset and no area in total darkness in Bharata Varsa.

So, simultaneous day and night does not work in a plane Bharata Varsa !!!

I know the sun only illuminates one half at a time.
But in relation to Bharata Varsa. Enlighten it ALL.
So, simultaneous day and night does not work in a plane Bharata Varsa !!!

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Geocentrismo e Heliocentrismo

How do we reconcile the Vedic idea that the sun moves around the earth with the scientific idea that the earth moves around the sun?
Quotes by scientists about how absolute motion has never been proven:

From Galileo was Wrong by Robert A Sungnis, PhD and Robert J Bennet, PhD

“…the unsuccessful attempts to establish a motion of the Earth…”

Albert Einstein27

“Briefly, everything occurs as if the Earth were at rest…”

Henrick Lorentz28

“There was just one alternative; the earth’s true velocity through space might happen to have been nil…”

Arthur Eddington29

“The failure of the many attempts to measure terrestrially any effects of the earth’s motion…”

Wolfgang Pauli30

27 Albert Einstein, “Zur Elektrodynamik bewegter Korper,” Annalen der Physik, Vol.

17, 1905, pp. 891-892. In the same paragraph he writes: “…the same dynamic and

optical laws are valid, as this for first-order magnitudes already has been proven,”

showing Einstein based Relativity on his supposition that Copernicanism is a “proven”

fact, which it is not.

“We do not have and cannot have any means of discovering whether or not we are carried along in a uniform motion of

translation.”

Henri Poincaré31

“A great deal of research has been carried out concerning the influence of the Earth’s movement. The results were always

negative.

Henri Poincaré32

“This conclusion directly contradicts the explanation… which presupposes that the Earth moves…”

Albert Michelson33

“The data were almost unbelievable….There was only one other possible conclusion to draw — that the Earth was at rest.”

Bernard Jaffe34

“Nor has any physical experiment ever proved that the Earth actually is in motion.”

Lincoln Barnett35

28 From Lorentz’s 1886 paper, “On the Influence of the Earth’s Motion of Luminiferous

Phenomena,” as quoted in Arthur Miller’s Albert Einstein’s Special Theory of

Relativity, p. 20.

29 Arthur Eddington, The Nature of the Physical World, New York, Macmillian

Company and Cambridge University Press, 1929, pp. 11, 8, in sequence.

30 Wolfgang Pauli, The Theory of Relativity, New York, Dover Publications, 1958, p. 4.

31 From Poincaré’s lecture titled: “L’état actuel et l’avenir de la physique

mathematique,” St. Louis, Sept. 24, 1904, Scientific Monthly, April, 1956.

32 From Poincaré’s report La science et l’hypothèse (“Science and Hypothesis”)

published in 1901, now published in Paris, Flammarion, 1968, p. 182, as cited in

Ludwik Kostro’s, Einstein and the Ether, Aperion, 2000, p. 30.

33 Albert A. Michelson, “The Relative Motion of the Earth and the Luminiferous

Ether,” American Journal of Science, Vol. 22, August 1881, p. 125, said after his first

interferometer experiment could not detect the movement of ether against the Earth.

34 Bernard Jaffe, Michelson and the Speed of Light, New York, Doubleday, 1960, p. 76.

Jaffe, however, adds this conclusion on to the above sentence: “This, of course, was

preposterous.”

35 Lincoln Barnett, The Universe and Dr. Einstein, New York, New American Library,

2nd revised edition, 1957, p. 73.

How geocentric and helio-centric models are equivalent due to the concept of relativity:

From Vedic Cosmography from Richard L Thompson (Sadaputa Das)

The watershed in the development of modern astronomy was crossed when Copernicus replaced the ancient geocentric model of the universe with a heliocentric model. Although the relative merit of the two models was initially debatable, the development of Newton's laws of motion seemed to give overwhelming support for the heliocentric model. This can be argued as follows: If the stars and planets are rotating around the earth once per day, then they should be subjected to tremendous centrifugal forces that will have to be counterbalanced in some way. 
Isn't it more reasonable to suppose that the earth, which is much smaller and more compact than the universe as a whole, is rotating on its axis? Likewise, isn't it more reasonable to suppose that the small earth is orbiting around the massive sun than to suppose that the sun is orbiting around the earth?

This objection can be partially answered by invoking the idea of relativity of motion. Consider two objects, A and B, that are approaching one another at a constant velocity. According to classical physics, there is no physical difference between saying that A is standing still and being approached by B and saying that B is standing still and being approached by A. Thus, as far as physics is concerned, no objection could be raised to either statement.

In classical physics this relativity of motion is not thought to apply to rotation. Imagine an axis running from the center of A through the center of B. Suppose that A is rotating with respect to B on this axis. According to classical physics, rotary motion generates centrifugal force, and thus the actual rate of rotation of A and B can be determined by measuring this force. 

Thus if A exhibits a certain amount of centrifugal force and B does not, the conclusion of classical physics must be that A is rotating and B is not.

However, the physicist Ernst Mach once made the following argument: Suppose that A and B are the only objects in the universe, and suppose that they are of equal mass. Then why should it be that A shows measurable evidence of rotation and not B? 
After all, if we say that A is rotating, then what is it rotating with respect to? If B is the only other object in the universe, then A could only be rotating with respect to B. But it could equally well be said that B is rotating with respect to A. Thus Mach concluded that neither A nor B would exhibit centrifugal force if they were the only objects in the universe. He proposed that centrifugal force is generated in one object due to the rotation relative to it of another, much larger object. 

Thus, Mach maintained that if A is rotating with respect to the rest of the universe, then one could equally well say that the universe was rotating with respect to A and thereby generating centrifugal forces in A. Mach's argument implies that there are no physical grounds for rejecting the statement that "A is standing still and the universe is rotating around it."

Here one might object that the rotation of the earth is directly indicated by the Foucault pendulum experiment and the evidence that the prevailing winds are affected by Coriolis forces. Also, the rotation of the earth around the sun is indicated by a number of minute but measurable effects, such as aberration of starlight and the parallax of some stars.

It turns out, however, that Mach's argument also disposes of these objections. For example, Mach would say that the rotation of the Foucault pendulum can be attributed to the rotation of the massive universe around the earth, just as well as to the rotation of the earth under the pendulum.

If this idea of relativity of motion is granted, one can then argue that the geocentric or heliocentric viewpoints stand on the same footing physically, and we can choose one or the other, depending on what is convenient. 

In the case of the astronomical siddhantas, we could argue that the geocentric viewpoint is simply the more practical of the two, since all computations must ultimately be expressed in geocentric terms.

https://en.m.wikipedia.org/wiki/Geocentric_model

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